No Dicionário de Magia e Esoterismo (Drury, 2002) cita Kali como uma temível deusa hindu que personifica a escuridão e as forças aterradoras da natureza. A palavra "Kali" significa "negra" e a deusa tem uma pele escura, olhos injetados de sangue e presas protuberantes. Usando uma fileira de crânios humanos em volta do pescoço, ela é em geral retratada mutilando suas vítimas. Por ser considerada causadora de doenças e febres, sacrifícios sangrentos ainda são realizados em honra dessa deusa, na tentativa de aplacar sua fúria.
Por outro ângulo, De acordo com -- A palavra Kali surge da palavra sânscrita "Kaal", que significa tempo. É também por isso que a Deusa Kali é por vezes referida como a Deusa da Morte. Na verdade, porém, Kali é o matador do ego em uma pessoa. Um estudo da Deusa revela que ela só matou demônios malignos, que causaram muita turbulência no mundo. Não é de forma alguma associada a Yama, o deus hindu da morte. Também é considerada mãe por seus devotos e é uma das poucas deusas que são celibatárias, que renunciaram ao mundo inteiro.
Em duas mãos, ela segura uma espada e uma recém cortada cabeça, representando a batalha feroz em que ela destruiu o demônio Raktabija. As outras mãos abençoam seus devotos, concedendo-lhes libertação nesta vida e na próxima. De acordo com o autor sua guirlanda possui 52 crânios e uma saia de btaços desmembrados porque o ego sai da identificação com o corpo. Sua pele negra ou azul-escura representa o útero de onde toda a criação surge e na qual toda a criação finalmente retornará. Kali e shivaKali e Shiva são considerados como habitantes de terras de cremação. Os fundamentos da cremação implicam a natureza temporária do corpo, contra a permanência da alma. Os devotos realmente visitam essas áreas para orar à divindade para destruir o ego. Acredita-se que Kali aparecerá como colérico aos egoístas. Mas para pessoas que são verdadeiramente espiritualmente inclinadas, Maa Kali aparecerá como uma figura protetora, benevolente e afetuosa.
Um pouco de história
Sua temível sua aparência, seus olhos selvagens e sua língua saliente empunhando uma espada sangrenta, carregando uma cabeça decepada de um demônio juntamente com um formoso cinto de cabeças cortadas!
Na mitologia hindu, os deuses não poderiam matar o demônio Raktabija. A cada gota se sangue que tocava no solo, transformava-se em outro demônio, Depois de algum tempo atacando esta asura com suas armas, os deuses visaram o campo de batalha coberto de milhões de clones de demônio. Em desespero, os deuses tornearam para Shiva. Mas Shiva foi perdido na meditação.
Então eles se voltaram para sua consorte Parvati, a Deusa partiu imediatamente para a batalha na forma de Kali com o demônio temido.
Ela entrou no campo de batalha em seu leão, e Raktabija experimentou o medo pela primeira vez em seu coração demoníaco.
Kali ordenou aos deuses para atacar Raktabija, e em seguida, espalhou sua língua para cobrir o campo de batalha, impediu que nem mesmo uma única gota de sangue de Raktabija caísse no grupo. Impedindo assim, Raktabija de reproduzir-se.
Bêbada de sangue de Raktabija, Kali correu através dos cosmos matando qualquer um que ousasse atravessar seu caminho. Ela se adornou com cabeças, membros e as entranhas de suas vítimas.
Para acalmá-la, Shiva se jogou debaixo de seus pés, parando a Deusa. ela mostrou a língua de espanto, e colocou um fim ao seu alvoroço homicida. Daí a imagem comum da Kali mostrando a língua em seu humor corpo a corpo, com um pé no peito de Shiva (Shivashankara).
DRURY, Nevill. Dicionário de Magia E Esoterismo. São Paulo: Editora pensamento, 2002.
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