
Outros títulos: O Rei da Morte (Português)
Diretor: Jörg Buttgereit
Duração: 74 minutos
País de origem: Alemanha
Áudio: Alemão | Legenda: Português
Sinopse: O segundo longa metragem de Jorg Buttegereit tem como protagonista principal a morte, naquele que é um dos temas recorrentes de todos os seus filmes. Uma menina vai escrevendo o seu diário "Der Todesking" ao longo de sete episódios que percorrem os sete dias da semana, intercalados pela imagem perturbadora de um cadáver flutuando que se vai decompondo. O poder da transgressão e da provocação assente nos fantasmas e receios mais profundos do ser humano.
Domingo, dei uma olhada na enquete no corpo do blog e pá, o primeiro que pediram foi... (visualizar print).
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"Por baixo de todo o imaginário grotesco e da morte, há uma beleza perversa e uma declaração artística arrojada por Buttgereit em sua fotografia em lapso de tempo.
Der Todesking Em vez de criar uma sequência de cenas de morte intricadas e excessivas, somos levados a um mundo que representa o lado sombrio da humanidade. Somos apresentados a pessoas que não têm capacidade de continuar e não podem continuar vivendo. Em grande parte da narrativa não há vilões, apenas vítimas. O tema principal é a desesperança e a percepção sombria de que não há resultado positivo. A trilha sonora de Herman Kopp ajuda a criar uma atmosfera de isolamento, coincidindo de forma muito boa com o trabalho fluido da Buttgereit. Isso realmente estabelece um elo entre o mundo da fantasia e a realidade.
Não há outro filme como este, e nunca haverá novamente. Este é um trabalho para o subterrâneo, e aqueles que desejam caminhar ao longo de suas linhas exteriores" (@JeromeReuter).

Embora alguns curtas serem interessantes, alguns comentaristas no filmow dizem ir perdendo a graça depois, e não possuir metade da genialidade de Nekromantik (1987), ou Schramm (1994), mas o que em minha opinião, Schramm não foi tão bom assim achando um pouco arrastado. A refilmagem, os planos de filmagem são excelentes, angustiantes e bem sacado. Melancólico, depressivo...
Por outro lado para muitos mesmo sendo um filme lento, cria situações que prendem a atenção à todo momento, de acordo com alguns, é uma ode ao suicídio. Algo interessante em O Rei da Morte é a proposital falta de empatia do público para com os personagens. Todos os personagens do filme são vazios, como se fossem apenas seres orgânicos esperando (acelerando na verdade) a morte. Isso seria um grave defeito do roteiro se o filme não pedisse algo parecido. O Rei da Morte certamente não seria o que é se tivesse personagens "Tarantinescos", que dialogassem durante minutos e tivessem uma missão ou motivação mirabolante. O filme cria uma atmosfera incrível justamente pela sensação de abandono que sentimos durante a exibição.
"O homem começou a sentir que não aguenta mais de tudo, que não aceita mais tristeza ou desastres com o conformismo de uma vaca parada na chuva. Ele começou a sentir que merece justiça e um grau de consideração como indivíduo. Enquanto no passado ele era passivo, o homem se tornou reativo, de modo que até uma pessoa nauseada pela vida, o suicida em potencial, não pensa somente em uma fuga silenciosa pela porta dos fundos. Traído pela vida, essa criatura está tentando dar um último sinal, para dar a sua vida um significado póstumo através de sua morte. A frustração com a própria existência e sua negligência por uma progressiva sociedade sem comunicação manifesta em si mesmo uma ação universal de vingança: O suicídio." (Der Todesking)


Depois, você vai querer se cremado.
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