⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Boto Rosa e o Xamanismo na Amazônia

Segundo a lenda, o boto cor de rosa tem o poder de se transformar num bonito homem vestido de roupa branca. O Boto cor-de-rosa que sai nos rios da Amazônia a noite para encontrar as mulheres. Vai a festas e bailes em busca de jovens mulheres bonitas. Esse boto, tenta seduzir as mulheres e depois convencer elas a dar um passeio no rio. Após seduzi-las, ele sai correndo e se joga no primeiro rio que encontrar. Nessa hora é que todos se dão conta de que não era um rapaz qualquer, mas o boto! (MARTINS, 2014).

Der Todesking (1989)


Outros títulos: O Rei da Morte (Português)
Diretor: Jörg Buttgereit
Duração: 74 minutos
País de origem: Alemanha
Áudio: Alemão | Legenda: Português

Sinopse: O segundo longa metragem de Jorg Buttegereit tem como protagonista principal a morte, naquele que é um dos temas recorrentes de todos os seus filmes. Uma menina vai escrevendo o seu diário "Der Todesking" ao longo de sete episódios que percorrem os sete dias da semana, intercalados pela imagem perturbadora de um cadáver flutuando que se vai decompondo. O poder da transgressão e da provocação assente nos fantasmas e receios mais profundos do ser humano.

Domingo, dei uma olhada na enquete no corpo do blog e pá, o primeiro que pediram foi... (visualizar print).
"Por baixo de todo o imaginário grotesco e da morte, há uma beleza perversa e uma declaração artística arrojada por Buttgereit em sua fotografia em lapso de tempo.
Der Todesking Em vez de criar uma sequência de cenas de morte intricadas e excessivas, somos levados a um mundo que representa o lado sombrio da humanidade. Somos apresentados a pessoas que não têm capacidade de continuar e não podem continuar vivendo. Em grande parte da narrativa não há vilões, apenas vítimas. O tema principal é a desesperança e a percepção sombria de que não há resultado positivo. A trilha sonora de Herman Kopp ajuda a criar uma atmosfera de isolamento, coincidindo de forma muito boa com o trabalho fluido da Buttgereit. Isso realmente estabelece um elo entre o mundo da fantasia e a realidade.
Não há outro filme como este, e nunca haverá novamente. Este é um trabalho para o subterrâneo, e aqueles que desejam caminhar ao longo de suas linhas exteriores" (@JeromeReuter).

Um dos comentários mais interessantes do filme, e que pode ser facilmente ignorado, é o que Buttgereit parece estar dizendo sobre a violência na mídia. Como Buttgereit viveu em um país onde seus próprios filmes não poderiam ser distribuídos livremente? a menos que sob o pretexto de cinema adulto? o filme parece estar zombeteiramente atacando a noção de que a violência na mídia tem um efeito direto na realidade. No segundo segmento do filme, um personagem aluga um falso título Nazisploitation (modelado da série Ilsa que foi banido em alemão) e continua matando sua mãe depois de receber as horríveis imagens de castração no vídeo. Buttgereit não pára aqui, no entanto, mas sim, em seguida, tem seu personagem literalmente enquadrando os restos de sua carnificina pendurando uma moldura vazia sobre os respingos de sangue na parede.
(comingsoon, 2016)
Embora alguns curtas serem interessantes, alguns comentaristas no filmow dizem ir perdendo a graça depois, e não possuir metade da genialidade de Nekromantik (1987), ou Schramm (1994), mas o que em minha opinião, Schramm não foi tão bom assim achando um pouco arrastado. A refilmagem, os planos de filmagem são excelentes, angustiantes e bem sacado. Melancólico, depressivo...
Por outro lado para muitos mesmo sendo um filme lento, cria situações que prendem a atenção à todo momento, de acordo com alguns, é uma ode ao suicídio. Algo interessante em O Rei da Morte é a proposital falta de empatia do público para com os personagens. Todos os personagens do filme são vazios, como se fossem apenas seres orgânicos esperando (acelerando na verdade) a morte. Isso seria um grave defeito do roteiro se o filme não pedisse algo parecido. O Rei da Morte certamente não seria o que é se tivesse personagens "Tarantinescos", que dialogassem durante minutos e tivessem uma missão ou motivação mirabolante. O filme cria uma atmosfera incrível justamente pela sensação de abandono que sentimos durante a exibição.
"O homem começou a sentir que não aguenta mais de tudo, que não aceita mais tristeza ou desastres com o conformismo de uma vaca parada na chuva. Ele começou a sentir que merece justiça e um grau de consideração como indivíduo. Enquanto no passado ele era passivo, o homem se tornou reativo, de modo que até uma pessoa nauseada pela vida, o suicida em potencial, não pensa somente em uma fuga silenciosa pela porta dos fundos. Traído pela vida, essa criatura está tentando dar um último sinal, para dar a sua vida um significado póstumo através de sua morte. A frustração com a própria existência e sua negligência por uma progressiva sociedade sem comunicação manifesta em si mesmo uma ação universal de vingança: O suicídio." (Der Todesking)
Depois, você vai querer se cremado.
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Hecate (Discografia)

Origem: Brasil
Tema Lírico: Paganismo, Satanismo, Misticismo negro

Hecate é uma banda de Fortaleza - CE formada em 1995. A trajetória da banda de acordo com Pagan Priestess tem como característica sua luta e batalha por seus ideais, sua ideologia se identifica totalmente com a espiritualidade oculta, negra, e tens o Paganismo, Feitiçaria e Satanismo como parte de suas letras. Também são contra dogmas, por isso a contradição contra a filosofia judaica-cristã. Assim sendo sua ideologia espiritual e de livre-arbítrio.
Na questão literária a horda Hecate conta com autores como Eliphas Levi, Dante, Milton, Augusto dos Anjos entre outros sobre culturas antigas ligadas ao oculto (satanicdzine, 2009).

Foi após duas demos, que finalmente, no ano de 2003, a horda lançou sua maior obra, o debut “Odes Ao Oculto (2003)”, pelo selo Black Legacy Records e que conta com uma produção bastante respeitável. A sonoridade se apresenta incrivelmente madura e coerente em seus ideais. As influências mais melódicas são notáveis, principalmente nas composições mais épicas como excelente faixa de abertura “Entrar no Prazer Eterno” e a memorável “Anjo Caído”, músicas que abrem mão de uma ótima utilização de teclados. Outras faixas se destacam no decorrer do álbum, como a já clássica “Hino à lua” e as obras prima “Ao Reino de Genna” e "Mahamvantara".

Bem... Hecate não poderia deixar de ser citada aqui, assim como Luxúria de Lillith, e em tal postagem houve um comentário bastante incentivador, e que nos faz pensar porque guardamos informações, músicas, filmes, artigos etc aqui. Obrigada aos leitores e principalmente aos que comentam, precisamos de mais pedidos em mais comentários, de opiniões e experiências que com certeza outros irão ler, seja hoje ou daqui dez anos...
Comentário em: Luxúria de Lillith

Sob o Signo da Magia (Demo 1998)


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Iniciais Heresias (Demo 2001)


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Odes ao Oculto (2003)


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Triunfal Aliança (Split 2005)

 (Mausoleum / Hecate) 

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Invocando Antigos Demônios (Split 2010)

(Mausoleum / Hecate / Unholy Flames / Ayperos) 
Download | Youtube

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V.I.T.R.I.O.L. (EP 2014)


In Memorian (Revisão e Discografia)

Origin: Brazil 
Genre: Death/Black Metal 
Lyrical themes: Morbid rituals, Occultism, Goetia, Satanism 

Origem: Brasil
Gênero: Death/Black Metal
Tema Lírico: Rituais mórbidos, Ocultismo, Goetia
Desde: 1993


In Memorian realmente está em nossas memórias, e pode causar nostalgia... Fundada em 1993, na cidade de Timóteo (MG), executava um Death/Black Metal com temáticas voltadas a rituais mórbidos, ocultismo e etc, influenciada por gigantes como Sarcófago, Amen Corner e muitos outros.
A banda só contou com dois trabalhos: a demo "Centuries Of Sortilegee" (1994) e o EP "Insantification" (1996). Após lançar seu trabalho de 1996, In Memorian encerrou as suas atividades, pois Wilson Junior, que exercia as funções de vocalista,guitarrista e tecladista, sofreu um acidente automobilístico que o deixou por um ano afastado de suas funções e, talvez, esse tenha sido o motivo para a banda In Memorian ter chegado ao seu fim, deixando muitos fãs em todo o Brasil. In Memorian era formada por: Wilson Junior (vocal/guitarra/teclado),  Ales Sandre (bateria), Célio Oliveira (baixo).
O álbum "Insantification" possui uma ilustração peculiar com três mulheres nuas, dois homens e um bode segurando um crucifixo invertido, as mulheres aparentam verificar o pacote traseiro do bode, demonstrando claramente uma mensagem de blasfêmia e hedonista. O álbum começa com melodias femininas, enquanto uma narração masculina prossegue o discurso maligno. Eles tocam, às vezes, um estilo de Death Metal profundo e sombrio. Enquanto em outros pontos adicionando alguns momentos atmosféricos com teclados, fazem mais para Black Metal. Encontrar um nicho black-death, onde tantas outras bandas se misturam com gêneros declarados, torna sua música mais confusa. Cada música soa um pouco diferente, com algumas variações diferentes entre suas próprias saídas.  O som é bem claro, junto com o que soa realmente perto de uma bateria eletrônica. No ritmo musical de Memorian está situado entre extensões médias e mais rápidas. Principalmente eles tocam no meio do ritmo, enquanto anexam algumas seções mais rápidas. Eles tocam principalmente efeitos de coro em uma moda simplista, às vezes adicionando à atmosfera.
"Apesar de ainda ser uma banda extremamente desconhecida por fãs de metal em geral atualmente, o trio mineiro tem todo o reconhecimento que merece entre os apreciadores do metal negro nacional, que não se esqueceram dessa saudosa banda mesmo tendo se passado quase quinze anos do lançamento de seu debut" (last.fm).
 

Centuries of Sortilege (Demo 1994)

 

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Insantification (1995)

 

Arrombada – Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!! (2007)


Outros títulos: Arrombada - I Will Piss in Your Grave
Diretor: Petter Baiestorf
Duração: 39 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Uma garota (Ljana Carrion) é sequestrada por um traficante de drogas (Vinnie Bressan) a mando de um senador corrupto (Coffin Souza), que pretende realizar uma festa com a presença de um padre (PC) e um médico (Gurcius Gewdner) dementes, utilizando a garota como diversão.

Coffin Souza está bem fazendo o papel de um senador “eleito duas vezes pelo voto popular”, dizendo suas frases com clareza e até um certo exagero, mas que é necessário num filme com produção precária, para o entendimento de quem está assistindo. Porém, a bela Ljana Carrion não é uma atriz convincente, uma vez que não conseguiu expressar o real sentimento de desespero de alguém sendo vítima de violência sexual, o site Boca do Inferno (2014) coloca ainda o filme como clichê e nada "perturbador". Por um outro lado, na mesma página da crítica, Eduardo Nascimento (2016) comentou: "Acho que o Juvenatrix foi com a expectativa errada com relação ao filme. Esse filme não foi feito pra ser perturbador, pelo contrário, ele foi feito pra ser engraçado, ao estilo humor negro. O filme é trash total, e se tratando de trash: quanto pior, melhor."

Em uma entrevista Baiestorf diz que faz sexploitations alternados por filmes experimentais desde 1996 e que seus projetos entre 1992 e 1995 foram ao universo trash das Sci-Fi americanas) e que "Arrombada - Vou Mijar na Porra do seu Túmulo!!!", "Vadias do Sexo Sangrento" e "O Doce Avanço da Faca" são parte de uma série que vai ter mais de 20 filmes carregados de violência e sexo. E vários outros filmes exagerados estão por vir (PeliculaRaivosa, 2014).
A face de alguém que tá sendo estuprada...

"O filme é tão ruim que você ri de desgosto. Gurcius Gewdner é um fanfarrão, parece um trapalhão da putaria. Petter Baiestorf, acho o sujeito uma figura icônica atuando como vilão. O filme em si é broxante, pior que ver a própria vó se depilando. É necessário um humor escroto para entender os propósitos do filme como a putaria da impunidade brasileira que ficou claro no médico sem escrúpulos, no padre hipócrita e no político acima da lei. Se fosse lançado na década de 70 Ljana Carrion ganharia o título de diva. Seria uma Barbara Crampton, atriz que ganhou o título de diva dos gritos (peitinhos free) com a cena impagável da cabeça decepada do Dr. Hill fazendo sexo oral na mocinha em Re-Animator. Carrion ganharia mais prestígio pois muitas partes foram mostradas. Isso torna o filme bom? Talvez um filme pornô mal sucedido. Vejo mais como "uma fita para colecionador" para quem curte trasheira besteirol beirando a tosquice extrema. No entanto, por incrível que pareça Petter Baiestorf e Gurcius Gewdner são bem sensatos, principalmente em suas argumentações sobre o cenário do cinema nacional e a hipocrisia em geral. O filme é um mero avacalho. O melhor de Petter Baiestorf é sua participação em "A Noite do Chupacabras" de Rodrigo Aragão. Considero o Aragão (e já disse ao mesmo) um Guilhermo Del Toro tupiniquim, pois sabe bem explorar a cultura e folclore brasileiro. Baiestorf faz um vilão sensacional. E o melhor de Gurcius Gewdner é "Mamilos em Chamas" uma crítica as práticas veterinárias com um roteiro de cagar de rir" (Josefel Zanatas 4y ago).
Em uma entrevista o diretor diz que Arrombada – Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!! "deu pra fazer com 1500 reais, montou uma equipe minúscula e poucos atores e filmamos tudo em 5 dias, foi possível." desse jeito vamos lá né rapaize fazer uns filmes folclóricos trash loucos? 
Em 1992, Baiestorf, ao lado de amigos, criou Canibal Filmes com o intuito de produzir zines e filmes. Nesses 22 anos a Canibal Filmes produziu fanzines, documentários, um livro intitulado Manifesto Canibal, escrito por Baiestorf e Coffin Souza, e mais de 100 filmes, sendo eles curtas, médias e longas-metragens. Baiestorf é produtor dos filmes mais conhecidos no cinema underground, entre eles: Eles Comem Sua Carne (1996), Zombio (1999), Raiva (2001), Arrombada: Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo!!! (2007), Zombio 2: Chimarrão Zombies (2013) – seu mais recente filme.
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O Folclore do Boitatá

Boitatá é uma palavra de origem indígena. Essa lenda, como muitas outras gera controvérsias sobre sua real origem. Alguns pesquisadores acreditam que ela teve origem no século XVIII.
Essa é uma típica lenda indígena, e há quem acredite que ela tem origem no Brasil, foi difundida por nossos índios da Região Sul, mas se estende por todo território nacional. Há registro dessa lenda em uma das cartas do padre jesuíta José de Anchieta, datada de 1560.

Segundo a lenda, o Boitatá é uma gigantesca cobra de fogo, que afugenta a todos os que ousam maltratar a natureza e os animais, ela é a grande defensora da floresta e das campinas. Conhecido também como "fogo que corre". Na linguagem tupi chama-se mbaetata, quer dizer: "coisa de fogo", embora tenha vários nomes.
Outros dizem que é o espírito ruim das almas penadas e espalha fogo por onde passa.
E como se não bastasse a escuridão, houve também uma grande enchente causada pela enorme quantidade de chuva. Os animais, assustados, foram se esconder nos pontos altos das montanhas para se protegerem. A boiguaçu, como é chamada na região, era uma cobra que vivia no alto de uma montanha numa gruta muito escura, mas assustada com a inundação e com muita fome resolveu sair à procura de alimento, faminta, o alimento favorito da boiguaçu era o olho dos animais mortos, e de tanto comer foi ficando luminosa, quanto mais olhos ela devorava, mais brilhante ficava. Seu corpo acabou por se transformar em um ajuntamento de pupilas rutilantes, um amontoado de bola e fogo, transformando-a no boitatá, na cobra de fogo. Diz a lenda que também come os olhos dos humanos que encontra fazendo maldades a natureza. Uma alimentação frugal a enfraquece, então ela morre e reaparece nas matas, luminosa, porém pequena, ela cresce a medida que ingere esses olhos de animais mortos, e das pessoas que a enraivecem, crescendo sem parar.
Drawlloween DAY #6 - Folkore Friday: Boitata by Tatmione
Quem a encontra fica cego, sem os olhos ou enlouquecer até morrer. Para evitar tal sofrimento, acreditavam que ficando paralisados e imóveis, e de olhos fechados, poderiam ser evitados pela cobra de fogo.
Sabe-se que são histórias para passar o tempo, principalmente pelos índios e ribeirinhos do baixo Amazonas, que não tinham acesso às modernidades das cidades. Em algumas regiões do Brasil é um ser do bem, em outras é um agente do mal. Hoje em dia sabe-se que a origem dessa lenda pode ter surgido com o conhecido fogo-fátuo
Curiosidades: Fogo-fátuo, cientificamente, é uma inflamação espontânea de gases emanados de corpos de animais em decomposição e ou putrefação, em que os gases expelidos provocam um brilho transitório, uma luz que se movimenta rapidamente no espaço. Daí surgiu a ideia de uma serpente de fogo em movimento, às vezes essa inflamação espontânea pode ser pequena, outras realmente gigantescas.
Por Faleiro (2010)
FOGUEL. Israel. Uma Viagem Através Do Folclore Brasileiro. São Paulo: Clube de Autores, 2016.
Boitatá: Pinterest

Referências:
FALEIRO, Angelita. Desbravando nosso Folclore. 1 Ed. São Paulo: Biblioteca14horas, 2010.

Exitus interruptus (2006)

Outros títulos: Exitus interruptus - Der Tod ist erst der Anfang
Diretor: Andreas Bethmann
Duração: 94 minutos
País de origem: Alemanha
Áudio:  Alemão | Legenda: Português

Sinopse: Renee Pornero joga com Manuela, a sobrevivente de uma agressão sexual há 5 anos atrás. Buscando ajuda de seus distúrbios sociais, ela começa a ver um psiquiatra, interpretado por ninguém menos que o escritor/diretor/heroi pessoal Anderas Bethmann. Após a primeira sessão, ela vai bater na sua amante Monique. No banheiro do clube, um assassino cruel ataca duas lésbicas fazendo putaria lésbica, mutilando-as na frente de Manuela. Ele então a seqüestra e a leva para sua antiga mansão "isolada". Obviamente, o psiquiatra Manuela percebe que seu captor é o irmão de seu agressor do passado; e ele tem planos para ela. Logo Monique, preocupada com sua amante, recebe um telefonema, chamando-a para a "casa da dor" desse sádico assassino.
Exitus Interruptus é tipo o Massacre da serra elétrica do Texas versão kids. Bethman acrescentou o esqueleto de sua avó ou mãe sei la, eu não assistir direito pois não gostei, btw utilizou um cadáver fresco em uma cadeira de rodas, então fez o psicopata adicionar um vibrador no corpo desse cadáver, uma combinação com variedade de bonecos de criança presos em arame farpado sujos, se possui fobia de bonecos não vai gostar muito disso.
Bem de acordo com o (FilmBizarro) o filme é estranho, sendo uma sequela não oficial, um spin-off de um personagem sobrevivente. Lamentavelmente nada de interessante acontece.
O filme mostra mulheres sendo estupradas e torturadas pela mão desse doido. 
A personagem principal, Manuela, visita um psiquiatra com frequência, tentando chegar a um acordo com o que aconteceu e levar uma vida normal e também tenta manter um relacionamento saudável com a namorada. Enquanto Manuela e sua namorada estão em uma boate, Manuela é drogada, seqüestrada e levada para uma mansão isolada, onde o irmão do ex-atacante de Manuela faz dela seu novo brinquedo e para vingar a morte de seu irmão. Há mais do que isso e outra reviravolta, mas acho que estraguei bastante e ajudei a dar uma idéia de como o filme soa bem no papel.
Agora, o problema é que nada disso é realmente bom quando se trata do filme real. "Exitus Interruptus" contém a natureza sexual usual de Bethmann e, para esses aspectos, parece razoavelmente bom; tão bom quanto em qualquer outro filme dele. Como é um spin-off para "Vegetarierinnen" e para o geral do filme, é suposto ser sexualmente violento, mas na verdade não é. Ou, no mínimo, não tão bom quanto deveria ser. A tortura sexual, a humilhação e a degradação são tão indecorosas, maçantes e indecentes. Como se Bethmann ou telefonasse ou fosse apressado e não se incomodasse em tornar essas cenas mais sinistras. O filme também deve ter um clima de suspense e suspense enquanto você espera para ver o que o novo sequestrador de Manuela tem reservado para ela, enquanto sua namorada tenta encontrá-la. Como tudo mais, tudo fica plano.
Isso é tudo pessoal; vem cena, sai cena, entra cena, algumas sem inspiração, maçantes e a namorada de Manuela tentando salvar o dia. O melhor de tudo é que os próprios atores pareciam entendiados em suas cenas. (Mesmo os atores pareciam entediados em suas cenas) "Exitus Interruptus" se torna um relógio muito chato e tedioso. Quanto mais eu penso sobre isso, mais eu começo a pensar que, como “Exitus” está entre dois filmes, o único propósito real é agir como uma transição entre “Vegetarierinnen 2” e “Exitus Interruptus 2 House of Pain (2008)”. Com isso dito, isso ainda não é uma desculpa para ser tão sem brilho. Veja se quiser se arrepender, mas se tiver algo a fazer, assista enquanto solta o barro.
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Galeria excêntrica de artistas (parte 5) Por Alexandra Dvornikova

Lá estava eu procurando algo, não faço ideia mais do que, até que, encontrei umas imagens peculiares... Descobri então o nome por trás, Alexandra Dvornikova.

Alexandra desde pequena é ávida, decidiu desde cedo a escolha de sua arte como carreira. Se matriculou em uma escola de arte e se formou na Stieglitz State Academy, em Saint Petersburg, 2015.  Ela encontrou sua família artística online em seu popular blog Tumblr (All You Need is a Wall). E vende seus trabalhos aqui: society6

"Embora seja uma escola de prestígio, Alexandra não se lembra dos seis anos que passou lá como os melhores: os professores não entendiam o que ela estava fazendo, fazendo com que ela saísse insegura e sentindo-se sem talento." (beautifulbizarre, 2016). Não posso afirmar se procede essa informação, já que encontrei apenas neste site anterior.

Floresta, música, animais, deserto, musgo, cogumelos, folclore, contos russos que ouvia quando criança, sonhos noturnos,  experiência de infância, máscaras, rituais, arte medieval, arquétipos, psiquiatria, cérebro humano, plantas carnívoras, coisas peçonhentas ou perigosas, vestidos vintage, Mori girls... Também se inspira na história de Simona Kossak, a mulher que viveu mais de 30 anos em uma cabana de madeira na Floresta Bialowieza, sem eletricidade ou acesso a água corrente. Um lince dormia em sua cama e um javali domesticado vivia sob o mesmo teto com ela. Ela foi capaz de falar com animais selvagens.

Sua ilustrações minimalistas em tons de terra, inspiradas na natureza, vida selvagem e contos populares rapidamente encontram seguidores, e fãs internacionais em constante crescimento que aguardam ansiosamente os esforços criativos da artista todos os dias. Ao lado de sua carreira florescente na ilustração, Alexandra tem perseguido outros objetivos, como estudar arte-terapia e trabalhar com pessoas autistas para dar-lhes uma voz através da arte. Uma coisa nobre a ser feita por uma mulher talentosa que merece provavelmente se tornar essa inspiradora professora.
A artista também ouve música enquanto desenha, sendo seus favoritos: Animal collective, the Books, Sin Fang Bous, Tanya Tagaq, Joanna Newsom, Gang Gang Dance, Paavoharju, Lucky Dragons, Black Dice, Asa-chang e Junray.

Para ela a arte é como a realidade aumentada que pode produzir significados e símbolos que podem ser usados subconscientemente, ou podem mudar o ambiente cultural. É uma maneira de expressar a percepção da pessoa com o mundo ao redor. Podemos encontrar visões que são próximas das nossas, ou algo repulsivo. De qualquer forma, ajuda a ser entender melhor. Sem essa capacidade de expressar sua visão, seria uma pessoa realmente deprimida e isolada.

Ao ser questionada o que espera com sua arte, ela responde que apenas tenta encontrar harmonia. "Parece que estou contando contos de fadas para me sentir melhor, para superar o medo ou aproveitar o aconchego e sentir a proteção. Espero conseguir melhores habilidades para poder expressar a beleza do mundo ao redor."
Ela ama, caminhar, viajar, e caçar cogumelos (prefere procurar cogumelos raros e fazer fotos deles). Também adora cozinhar, ler livros e aprender. (tive que grifar, pois eu facilmente amaria as mesmas coisas... confesso que apenas não leio como deveria, e não há cogumelos aqui fáceis de se caçar) (ballpitmag).

CONFIRA:












*Estas imagens possuem direitos autorais*  Alexandra Dvornikova © 

Snakeskin Angels (Revisão Discografia)


Origin: Sweden 
Genre: Heavy Metal 
Lyrical Themes: Occult, Evil, Darkness, Blasphemy

Origem: Suécia
Gênero: Heavy Metal
Tema lírico: Ocultismo, Escuridão, blasfêmia

Puta old-school no estilo dos colegas Suecos In Solitude, com influência menos óbvia de Mercyful Fate. Outro ponto de referência poderia ser Witchcraft da UK, ambos utilizam aquele tom (sutilmente falando) guitarra vintage, mas Snakeskin Angels se inclina menos para o culto do Black Sabbath e mais para o início dos 70 de Priest. A ênfase recai no violão de Grim Vindkall e Daniel Kvist e os riffs que eles fazem. Os tambores são um tanto subjulgados e misturados, quando se fala nestes tambores, a velha escola havia grande influência nos tambores no final dos anos 70.
"Witchchapel", cinco faixas de tamanho médio completas com excelentes melodias.
Por: orionmetalhead (2012)

Também em relação ao álbum "Follow The Snake To The Core" dizem que há uma inegável influência de Black Sabbath no álbum, sentida através do estilo de produção, como atmosfera, engrossada. Muitas vezes, projetos feitos de vários músicos de diferentes origens acabam sendo desapontadores ou chatos, mas essa banda consegue escapar dessa infeliz tradição e o resultaod final é agradável, sólido e de bom e velho heavy metal. Apesar de haver músicas desgastadas, há músicas matadoras e fortes. Mas o que se diz é, que se tu curte um heavy metal voltado mais ao oculto, feitiçaria etc, então encontrará um nicho agradável em sua coleção. Se gostar, compre.
Por: myglobalmind (2013)

Follow the Snake to the Core (Demo 2010)

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Witchchapel (EP 2012)


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Follow the Snake to the Core (2013)


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Demon (single 2014)

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AVÔHAI: O início psicodélico de Zé Ramalho

José Ramalho Neto passou a maior parte  de sua adolescência e de onde saiu para o Rio de Janeiro em busca de reconhecimento, e conseguiu em 1978 através do lançamento de seu primeiro álbum. Melo (2015) cita que encantou-se ao ouvir pela primeira vez sua voz cantando uma letra meio incompreensível com uma simples harmonia, ao mesmo tempo rebuscada por instrumentos característicos. Segundo Florencia Garramuño, no livro "Frutos estranhos", funda uma poesia em que [...] sua expressão mínima, pode-se falar - e até quase constantemente - de emoções e sentidos, de sensações e sentimentos, ainda que sem sentimentalismo" (GARRAMUÑO, 2014, P. 62 apud DE SOUZA MELO, 2015).

Agora, pessoalmente falando,  certas músicas são inexplicáveis, de emoções e sentidos, por vezes nostálgico, remete o passado extremamente nostálgico, que retratam muitas vezes o interior da capital onde moravam para os mais velhos, e uma sensação de sonhos em um futuro aos mais novos... 
Músicas como por exemplo de Alceu Valenca  "La Belle de Jour girassol" e "Anunciação", ou de Geraldo Azevedo "Dona da minha cabeça"... Se você for olhar a playlist do blog, vai encontrar duas músicas citadas aqui.


Mas foi então "AVOHAI"... 
Nesse início da década de 70, Zé Ramalho saiu pelas cidades do interior pesquisando a música e à poesia nordestina, aquela que ouvia quando pequeno e voltou a escutar nos encontros com violeiros, emboladores, cantadores, aboiadores, cordelistas e repentistas. Aprofundou seus treinos em violas do sertão e virou especialista em escrever histórias de cordel, compor em forma de trova e misturar estilos. Após abandonar a faculdade de medicina, comungou com a psicodelia: LSD e chá de cogumelo serviram de combustível para a saída de sua primeira leva de músicas, entre elas “Avôhai”.
Segundo Zé Ramalho, “Avôhai” surgiu durante uma experiência lisérgica em que vozes sopraram os versos, entre eles “Avôhai, avô e pai”. Zé perdeu seu pai com menos de três anos e foi criado pelo avô, um homem forte do sertão da Paraíba, espelho do músico paraibano até sua morte, em 1976, dois anos antes do neto alçar fama nacional. 
Contando com tantas influências e tão diversificadas referências, em princípio, a construção elaborada por Zé Ramalho parece possuir uma identidade própria. 

Teles (2001) agora descreve:
"Ao recordar esse momento vivido da década de 70, numa entrevista ao jornalista pernambucano José Teles, o compositor Zé Ramalho afirmou que vivia-se um "intuito muito psicodélico" em tudo que se fazia, vivia-se uma "situação psicodélica" onde muitas destas expressões artísticas eram atravessadas pelo encontro destes jovens com suas primeiras experiências com LSD ou com cogumelos alucinógenos"

O Universo da Cantoria de Zé Ramalho

Devido à dimensão visionária e psicodélica de suas canções, o cantor paraibano acabou conseguindo um espaço neste selo, O disco estava repleto de composições suas que trazia na bagagem, desde suas vivências em João Pessoa e Recife, anos antes. Vivências que foram agenciadas nos territórios existenciais das experimentações so desbunde, como relembrou o próprio autor em uma entrevista:
Estas músicas já vinham sendo tocadas em suas apresentações na Paraíba, em Recife e também no eixo Rio-São Paulo, quando trabalho como música da banda de Alceu Valença. Antes dele, ganharam projeção no universo musical nacional os cearenses Ednardo, Fagner e Belchior, além dos compositores Geraldo Azevedo e do próprio Alceu Valença.

Psychedelic nature http://ynnat.tumblr.com

Um pouco mais sobre alucinógenos ...

A redescoberta do potencial extático da psilocibina, substância contida em certas espécies de cogumelos, e a recente invenção do ácido lisérgico, foram dois acontecimentos importantes que geraram deslocamentos tanto no campo das ciências quanto nos territórios existenciais da contracultura ao redor do mundo. A possibilidade de  uma expansão momentânea da consciência e da sensibilidade, os deslocamentos no campo da percepção, a vontade de ir a fundo dentro de si mesmo e sentir o mundo ao redor de outra forma, dentre outras coisas, estimularam a criação de novas relações culturais [...]. Também houveram as bad trips, as viagens sem volta, aqueles que literalmente piraram. [claro, na maioria a dose foi maior do que recomendado].
Eliade, que consideram a ingestão de cogumelos como uma prática cultural bastante antiga na história da humanidade e que teve fundamental importância para a construção dos territórios existenciais e das cosmogonias de uma série de povos nativos, que faziam uso de cogumelos à base de Psilocibina em suas experiências ligados ao xamanismo. O fato é que as tradições xamânicas foram perseguida pelo ideários cristão dos colonizadores europeus, que as consideravam "diabólicas" bem como outras relações que os povos ameríndios estabeleciam com a natureza. Mesmo com mais de 500 anos de colonialismo e europeização do continente que passou a se chamar Americano, as práticas xamânicas sobrevieram até os dias de hoje, junto as populações nativas que mantiveram dentre outras a tradição asteca do teonanacatl. Essa tradição de uso ritual de cogumelos alucinógenos, havia ficado conhecida entre os brancos, após a publicação de um frade do século XVI, que viveu grande parte de sua vida nas terras colonizadas e escreveu a obra "Historia General de las Cosas de Nueva Espana". Só partir dos anos 50 do século XX estas práticas passaram a ganhar um novo regime de inteligibidade para o pensamento ocidental, sobretudo através das pesquisas de Gordon e Valentina Wasson, que inauguram um amplo campo de debates e experiências em torno desta substância psicoativa. Neste sentido ver as obras: MCKENNA, Terence. O Retorno à cultura arcaica. Rio de Janeiro: Editorial Record, 1991. MCKENNA, Terence. O alimento dos deuses. Rio de Janeiro: Editora Record, 1995. ELIADE, Mircea. O xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase. São Paulo: Martins fontes, 1998.

Referências:
DE SOUZA MELO, Christina Fuscaldo. Baseada em Fatos Reais-Zé Ramalho, Eu e a Escrita (Auto) biográfica. XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Rio de Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2015.
TELES, José. Do frevo ao Manguebeat. São Paulo: editora 34, 2001.