⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Vagina Dentada (2007)

Outros títulos: Teeth
Diretor: Mitchell Lichtenstein
Duração: 94 min
País de origem: EUA
Áudio:  Ingles | Legenda: Portugues
 

 Sinopse: Dawn O'Keefe é uma garota do colegial que vive em abstinência sexual por causa de sua religião, mas quando não suporta mais a pressão por fazer sexo, descobre que ela é diferente de todas as outras garotas: sua vagina possui dentes afiados, e ela os usará sem piedade nos garotos que abusarem dela.

Estreia de Mitchell Lichtenstein no cinema, como roteirista e diretor, a obra gira em torno de Dawn (Jess Weixler), uma garota que prega, acima de tudo, que as relações sexuais devem ocorrer apenas após o casamento. Com sua vida toda praticamente sendo criada a partir desse seu autolimite, a garota acaba se envolvendo com Tobey (Hale Appleman), um rapaz que acabara de voltar para a cidade, amigo de seus amigos. Evidente que nenhum deles fazia ideia de que a vagina da garota possuía dentes e arrancaria fora qualquer coisa que ousasse passar perto de seus lábios diabólicos.

Lichtenstein cria um roteiro extremamente irônico nesse seu primeiro longa-metragem, satirizando todo o puritanismo das pessoas que “resolveram esperar”. Seus enquadramentos, que mostram uma Dawn na posição de “santinha” evidenciam um humor em relação a essa posição e seu texto aproveita esse ponto para lidar com a hipocrisia de muitos que seguem essa diretriz. A figura de Tobey é o melhor exemplo disso – não entrarei em muitos detalhes para não estragar o filme para quem ainda não assistiu, mas ele perfeitamente representa um grande grupo de pessoas que simplesmente não são o que parecem e se escondem atrás de seus discursos rígidos.

Existe, claro, uma lentidão exagerada na primeira metade da obra, o que acaba cansando o espectador consideravelmente, toda a construção da protagonista soa como um gigantesco bis in idem (obrigado, Ritter Fan), ao passo que traz as mesmas informações repetidamente, fazendo com que a narrativa quase caia completamente no melodrama adolescente. É evidente que a intenção do roteiro era construir um suspense em torno do órgão sexual da menina, mas tudo o que ele consegue é nos cansar até o ponto de quase abandonar a projeção.

Felizmente, quando a vagina ataca somos fisgados novamente. É a comédia do absurdo levada a um nível ainda mais inacreditável – se sua esperança era assistir um filme de terror, pode desistir, Vagina Dentada, obviamente, é um filme para soltar gargalhadas conforme vemos figuras de estupradores tendo o que menos esperam. Estamos falando aqui da vingança da mulher e ela se torna mais que prazerosa com os gritos agudos das vítimas das partes baixas de Dawn. Naturalmente, não estamos falando de uma obra que deve ser assistida por alguém de estômago fraco, ou por crianças, visto que mostra com certo detalhe (e gore) órgãos genitais, mas se você não tem problemas com isso, esse é um prato cheio para se dar algumas risadas.

Mais que isso, porém, Vagina Dentada não chega a ser nenhuma obra prima do cinema – é um filme que visa nosso entretenimento e chega a problematizar questões como o estupro ou posições muito rígidas adotadas em nossa sociedade de hoje em dia, que apenas alienam os jovens para a realidade da vida. Tal abordagem, contudo, é muito superficial e não chega a atingir o âmago de tais problemas, que, de fato, está na maneira como nossos filhos são criados e influenciados pelo ambiente ao seu redor. Dito isso, não há como não rir quando um médico grita vagina dentata! vagina dentata! It’s real! Se você não quer perder uma cena dessas, corra para ver esse filme. (https://www.planocritico.com)

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Thanatomorphose (2012)


Diretor: Éric Falardeau
Duração: 90min
País de origem: Canada
Áudio: Ingles | Legenda: Portugues

Thanatomorphose é o primeiro longa-metragem do diretor/roteirista Éric Falardeau e sua trama gira em torno de uma jovem artista (Kayden Rose, em seu primeiro papel em um longa-metragem), que faz esculturas de argila. Ela mora sozinha em seu apartamento e vive uma maré de azar que afeta a sua vida tanto no amor quanto no trabalho. E como desgraça pouca é bobagem ainda namora um junkie que só a procura para ter relações sexuais para, logo em seguida, cair na noite. Para afastar a depressão a garota tenta estabilizar sua vida social trazendo alguns amigos para beber em seu apartamento. Quando acredita que a noite terminaria com um “final feliz” seu senhorio decide intervir e chutar todos os convidados para fora.

A pressão claustrofóbica de viver esquecida, usada e abandonada, só é ampliada quando começam a aparecer estranhas manchas arroxeadas pelo seu corpo. O tempo passa e as contusões começam a se transformar em grandes manchas escuras que logo cobrem a maior parte de seu corpo. Ela começa a ter sonhos psicodélicos onde presencia carcaças fétidas de animais em closes nauseantes e cada vez que acorda sua condição é mais alarmante e precária. Ela está apodrecendo de dentro para fora e, ao invés de ir para um hospital, decide se esconder do mundo exterior.

Ao meu ver, Thanatomorphose flerta com o espectador mais atento em um nível psicossomático. A vida da protagonista é tão vazia que, ao perder o foco de sua arte (talvez a única coisa que atraía a atenção das pessoas), ela entrega-se ao ostracismo e cria uma fantasia onde sua vida começa a definhar. Neste devaneio existe o namorado misógino que a maltrata, os amigos que contam vantagens e o senhorio malvado. No decorrer de sua “decomposição” ela começa a criar novas peças de barro acopladas com alguns órgãos, tecidos e fluídos destituídos de seu próprio corpo, simbolizando claramente uma espécie de reconstrução do Ser. Uma outra explicação (menos chata, hehehehe…) seria que talvez a protagonista sofresse da Síndrome de Cotard (ou delírio niilista é uma rara desordem no qual a pessoa tem a crença de que já está morta, que não existe, que está apodrecendo e perdeu os órgãos internos) um estado avançado de depressão onde alguns dos doentes chegam a perceber o cheiro de sua carne em putrefação ou sentem como os vermes os estão devorando aos poucos.
https://bocadoinferno.com.br/criticas/2013/11/thanatomorphose-2012/

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Caligula (1979)

Diretor: Tinto Brass
Duração: 156 min
País de origem:
Áudio: ingles | Legenda: Portugues

Calígula é uma das produções mais polêmicas já lançadas, justamente devido a suas cenas de sexo explícito. O filme mostra as perversões sexuais do louco imperador romano Calígula (Malcolm McDowell), que mantém um caso com sua própria irmã e é casado com uma prostituta, além de organizar várias orgias e peversões sexuais em seu império. Ele também é cercado de vários falsos bajuladores que desejam vê-lo longe do poder.

Calígula, o filme,pode ser considerado por alguns meio sem graça para os olhos de 2019 ou atuais. Game of Thrones pode lançar uma longa sombra sobre um material anteriormente arriscado, a ponto de até mesmo uma peça lendária de pornografia cinematográfica como Calígula perder seu poder de chocar. Genitália e sexo oral na tela? ok. Estripação e assassinato de criança? ok. Incesto irmão-irmã? talvez na terça. Por razões legais (e morais), o filme ainda mostra algumas das supostas monstruosidades históricas de Tibério, envelhecendo seus “peixinhos”.

Então, alguns chamam Calígula como fracasso. Mas, concordo que – é um fracasso ambicioso! Faz uma tentativa séria, embora ponderada, de examinar a mente de um homem dotado de poder absoluto sobre seus semelhantes. Tal homem, argumenta o filme, logo se consideraria um deus e enlouqueceria como resultado. Tudo muito bem, e Malcolm McDowell faz o seu melhor para conjurar uma bagunça psicológica, mas…

Especificamente, este estudo temático simplesmente não justifica a duração de duas horas e meia de Calígula.  Acho que o maior problema com Calígula não é o seu constante desvio para a pornografia gratuita – embora pode ser um problema, especialmente quando confunde quantidade de material sexual com qualidade de material sexual. Acho que o maior problema com Calígula é que, além das cenas iniciais (genuinamente interessantes) com Tibério, o enredo pode ser resumido como:
“Um homem se encontra em uma posição de poder absoluto. Ele tenta testar os limites desse poder antagonizando deliberadamente aqueles ao seu redor. Aqueles ao seu redor finalmente estalam. O fim."
Calígula o filme é capaz de gerar uma estética visual peculiar e muitas vezes surreal. A estranha interação de fumaça, figurino e decadência do personagem não estaria fora de lugar como uma adaptação de Zothique de Clark Ashton Smith (agora há uma ideia…). Eu amo a máscara funerária torcida de Tiberius, por exemplo, e as máquinas de cortar cabeça são simplesmente incríveis. Esta Roma, tão cansada da vida, tão faminta por algo novo para saciar seus apetites, sucumbiu a um hedonismo excessivamente civilizado e depravado (literal) nu – é um cenário atraente e merece mais do que o que é feito aqui.
Então... Calígula. Uma peça fodida e lendariamente louca do cinema dos anos 1970. Vale a pena assistir? nao sei, comenta embaixo. É uma orgia literal e metafórica de pornografia de tortura, tanto para o público quanto para os personagens. Também é estranhamente manso para os padrões de 2019. Por outro lado, enterrados entre os montes de sujeira maçante, há vislumbres ocasionais.
https://phuulishfellow.wordpress.com/2019/10/31/review-caligula-film-1979/


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