⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

3 Filmes anormais na Netflix e 1 removido

Sabemos que os filmes da Netflix não são os mesmos encontrado pelo utorrent, certo? Uma alta carga de violência poderia destuir a infância de alguns antes mesmo de passar por ela. Ainda assim, a Netflix já publicou filmes, que foram retirados posteriormente, um exemplo foi o filme que eu assistir pela primeira vez lá, é digamos pesado, chama-se A Casa de Tolerância (2012), mas hoje, ao buscar pra por em primeiro lugar nessa lista, não estava mais lá! isso aí, a Netflix retirou o filme, não sei por quê. O filme é sobre moças que são prostituídas aos militares durante uma guerra não especificada. Angel, uma moça surda-muda, é mantida aprisionada ali para cuidar de outras jovens quando induzidas por drogas a estados de estupor. Desapercebida pelos seus captores, Angel se move entre as paredes do local, observando e planejando a sua fuga e vingança pela morte de sua família e de sua colega Vanya.
Outros filmes retirados da Netlifx de acordo com a lista em outros sites: Trainspotting (1996) e A Pele que Habito (2011). Porém aqui o blog disponibilizará com certeza os filmes A Casa de Tolerância (2013) e Trainspotting: Sem limites (1996).
Na Netflix, restou o filme doido como Peles, o filme peculiar como Grave, e dramático das drogas como Branquinha, veja:

1 PELES


Outros títulos: Pieles (Original) Skins (EUA)
Diretor: Eduardo Casanova (III)
Duração:  77 Min
País de origem: Espanha
Sinopse: Neste drama social sombrio, personagens deformados e desfigurados precisam encontrar maneiras de esconder suas diferenças e lidar com o resto da sociedade.
Já descreveu Guilherme G (filmow), não é romance, não é terror, não é comédia, não é drama, mas é tudo ao mesmo tempo. Apesar de soar episódica ou novelesca, há destaques positivos como trilha sonora, elenco, e, principalmente a direção de arte, com o trabalho de fotografia. É um trabalho que recusa rótulos e se apoia no nonsense para fazer uma crítica social aos julgamentos e preconceitos que cada um de nós temos em relação a tudo aquilo que desconstrói o que foi socialmente convencionado.
TRAILER | FILMOW

2 GRAVE

Outros títulos: Raw (EUA)
Diretor: Julia Ducournau
Duração: 98 Min
País de origem: Bélgica | França
Sinopse: Na família de Justine (Garance Marillier), todos os integrantes trabalham com a área veterinária e são vegetarianos. No entanto, assim que Justine pisa na escola de veterinária, ela acaba comendo carne. As consequência deste ano logo serão sentidas e chocarão toda a família.
TRAILER | FILMOW



3 BRANQUINHA

Outros títulos: White Girl (Original)
Diretor: Elizabeth Wood
Duração: 88 Min 
País de origem: EUA
Sinopse: Verão, Nova Iorque. Uma jovem estudante se apaixona perdidamente por um cara que acabou de conhecer. Depois de uma noite de festa que deu errado, ela vai ao extremo para conseguir seu namorado de volta.
Spoiler !!!O filme trata bastante de privilégios, a branquinha usou da realidade underground dos traficantes apenas como diversão e prazer e teve um romance adolescente que a prender neste mundo. Mas, depois do cara sofrer as consequências do mundo do tráfico para os que estão à margem da sociedade, ela, como garota privilegiada, segue sua vida na faculdade após passar por apenas uma história de verão. O Final é triste, é um olhar de desprezo e ódio... O traficante (Blue) consegue ser ingênuo e bonzinho o suficiente pra acabar sendo ferrado por uma egoísta filha da puta. Fim.
TRAILER | FILMOW

Jurupari: Folclore ou filosofia?

Jurupari cuja etimologia provém do tupi-guarani yupa’ri quer dizer diabo, entre os indígenas (HOUAISS, 2009, p.1140), um ser que se diverte angustiando os índios no momento em que estão mais vulnerais, ou seja, no sono. Nos primórdios da colonização brasileira, índios, de distintas tribos, que viviam na costa leste do Brasil, para fugirem da condição de escravos a que eram submetidos, adentraram o interior, as regiões centro-oeste e norte e lá se refugiaram, principalmente, na floresta Amazônica, onde há tribos indígenas até os dias atuais (BELLINI, 2015, p. 125).

De acordo com Cascudo (2017): Jurupari nunca figurou realmente no folclore brasileiro. É uma presença literária, valendo um Demônio ou um pesadelo. Os indígenas ainda mantêm seu culto na extenção do Rio Negro, por onde parece haver descido das tribos aruacos do Orenoco, via Cassiquiare. Diz Cascudo que nem Tupã era deus ameraba e nem Jurupari ou Anhangá foram demônios brasileiros. Jurupari, reformador de costumes, égide de religião nova, criador de cultura, está distante de qualquer aproximação infernal. O autor diz que Jurupari traz uma espécie de legislador filósofo, como Buda, Confúcio, etc., algo rudimentar e noções de vida prática. E o que o faz pensar isso são as seguintes leis atribuídas pelas quais governam-se os nossos índios, tanto do Uaupés, como do Içana e do Rio Negro:
1 - A mulher se conservar virgem até a puberdade;
2 - Nunca se prostituir e ser fiel ao marido;
3 - Após o parto, deverá o marido obster-se de todo trabalho e comida, pelo espaço de uma lua, a fim de que a força dessa lua passe para a criança;
4 - Mulheres estéreis serão abandonadas;
entre outros que estão listados no livro...

A seguir um trecho da pesquisa de Vasconcelos (2015), "Uma leitura psicanalítica da lenda do Jurupari" 
Tão polêmico quanto Totem e Tabu, temos A Lenda de Jurupari, “um dos textos mais importantes da literatura indígena das Américas” (MEDEIROS, 2002, p. 263).
Na passagem do mito em questão, temos a proibição da ingestão de uma fruta por moças que ainda não atingiram a puberdade, pois a fruta desperta apetites latentes. Temos condições de inferir que se trata, em essência, da proibição do incesto e que Seuci infringe tal condição. Por que? Primeiro, não podemos esquecer que Jurupari é o “enviado do Sol”. Os poderes extraordinários do pajé e a forma como ele engravida todas as índias, somado ao fato do pajé ser aquele que estabelece comunicação com os deuses e de ser uma espécie de representante dos mesmos, podemos inferir que Seuci é filha do Sol. O próprio nome Seuci nos aproxima dessa possibilidade, já que Seuci é o nome de uma constelação de estrelas e “Seuci da Terra” era como a linda índia era chamada; segundo, o mito conta que Seuci engravida do suco de uma fruta proibida. Isso é muito semelhante à forma como Zeus, na mitologia grega, transmutava-se em chuva, animais etc. para fecundar mulheres mortais (e virgens). Logo, é possível pensar na possibilidade de Jurupari ter sido fruto de uma relação incestuosa.  Lembremos que, em algumas traduções, Jurupari significa também “boca fechada”. O simbolismo na descrição da relação entre Jurupari e Seuci são indícios desse “silêncio”, ou seja, da proibição do incesto. Com o nascimento do “enviado do Sol”, temos assim o início da cultura e das primeiras leis. 
Como não será possível agora dar continuidade a uma análise detalhada da lenda completa, resumiremos o que acontece depois na tribo do tenuriana. Jurupari propôs-se a instituir uma sociedade secreta para acabar com o poder das mulheres, revertendo ao homem as qualidades e atributos do mando, em sintonia com as leis do Sol. Promoveu diversas reuniões de doutrinação, em que só homem podiam participar e ensinou, principalmente, aquilo que as mulheres não conseguiam aprender, ou seja, serem discretos, a fecharem as “bocas”. Instituiu também leis de matrimônio e obrigou as mulheres a manterem a virgindade até a primeira menstruação e também criou e determinou relações de trabalho. Para finalizar, relembramos a missão primeira de Jurupari e que a lenda termina sem que ele a tenha cumprido: encontrar a mulher perfeita para o Sol.  O final da estória é muito significativo, pois Jurupari só diz que irá para o céu após cumprir essa missão, uma missão impossível. Mas é dessa impossibilidade que o mito trata o tempo todo: incestos, poder de um só sexo, mulher perfeita... mas é a impossibilidade que faz Jurupari legislar sobre a Terra e possibilitar o surgimento da cultura e das primeiras leis.  Portanto, por esses motivos, podemos aproximar o mito freudiano ao mito de Jurupari, na medida em que ambos podem ser definidos como “[...] um retrato bem conservado de um primitivo estágio de nosso próprio desenvolvimento” (FREUD, 1913, p. 21 apud VASCONCELOS, 2015).
 “O passado só existe na medida em que é historiado pelo presente” (VASCONCELOS, 2015).
Referências:
BELLINI, Nerynei Meira Carneiro. Realismo Maravilhoso No Brasil Insólito De Monteiro Lobato. Claraboia, v. 1, n. 2, p. 117-129, 2015.
CASCUDO, Luís da Câmara. Folclore do Brasil. 3 Ed. Global Editora e Distribuidora Ltda, 2017. 232 p.
VASCONCELOS, Bruno Rudar Teixeira. Folclore Amazônico: uma leitura psicanalítica das lendas do Jurupari e da Ceuci. 2015.

Capelobo

Capelobo ou Cupelobo é uma crença da bacia do Xingu e de outras regiões do Maranhão e do Pará. Monstro fantástico, de origem indígena, cuja "aparição" porém espalhou-se pelos arraiais caboclos (MUCCI, 1977).

Criaram o Capelobo, animal invulnerável, velocíssimo e perseguidor dos índios e caçadores ousados. O Capelobo é creado pelo ramo racial dos mamelucos. Não pode ser autóctone como o Anhangá e o Caipora. Para algumas tribos é o velho que já esqueceu a idade. N'outras, é um animal como o Tapuayuara... (Revista do Brasil, 1923).

As matas do Nordeste, sobretudo as do Pindaré, são habitadas por esse bicho com corpo de homem, peludo cascos em forma de garrafa no lugar dos pés, focinho idêntico ao de um tamanduá-bandeira. A vítima preferencialmente humana é abatida por uma trepanação, pelo que, tendo o crânio imobilizado, vê-se incapaz de escapar e ter toda sua massa cefálica sorvida pelo focinho do Cupelobo, apoiado como uma ventosa no orifício. Câmara Cascudo registrou-o com o nome de "Capelobo" e diz que há referências também nos rios paraenses, onde goza de popularidade e assombra indígenas caçadores - "O nome Capelobo é hibridismo de capê, que tem osso quebrado, torto, pernas tortas, e o substantivo português lobo" 
(PEREIRA, 2014.)
capelobo by rocksilesbarcellos

Corso (2002) diz que Capelobo (ou Cupelobo) provavelmente é o avó do Chupa-cabra. Seu corpo, no formato e no tamanho, equivale ao humano, mas é muito mais peludo, e sua cabeça é como a da anta ou a do tamanduá. Entre seu hábito está comer vísceras porém o que chama atenção são as marcas que deixa no animal atacado, são mínimas, equivalentes a dois pequenos furos ou um furo não muito grande, pelo qual não seria possível retirar as vísceras. É como se ele sugasse a vítima, não lhe estragando as formas externas.

Dentre os fantasmas perigosos, nenhum era tão feroz como o Cabelobo. Sua personificação era a do próprio Satanás. Sua função era  ade policiar a conduta das pessoas durante a Semana Santa. Velho Aprígio dizia: Eu temia muito o Capelobo. Na vizinhança havia um homem mais imundo do que propriamente velho. Era o Capelobo dos meninos da localidade (CAMPÊLO, 1970).

Nisso, ele lembra o Cabelobo que também é um ser que nasce da velhice. Não ficam claros os outros requisitos, além do envelhecer, para virar monstro. De qualquer forma, temos a ideia que um prolongamento excessivo da vida traz consigo o pior (CORSO, 2002). No blog Portal dos Mitos também cita um pouco desse ser folclórico! 
Capelobo ataca novamente.
Capelobo by Sofia B. D. de Oliveira

Eu não podia deixar de publicar essa notícia cômica
:  Acabou o mistério: Índios de aldeias localizadas na cidade de Arame, interior do Maranhão, mataram um “capelobo”, que vinha aterrorizando as comunidades indígenas e destruindo as plantações. Fato é que o capelobo estava tirando o sossego e amedrontando populares e comerciantes que residiam em um povoado próximo as aldeias. Veja a foto aqui ! 😂


Referências:
CAMPÊLO, Zacarias. Minha vida e minha obra: (memórias). Casa Publicadora Batista, 1970. Universidade de Wisconsin - Madison. Digitalizado em 22 set. 2010.
CORSO, Mario. Monstruário: inventário de entidades imaginárias e de mitos brasileiros. Tomo Editorial: Universidade do Texas, 2002.
MUCCI, Alfredo. Acauã: alguns aspectos morfocromáticos do medo e ansiedade no fabulário popular brasileiro. Editora Morumbi, 1977. Universidade da Califórnia. Editado em 29 abr. 2010.
PEREIRA, Julio Cesar. Três vinténs para a cultura: o incentivo fiscal à cultura no Brasil. São Paulo: Escrituras Editora, 2014.
Revista do Brasil, Volume 23,Edição 92 -Volume 24,Edição 94. 1923

3 Filmes BR para lacrar o natal em família (e ser expulso)

Eis aqui três filmes selecionados a dedo, que irão matar seus parentes de orgulho, principalmente ao declarar seu sonho de produzir filmes independentes da arte trash. Mamilos em chamas confesso que não assistir sem passar o filme todo, terminando em 5 minutos de filme, porém em minha opinião Vadias do Sexo Sangrento, como possui apenas 30 minutos, se destacou entre os outros dois filmes por ser o mais engraçado, e o mais asqueroso e ruim (no bom sentido). Como o blog é filha da puta, os players estão aqui mesmo, abaixo, de cada um! Bom fim de semana. 💀


#1 Vadias do Sexo Sangrento (2008) 

Diretor: Petter Baiestorf
Duração:  30 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Vadias do Sexo Sangrento não pode ser acusado de propaganda enganosa: há sacanagem e violência em doses cavalares, embora os efeitos especiais sejam muito toscos para realmente chocar o espectador; assim, este acaba divertindo-se com os exageros (tipo tripas arrancadas pelo ânus). Baiestorf atenta ao bom gosto e aos bons costumes a cada segundo: entre masturbação (masculina e feminina), lesbianismo, estupro, necrofilia, uma garota mijando num cara (de verdade), linguagem chula, jatos de esperma e de sangue e nudez total (masculina e feminina), há um pouco de tudo para incomodar qualquer tipo de espectador, e a edição brilhante consegue condensar milagrosamente tamanha quantidade de barbaridades em meros trinta minutos!
Quando Tura e Mirza descobrem que estão em terras dominadas pelo temível Esquisito, um maníaco sexual, masoquista e colecionador de vaginas. Novamente, as contendas aqui são resolvidas da melhor maneira possível: Mirza e Esquisito se enfrentam num belíssimo duelo de motosserras...
O filme tem um bom enredo com uma alta doce de esquisitice e sem frescura para o nudismo, um filme a er visto a todos os apreciadores de Gore, Sexproitation, Cinema independente e Trash, não é (e jamais será) uma obra agradável para todos os públicos, e por mais irônico que isso possa soar para os céticos culturais, é isso que faz "Vadias do Sexo Sangrento" um filme recomendado pelo blog.(Central Arte Trash, 2014). Para saber mais visite Canibuk.
↓ ASSISTIR ABAIXO | FILMOW | VK (Vadias do sexo Sangrento)
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#2 O Doce Avanço da Faca (2011)

Diretor: Petter Baiestorf
Duração:  35 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Uma história gore feminista sobre uma garota que aprende a usar facões afiados para vingar a morte de seu amado, assassinado por fanáticos religiosos (que são uma mistura de espíritas católicos com evangélicos e muçulmanos).
Desde os anos 90, Petter Baiestorf se firmou como o grande nome do cinema trash transgressor marginal nacional com sua Canibal Filmes. E é muito bom constatar que após quase 20 anos passados do seu primeiro filme, ele continua com o mesmo espírito. O Doce Avanço da Faca tem tudo que aprendemos a amar nos filmes da Canibal: personagens caricaturais, sangueira, mortes toscas, forte ironia crítica, e muita sacanagem. É provocante e provocativo, seguindo a linha de "Vadias do sexo Sangrento".
As demais atuações também são bem eficientes, hilárias e exageradas na medida certa para a proposta do filme, com destaque para o trio Coffin Souza, Ellio Copini e Jorge Timm, que acompanham Baiestorf desde o início de suas produções e com ele atingiram um alto grau de entrosamento. 
Um tema que é preciso destacar nessa produção é a inter-linguagem. Rerinelson é um desenhista de Histórias em Quadrinhos eróticas, e em certo momento do filme temos uma verdadeira exposição de seus desenhos sado-masoquistas, enquanto Ana Clara recita versos ultra-sacanas. Uma boa sacada que sem dúvida proporciona um diferencial, constituindo um pequeno filme dentro do filme, que pode até ser visto de forma independente. Os criativos e ousados desenhos são de autoria de Leyla Buk, em homenagem principalmente ao estilo de Carlos Zéfir (veja aqui e aqui), (partesforadotodo, 2011). 
↓ ASSISTIR ABAIXO | FILMOW | VK (O Doce Avanço da Faca)

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#3 Mamilos em chamas (2008)

Diretor: Gurcius Gewdner
Duração:  57 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Entre de cabeça na rotina flamejante de Mamilos em Chamas: uma vida de luxúria em conflito com a descoberta do amor eterno. Erótico! Dramático! Místico! Assustador! Relaxante! Romântico! Frenético! Belo! Sodomia! Pés excitantes! Estupro! Sadomasoquismo! Closes de genitália! Orgias! Rodinhas de punheta! Gozo facial! Drogas! Violência! Perseguições de carro! Coelhos voadores! Gafanhotos gigantes!
E tudo mais que é necessário em um filme que fará seu corpo e toda sua família explodir em prazer com as mais excitantes cenas de sexo e ação já gravadas no cinema brasileiro. Um turbilhão de emoções e erotismo selvagem nunca antes filmado.
KKKKKKKKKKKKKK NÃO GLR, NÃO SÃO PESSOAS, E SIM FANTOCHES.
"O filme usa fantoches, carne e outros recursos de bricolage, e pretende ser um exercício de mau gosto. Desde o seu lançamento, "Mamilos em Chamas" foi exibido em inúmeros festivais independentes e clubes de cinema. Em 2006 e 2008, foi destaque no Festival de Trash de Goiânia, no Brasil, e em 2017 foi exibido como parte do Festival Anmalte Internacional de Postpornografia, no México" (jkielwagen, 2018).
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Graphic Sexual Horror (2009)


Diretor: Barbara Bell, Anna Lorentzon
Duração: 84 Minutos
País de origem: EUA / Suécia
Áudio: Inglês | Legenda: Português
Info: fantaspoa

Sinopse: Este filme contém cenas fortes de sexo explícito, violência sexual e nudez. Horror Gráfico Sexual mostra os bastidores do mais notório website de bondage da internet. Explora a mente obscura de seu criador e questiona sobre a responsabilidade pessoal de se manter um site com conteúdo tão pesado. Entrevistas revelam profunda fascinação pelo bondage e o sadomasoquismo, e demonstram sua irreversível e forte relação com a sedução do dinheiro.

É com uma crônica inteligente e bem editada que o filme aborda sobre a carreira de PD, os diretores enfatizam consistentemente a natureza consensual das atividades do site http://insex.com. PD admite que é influenciado por Serial Killers, porém a apresentação geral do conteúdo é bem sóbria, então, se você procura uma trilha sonora ameaçadora ou outros dispositivos para aumentar o drama ou lascívia isso poderá lhe desapontar. Ainda assim, partes do filme podem ser um pouco difíceis a partir de uma avaliação normal. Aqueles mais familiarizados com a subcultura BDSM encontram em Graphic Sexual Horror um parque de diversões. O sangue na tela, a tortura nos seios, nos dentes, pimenta nos orgãos genitais e outras punições que não são para sensíveis.
"Documentário sobre Scott Brent ''PD'' e a ascensão e queda do site insex, site pioneiro em BDSM.
O filme tem um olhar informativo e perturbador do site e seu criador e não julga a moralidade dos ''ensaios'' nem a ética do que está sendo feito, deixa para o espectador decidir. Também mostra o orgulho de muitas modelos, mostrando suas cartas de liberações assinadas diante das câmeras, mostram também com orgulho suas marcas e falam de como se sentiram envolvidas emocionalmente ou apenas por dinheiro. A transformação de Scott com o site mostra tanto um perfeccionista como um ditador e um manipulador. Eu gostei me fez refletir principalmente sobre os motivos que cada modelo revelava estar fazendo os ensaios e principalmente quando rotulado como ''consensual'' me fez ficar insensível a violência. Também é notória  a criatividade da arte do ''PD'' e por fim o filme te deixa vários ângulos cabe a cada um decidir como assistir (Júlia  7y ago).
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1 OPÇÃO

Dor no corpo e prazer na alma: BDSM

Por Venâncio Monteiro (2012):
O BDSM assim como é conhecido e descrito atualmente tem apenas início após a Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 40 e de 50. Surge, nos E.U.A., um grupo denominado por “Velha Guarda” ou “Movimento Leather (Couro)”, constituído por homossexuais do sexo masculino que adoptavam a aparência dos motards cujas normas excluíam mulheres e heterossexuais. O uso do couro e do cabedal, juntamente com os princípios militares e disciplinares provenientes da carreira militar de muitos deles, são ainda estandartes da subcultura BDSM. Durante os anos 80, começam a surgir grupos de BDSM heterossexuais, ao mesmo tempo que as raízes beligerantes e motards do meio se iam atenuando, e novas influências emergiam. Muitos designam esta segunda vaga como “Nova Guarda” 
De um modo geral, o acrónimo pode ser dividido e definido nas seguintes categorias:
Bondage /Disciplina (B/D): conjunto de práticas de ordem diversa que se centram, sobretudo, em situações de constrangimento físico (bondage que, no sentido original da palavra significava condição de escravo/escravatura), humilhação e castigo (no sentido disciplinar e corretivo, ou seja, como punição por determinada ação supostamente inapropriada, real ou hipotética), estimulação e controlo sensorial, incluindo do orgasmo.
Dominação/submissão (D/s): consiste na procura deliberada e consciente de uma relação onde existe uma desigualdade de poder entre os envolvidos, nomeadamente no que respeita ao controlo físico, psicológico e emocional, para obtenção de prazer. Existem, assim, papéis diferenciados e diferenciadores, que designam a posição de cada um no seio dessa relação, através de uma troca erótica e consensual de poder, também conhecida como “troca total de poder” no caso das relações 24/7.
Sadismo/Masoquismo ou Sadomasoquismo (S/M): práticas que envolvem a erotização de atividades relacionadas com a dor e o sofrimento. Como previamente referido relativamente à emergência destes conceitos, sádico é o termo que ficou associado ao elemento que provoca a dor ou sofrimento, enquanto o masoquista é aquele que sente satisfação em ser alvo dessa ação.
Sacrifice of the bastet ingenue by arachneavolpe
“(…)Eu, por exemplo, era incapaz de dominar vestida normalmente, eu só domino de látex. Acho que a roupa, até parece como o Carnaval, mas é verdade, eu, ao vestir um vestido de látex, a minha personalidade muda automaticamente(…). Mas, muda mesmo, quer dizer, é outra pessoa que está ali. A maneira de falar, a maneira de agir, tudo, é uma pessoa diferente.(…) Eu posso estar a falar contigo muito agradável, muito acessível, muito simpática, muito tudo. Passo para a sessão, entra o vinil, não vês um sorriso, sou bastante dura, bastante mesmo.”  
Baronesa, Dominadora, 40 anos, divorciada, gestora. 

"Para mim (…) o BDSM é algo que (…) me satisfaz, que me satisfaz muito e do qual eu necessito em determinadas ocasiões. Mas não é algo que fosse incapaz de passar… sem BDSM, passava perfeitamente, não (risos)!Mas, se não existisse, não iria ser uma tragédia." 
Da, Dominador, 56 anos, divorciado, funcionário público.

“É um escape à vida quotidiana normal, é um escape..”
NecroSavant, Dominador, 27 anos, solteiro, entrevistador. 

“Para mim, é assim, é uma quebra de rotina, ou seja, vivo sem ele perfeitamente..hã…claro que ia me faltar qualquer coisa, sem dúvida, mas não tenho qualquer obsessão.”
Baronesa, Dominadora, 40 anos, divorciada, gestora.

“(…)Eu, com a mesma pessoa, não consigo ter uma relação de dominação e de submissão ao mesmo tempo, porque, se eu vejo uma pessoa como Dominadora, não vou tentar dominá-la. Se eu vejo uma pessoa como submissa, eh pá, não me vou submeter a ela.(…) Se tu tens a expectativa de ser dominado e, de repente, alguém te diz :«Não, tu vais ter de dominar!», é tão errado, é…todas as tuas bases caem por terra mesmo e tu ficas sem saber o que fazer, é uma sensação de impotência brutal.”
Lublin, switcher, 35 anos, solteiro, gestor.

“Sou sempre eu a levar os outros pela mão. Eu protejo toda a gente, eu levo toda a gente atrás de mim…Sempre senti falta do contrário(…). Eu acho que esta história do BDSM, acima de tudo, e foi isso que se notou desde os treze ou catorze anos, era a necessidade que alguém me pegasse pela mão e me levasse a mim. (…) Há alguém que toma conta de mim, que me deixa…que me leva pela mão, que eu posso confiar e que posso, finalmente, baixar a guarda, sem ter que dar contas a ninguém.”
Bondarina, submissa, 42 anos, solteira, jornalista. 

“ O ideal tem que ser com uma pessoa que eu conheça, ou seja, tem que ser uma pessoa em quem eu confie: ela a mim e eu a ela. Não faço play a ninguém que eu conheça meia hora depois no clube, não, não faço. E tem que haver ali já um ideal de conversa(…).” 
NecroSavant, Dominador, 27 anos, solteiro, entrevistador

Imagens retiradas do google:
No blog há filmes que expressam um pouquinho o tema como Little Deaths e Mondo Weirdo, outros abordam ainda mais como Singapore Sling, School Of the Holy BeastIlsa she Wolf Of SS e Inner Depravity entretanto, é em Graphic Sexual Horror (2009) (Em breve com legenda em português no blog) que encontramos um filme especificamente sobre Bondage! "O filme mostra os bastidores do mais notório website de bondage da internet. Explora a mente obscura de seu criador e questiona sobre a responsabilidade pessoal de se manter um site com conteúdo tão pesado. Entrevistas revelam profunda fascinação pelo bondage e o sadomasoquismo, e demonstram sua irreversível e forte relação com a sedução do dinheiro" (filmow).

Referências:
VENÂNCIO MONTEIRO, Núria Augusta. Dor no Corpo e Prazer na Alma A Construção Do Significado e Da Identidade No BDSM. 2012. VII CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA. 19 a 22 junho, 2012. Universidade do Porto - Faculdade de Letras - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.