⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Nekromantik (1987)

Diretor: Jörg Buttgereit
Duração: 75 minutos
Áudio: Alemão | Legenda: Português

Agora sim, um dos meus preferidos !!! perdi a conta de quantas vezes já vi essa doidera de arte do mundo da necrofilia...
Sinopse: Robert Schmadtke é um faxineiro de areas criminais, que depois de um incidente macabro traz para casa um cadáver para ele e a esposa praticarem necrofilia. Mas, ele começa a perceber que sua esposa prefere o cadáver a ele.
Jörg Buttgereit entrega Nekromantik ao público alemão em 1987, e antes quem pensara que seria apenas uma combinação do  hard sex e hard gore, há um fio romântico, o diretor consegue levar o conceito de "não se pode transar sem estar duro" e desencadeia uma resposta emocional devastadora. 
Para um caso de baixo orçamento, a música,o visual e o desenvolvimento do caráter com expressão de dor retrata adequadamente um conto de amor, luxúria, perda e desânimo. Este drama diurno é astutamente disfarçado como um sujo triângulo de amor entre um profissional triturador de cadáver, sua linda mulher pervertida  e uma carcaça humana em decomposição encontrada no fundo de uma lagoa.

Se você gosta de animaizinhos não irá gostar nem um pouco da cena snuff. A morte real de um coelho que sangra até a morte após ter seu pescoço furado. Ver os espasmos do animal não é pra qualquer um. Posteriormente, ele é esfolado e tem suas vísceras retiradas. O assassinato do coelho não aconteceu durante as filmagens, foi um snuff video que o diretor Jorg B. conseguiu e decidiu colocar.

Um dos grandes pontos positivos do filme são as performances, especialmente do anot Daktari Lorenz Seu Rob é muito bem caracterizado e, na verdade, um personagem que vemos no nosso mundo real. 

Nekromantik é tão artístico em seu propósito que é fácil perdoá-lo por suas falhas, sejam elas morais ou cinematográficas. Os efeitos são fracos, porém o "cadáver principal" de betty é bastante realístico, o bastante para fazer o estômago de alguns embrulhar (ou excitar). É um daqueles filmes que todos detonam no lançamento mas que, anos depois, se desenvolve em um irracional culto de seguidores. Hoje em dia, em comparação com filmes mais modernos do gênero, o filme não parece assustar, na verdade, para alguns, pode ser até cômico, mas ainda assim, é bastante significativo. É uma grande metáfora do amor perdido e de como a solidão pode levar um homem à beira da sanidade. 
Ajudou a inaugurar a era dos filmes de horror extremo e, por isso devo gratidão. Goste ou odeie, nekromantik tem sua estrela na calçada da fama do cinema gore.
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A Cruz de Morrigan - Nora Roberts - Trilogia do círculo Vol. 1

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"A Cruz de Morrigan" é o primeiro livro da Trilogia do Círculo escrita por Nora Roberts. O livro é cheio de fantasia, magia e seres sobrenaturais, e mesmo sendo um tema já muito explorado, a autora conseguiu reunir todos esses elementos de forma criativa. Particularmente, creio que não é assunto pro blog, mas, estive lendo o livro, eu ganhei ele de presente na verdade, e achei interessante postar, porque estou gostando da leitura, ele nos prende na história, apesar de ser fantasioso, eu indico.









Freaks (1932)

Títulos: Monstros (Português)
Diretor: Tod Browning
Duração:  64 minutos
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: “Freaks” é um cult clássico de 1932 que abalou a sociedade da época, foi rejeitado, trancafiado e somente após 30 anos, na década de 60, que é posto a mostra no mundo todo em exibições de cinemas sujos e festivais amadores. O motivo de tanta polêmica e rejeição esta na essência da trama, nas críticas e nos personagens atípicos.
A história é envolta a um triângulo amoroso, em que a trapezista Cleópatra, que na verdade gosta do másculo Hércules, se casa com o anão Hans apenas com interesse em sua fortuna e tenta envenená-lo, mas a mesma é descoberta e os "monstros" tentam se vingar dela, que só faz o pequeno Hans sofrer.
A falta de conhecimento necessário para identificar essas doenças fazia com que as pessoas "normais" repugnassem os indivíduos com características diferentes ou fora do comum. Sendo assim essas pessoas sofriam muito preconceito e o único lugar em que eram aceitas era no circo, no qual começaram a surgir os Freaks Shows (Show de Aberrações), tornando-se única fonte de emprego rentável para elas.

Freaks se tornou um clássico não por motivos grandes em técnicas cinematográficas mas sim por um roteiro e ousadia inexistentes na época, e até hoje também. Sem deixar nada gratuito demais, Browning apresenta um filme com forte conteúdo social e de enorme reflexão para uma sociedade que depois de muitas décadas ainda se mostra no direito de idealizar os conceitos de normalidade.
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Pink Flamingos (1972)

Diretor: John Waters
Duração: 93 minutos
País de origem: Estados Unidos da América
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Um dos grandes precursores do gênero trash. "Pink Flamingos" é, em grande parte, uma sátira ao culto às celebridades característico da sociedade norte-americana. Afinal, "Divine" e sua família ambicionam serem "as pessoas mais asquerosas do mundo", desde que isso lhes garanta fama e visibilidade na mídia. O mais famoso filme de John Waters é um verdadeiro tapa na cara da hipocrisia e no falso moralismo da família pequeno-burguesa tão característica do mundo contemporâneo.

"No comentário do DVD, Waters diz que os ativistas pró-animais não o perdoam pela cena, o que pra ele é ridículo, já que ele “salvou” a galinha de um abatedouro, e ela foi comida pela equipe depois da filmagem. Waters acha-se hilário dizendo que a galinha transou antes de morrer, tendo um fim muito mais prazeroso que o de suas colegas, e chamando aquela cena de “snuff” (filmes pornôs que realmente matam a atriz/vítima, geralmente durante o sexo)." Sim, no filme rola Zoofilia, incesto (sexo explícito), altas dancinhas com o ânus aberto do cara huahuha, enfim nojeiras para dar e vender.
Quan o filme foi exibido inicialmente, causou polêmica devido a seus atos perversos, realizados de uma forma realista em detalhes explícitos (não é pra menos, o filme é de 1972). Após exibições em universidades e poróes nos EUA, o filme foi distribuído nos cinemas pela Saliva Films e, posteriormente, pela New Line Cinema. Ao longo dos anos, tornou-se um clássico "notório" e um dos mais lucrativos de Waters, faturando cerca de $10 milhões.
Junto com os ataques verbais esperados, Waters também quebra tabus visuais. Exemplo, Raymond ganha dinheiro expondo-se em parques públicos com um Kielbasa Weiners extra-grande amarrado ao pênis. Indignado com a visão, as senhoras fogem e Raymond rouba suas bolsas. Uma das cenas mais infames do filme envolve a relação sexual entre crackers e cookie, esmagando uma galinha viva entre seus corpos enquanto é vista voyeuristicamente por Cotton pela janela.
Os protagonistas de Waters compartilharam a tendência de seu diretor por eventos berrantes e sinistros. Seu fascínio com o crime e julgamentos judiciais é baseado em sua crença de que, “Quando você faz algo horrível, você não pode mudá-lo”. “Eu acho que é uma questão de coisas serem proibidas”
Por: emanuellevy (2014)
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Street Trash (1987)

Títulos: O Lixo das Ruas (Português)
Diretor: J. Michael Muro
Duração: 91 minutos
País de origem: Estados Unidos
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Quando o dono de uma loja de licor encontra uma caixa no fundo do seu depósito cheia de estranhas garrafas de uma bebida chamada Viper, ele decide vendê-las para os mendigos por um dólar cada, sem se importar com o seu conteúdo. Uma vez que a pessoa ingere Viper, seus estômagos se corroem, começando a escorrer o liquido colorido, e lentamente, eles se dissolvem em uma poça de arco-iris, tendo uma morte lenta e dolorosa. As vezes, eles explodem, as vezes pinga ácido nos outros, realmente não há nenhuma rima ou razão para a coisa, e é isso que faz com que seja engraçado e criativo.
O filme é uma podridão sem igual, mendigos sujos e decrépitos, efeitos de garagem toscos, exagerados e muito lixo(bom)! É um verdadeiro clássico do trash!
Tudo no filme confirma aquela máxima do "quanto pior melhor". Direção, elenco, roteiro, maquiagem e efeitos especiais sugerem a precariedade da produção. Apesar das limitações o filme é diversão pura e ainda tem momentos absolutamente hilários como na cena em que um mendigo, que teve seu pênis cortado, corre de um lado ao outro enquanto seus insanos companheiros arremessam seu membro como se fosse uma bola de beisebol. Humor sinistro de primeira linha!  
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Amor Só de Mãe (Curta 2002)

Diretor: Dennison Ramalho
Duração: 21 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: “Amor só de mãe” (2002) conta a história de um pescador que vive em uma vila isolada e pobre, com um dilema entre sua genitora e seu amor. Filho (Everaldo Pontes), como é chamado por todo o filme, tem um relacionamento amoroso e carnal com Formosa (Débora Muniz). A mulher o pressiona para largar a mãe e ir embora do fim de mundo em que vivem, mas com as negativas de Filho, o casal se desentende. Seria uma história comum, não fossem os macabros acontecimentos que se seguem…

Haxan - A Feitiçaria Através dos Tempos (1922)

 Título: Häxan (Original)
Häxan: Witchcraft Through the Ages (EUA)
Diretor: Benjamin Christensen
Duração: 104 minutos
País de origem: Suécia
Audio: - | Legenda: Português

Sinopse: Häxan documenta as perseguições movidas contra as feiticeiras numa Europa atravessada pela intolerância religiosa. O filme é narrado em primeira pessoa, como se o diretor desejasse demonstrar uma tese, assim enunciada: “A crença nos maus espíritos, feitiçaria e bruxaria é o resultado de ingênuas noções sobre o mistério do universo”. Torturas, possessões e rituais de Sabá são aqui dramatizados numa narrativa de docudrama, ilustrando uma série de analogias entre o mundo moderno e o período da Inquisição. Obra-prima do cinema fantástico, realizado numa época em que não havia censura. São visíveis as influências pictóricas de Hieronymus Bosch e Bruegel. O virtuosismo de Häxan acabou influenciando Carl Dreyer em “A Paixão de Joana D'Arc”.
Idealizado pelo cineasta dinamarquês Benjamin Christensen em 1919, Haxan foi um esforço meticulosamente trabalhada que levou três anos para estar realizado completamente. Elementos de um documentário combinando com ficção, o filme é uma análise dos diversos males que afligem a humanidade, a intolerância religiosa.

Saló - Os 120 dias de Sodoma (1975)

Títulos: Salò o le 120 giornate di Sodoma (Original)
Salò, or the 120 Days of Sodom (Estados Unidos da América)
Dirigido por: Pier Paolo Pasolini
Duração: 116 minutos
País de origem: Itália
Áudio: Italiano | Legenda: Português

Sinopse: Passa-se na Itália controlada pelos nazistas, onde quatro libertários fascistas seqüestram 16 jovens e os aprisionam em uma mansão com guardas. A partir daí, eles passam a ser usados como fonte de prazer, masoquismo e morte.  Pasolini foi um dos grandes cineastas italianos. Salo, por mais bizarro que possa ser em sua distopia escatológica, está munido de um conteúdo "diferente". É inspirado na obra "120 Dias de Sodoma", do Marques de Sade, na qual a natureza humana é levada a abismos extremos. Pasolini bebeu dessa perversidade da obra e a transportou, metaforicamente, do micro para o macro pois, no século XX, nada ilustrou melhor a perversidade humana do que os regimes totalitários de Hitler e Mussolini, o cineasta imprimiu analogicamente a perversidade criada pelo Marques de Sade, nos regimes Nazi-fascistas. É simplesmente único, uma obra prima ousada da Sétima Arte.

Sweatshop - A Última Rave (2009)

Títulos: Sweatshop (Original)
A Última Rave (Brasil)
Diretor: Stacy Davidson
Duração: 93 minutos
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Charlie e seus amigos invadem um galpão abandonado pra fazer uma festa improvisada. Sem o conhecimento deles, algo se esconde no lugar escuro... uma presença tão horrível, tão monstruosa, que não tem nome. Alimentada por uma fúria incontrolável, não provocada, esta besta só sabe uma coisa - Charlie e seus companheiros escolheram o prédio errado, e eles estão prestes a pagar por isso. 
O filme tem uma proposta clichê como em todo filme de terror, história de sempre, jovens indo a lugar onde não deve, fazendo merda! No caso foram à uma fabrica abandonada montar uma rave.
Porém, as mortes são até impactantes, da pra sentir a dor do carinha, são criativas apesar de serem toscas.
Entretanto o que destacou na minha opinião foi o estilo Cyber gótico, músicas industriais, nada de paty no filme, nem boysinho, só as porra louca, drogados, bêbados, birutas, punks, a menina de moicano haha. Enfim, não tem muito roteiro, mas pra quem gosta de violência e trashera, é o filme certo.
Nota geral no Filmow: 2.6 (baseado em 36 votos)

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NIGHTBRINGER (Entrevista)

Entrevista com Naas Alcameth (vocal e guitarra)
Entrevista conduzida por Sargon.
Data: 19 de maio, 2010
Sargon: Nightbringer existe há cerca de dez anos antes do lançamento de Death and the Black Work. Conte-nos como a banda se formou e o que causou a longa espera para gravar um álbum.


Naas: Nox e eu tínhamos desempenhado juntos anteriormente em bandas black-death antes da formação de Nightbringer. Nós dois havia escrito black metal em torno deste mesmo tempo e então tivemos mais interesse em prosseguir neste projeto. Os primeiros anos foram em grande parte improdutivos, como nossas composições e materiais estavam desmartelados com apenas duas faixas rústicas gravadas em quatro faixas para mostrar para ele, que eventualmente foram liberados na Horde Of Darkenwood (Split) em 2001.

A Serbian Film - Terror sem Limites (2010)

 Títulos: Srpski Film ou  Српски филм (Original)
Um Filme Sérvio (Brasil)
Diretor: Srdjan Spasojevic
Duração: 104 minutos
País de origem: Sérvia
Áudio: Língua sérvia | Legenda: Português

Hey! Começando a postar sobre os filmes que eu tinha que postar, e com certeza meu primeiro escolhido vai pro polêmico Filme Sérvio, (polêmica: amo/sou), no decorrer da semana vem outros, lembrando que o blog não é um blog especificamente sobre filmes, mas faz parte, e muito. E todos que irei postar faz parte do baú da desgraça, portanto não esperem milhões de filmes sobre todos os gêneros. Se algum filme não funcionar me avisa pls. Pega a pipoca, chama a família pra sessão da tarde... Porque isso é uma delícia de filme.

Sinopse: Dirigido, produzido e escrito pelo estreante Srdjan Spasojevic, "A Serbian Film" conta a história de Milos, um ex-ator pornô que está longe do negócio e vive com sua esposa e filho. A situação não é tão fácil com a crise econômica e, portanto, aceita a oferta de um antigo colega da indústria e uma estrela de cinema XXX. Lá você vai descobrir que as intenções do diretor de ir além do simples ato erótico.

Um Guia a Sabedoria Oculta Da Cabala (Download livro)

Sobre este Livro

O foco destes estudos é primeiramente na iniciação de processos interiores que os indivíduos

se submetem no sua próprio passo, sem discriminação de raça, idade, sexo, estado civil, ou afiliação religiosa.

Como o objetivo deste livro é assistir o individuo em confrontar os primeiros estágios do reino espiritual, incluímos dez lições completas de Cabala que podem ser usadas para divulgar a sabedoria a qualquer um que esteja buscando uma orientação prática para entender o mundo que vivemos. Este método único de estudo, o qual encoraja a compartilhar essa sabedoria com outros, não é somente uma sabedoria de ajuda com os outros, mas sim nos ajuda a superar as provas e tribulações do dia a dia da vida, onde inicia-se um processo no qual os indivíduos ampliam os seus padrões além dos limites do mundo de hoje.

"Benzion Giertz"

Download Livro

Drogas no ocultismo moderno & o transe

Hyamunisiddha Aussik Aiwass

Com poucas exceções, os modernos escritores ocultistas tendem a condenar o uso de substâncias psicoativas. “Tomar drogas”, de fato, tem sido muitas vezes caracterizado como um atributo de vilão ou vitima, ou, na melhor das hipóteses, de alguns diletantes desorientados. Dion Fortune, por exemplo, em seu Autodefesa Psíquica, considera o uso de drogas na Magick perigoso, indesejável e ilegal (embora deixe em aberto a possibilidade da experiência por pesquisadores sob supervisão médica). Outro escritor moderno, William Crey, acha os resultados da exploração psicodélica destituída de qualquer valor real, já que expõe as pessoas a percepções que não podem assimilar, devido á falta de preparação.

Ao mesmo tempo, contudo, há os que acham as drogas úteis, e até mesmo admitem tê-las usado. Em sua maioria, esses escritores estão ligados (embora talvez a certa distância) ao trabalho de Aleister Crowley — por exemplo, Israel Regardie e Louis T. Culling; embora haja aqueles cujas relações com Crowley são tão remotas que provavelmente não contam — por exemplo, Andrija Puharich, algumas de cujas experiências com Amanita muscaria (a mosca agárica) Aldous Huxley presenciou, depois de ter sido ele próprio iniciado na mescalina em Berlim por Aleister Crowley. 

A posição geral dessas pessoas é de que as substâncias psicotrópicas podem ser auxiliares úteis em algumas fases do trabalho ocultista: todos apontam a necessidade de cautela e de um ocultismo que faça mais do que simplesmente confiar em que a droga faça todo o trabalho: ver, por exemplo, Role a Pedra para Longe, de Regardie.

A idéia de que as drogas psicoativas não são uma parte legítima da prática ocultista não parece ter-se desenvolvido até já bem adiantado o século XIX. Já é visível em Magia Transcendental, de Éliphas Lévi, mas está ausente em O Mago de Barrett, em que se descrevem especificamente as experiências envolvendo o uso e preparação de drogas psicotrópicas. A maioria destas também consta de obras de escritores muito mais antigos; encontra-se uma receita para extrair “veneno” de sapo parecida com a de Barrett (embora se use o sapo inteiro) em “A Visão de Sir Ceorge Ripley”, em Theatrum Chemicum Britannicum, de Elias Ashmole. Porta, em seu “Experimentos Psíquicos”, descreve como usar erva-moura, papoula, estramônio e outras drogas para provocar o sono, sonhos e loucura; antes disso, houve época em que se julgava ser o álcool destilado o elixir da vida, e a quintessência. Além disso, estudos como as histórias de Castañeda sobre seu trabalho com o xamã yaqui Don juan deixam claro que o uso mágicko e religioso de psicotrópicos não está necessariamente relacionado a estilos de vida “primitivos” ou degenerados”; e em Carne dos Deuses, de Furst, há ampla evidência da existência de um conhecimento muito sofisticado do cultivo e processamento de materiais que contêm drogas entre certos grupos de índios americanos. Foi a pesquisa de Wassons que primeiro deixou clara a extensão do uso de droga mágicko-religiosa, e é correto dizer-se que foi E. G. Wasson quem explorou a ligação da Amanita muscaria com os primórdios da religião védica. Mais imediatamente Puharich investigou os efeitos de várias drogas nos fenômenos psíqicos, sem comunicar quaisquer resultados terríveis.

A natureza precisa dessa aparente divergência de Opinião sobre a legitimidade do uso da droga no trabalho ocultista é meio obscura. Poucos escritores ocultistas entram em muitos detalhes sobre esse assunto (embora os defensores sejam geralmente mais específicos e concretos): na melhor das hipóteses, não parecem ser mais sofisticados em relação a substâncias particulares e seus efeitos que a exotérica farmacologia de sua época. Muitas das observações dos escritores mais antigos (por exemplo, os comentários de Fortune sobre os efeitos dos psicotrópicos no coração e sobre o problema das dosagens padronizadas tornaram-se obsoletas com as mudanças na indústria farmacêutica (novas drogas e melhores métodos de preparação para substâncias sintéticas), pela crescente sofisticação dos equipamentos e da especialização na testagem, e por sua maior disponibilidade em geral. Outras advertências, sobre o efeito de encontros despreparados com outras formas de consciência e coisas assim, parecem derivar mais das glamourizadas imagens do efeito das drogas do que de qualquer experiência clínica concreta com terapia psicodélica ou com o controle de reações perturbadoras de experiências pessoais com psicotrópicos.

Os comentários acima provavelmente aplicam-se menos à literatura de Crowley. Em Líber 777, seu ensaio sobre taxonomia Qabalista, ele faz urna tentativa bastante detalhada de classificar várias drogas em termos da Árvore da Vida, e na verdade faz uma coisa impressionante: identifica a flor da noz moscada com o segundo trunfo do Tarot, o Mago, que é atribuído ao planeta Mercúrio, e o peyote a Sephira Hod, ao qual também se atribui o planeta Mercúrio. A atribuição do peyote ao Mercúrio encaixa-se perfeitamente com o nativo uso americano dessa droga como guia e mestre, às vezes personificado como Mescalito, em inteira consonância com o papel de Hermes como psicopompo. Mas até bem recentemente não se reconhecia geralmente que as substâncias psicotrópicas na flor e na noz moscada estão estreitamente relacionadas do ponte de vista químico, embora um pouco menos do ponto de vista farmacológico, à mescalina, um dos elementos importantes do peyote. O peyote é encontrado no México, todavia no Brasil temos o famoso “chá de cogumelo” do Amanita muscaria (cogumelo) que trás a mesma substância do peyote, a mescalina.

Culling também reproduz uma pintura de cerca de 1912 E.V. atribuída a Crowley, descrita como um glifo de iniciação; no primeiro plano estão o que parecem ser representações das espécies vermelha e dourada de Amanita muscaria. Isso sugeriria que Crowley tinha algum conhecimento das propriedades psícotrópicas do cogumelo: contudo, não é citado em 777 (primeira edição 1909), mas é citado no 777 e outros escritos Qabalísticos, editado por Hymenaeus Beta. Crowley tinha uma compreensão mais eficaz da farmacologia e farmacognose, principalmente depis de suas experiências relatadas em Entusiasmo Energisado e no famoso The Paris Working. Um exemplo desses é o tratamento que dá à mandrágora, à beladona e ao estramônio, três plantas solanáceas de constituição e efeitos muito semelhantes: todas têm múltiplas atribuições e dificilmente coincidem. Todavia, Crowley mostrou-se ingênuo, peculiarmente no que se refere ao uso da heroína para tratar da sua asma, por recomendação de um médico; o uso da datura stramoniurn, embora certamente não mais comum, era conhecido na época e teria sido uma terapia muito mais racional.

No ensaio citado acima, Entusiasmo Energisado, Crowley relata o culto de Bacchus, Afordite e Apolo. Como Mareceli Motta gostava de dizer, “em bom português”, Vinho, Sexo e Música para a energisação do corpo físico. Mas como é dito em Líber Al vel Legis, “os rituais serão metade conhecidos e metade escondidos”. A experiência nos mostra que Crowley não deixou enfático neste ensaio o sábio uso do vinho que sem determinada substância, ao invés de energisar, causa fadiga mental e letargia psíquica. Para que o vinho realmente cause estados alterados com energisação do corpo físico é necessário que a ele seja adicionado a mescalina.

Essa informação encontra-se mais explícita no The Paris Working onde enfatiza “que o vinho carregado com a força do cogumelo é o melhor agente mágicko”.

Em seu “Diário de um drogado”, livro usado hoje em dia em clinicas americanas no tratamento de vícios por psicotrópicos, Crowley deixa claro que a mescalina é uma das melhores, “para não dizer a melhor”, drogas para utilização mágicka. Neste mesmo livro Crowley relata que seu primeiro encontro com a mescalina foi no México, onde aprendeu com os índios o manuseio do peyote. Mas assim como no Brasil, a Europa não possui o peyote, no entanto, a mescalina pode ser encontrada no cogumelo (Amanita muscaria).



TRANSE


As Formas de transe — um estado anormal da mente caracterizado por certo grau de dissociação da consciência— são varias. Os mais familiares ao leigo são o transe hipnótico e o mediúnico, mas além desses existem outros tipos induzidos por debilidade física, por drogas, pela música e a dança, e por literalmente centenas de outras coisas. Na raiz, porém, todos os tipos de transe são idênticos. As diferenças são de grau, variando do ‘‘transe leve” da pessoa que consegue lembrar-se de tudo que aconteceu durante o estado anormal até à possessão extática de um devoto do Vodu, que não tem qualquer lembrança do que ocorreu enquanto esteve “dominado” por uma divindade. Há também diferenças nos padrões de comportamento culturais, mas apesar do aparente abismo profundo entre, digamos, as atitudes de um frenético pai-de-santo dançando Umbanda no Brasil e o porte digno e as declarações solenes de um oráculo tibetano, os dois estão passando pela mesma experiência, uma dissociação da consciência e um esvaziamento das camadas subliminares da mente.

Não há dúvida de que o homem primitivo descobriu o transe por acidente, pois uma concussão cerebral provocada por uma pancada na cabeça freqüentemente vem associada a um estado indistinguível do transe — uma situação em que parte da mente se “separa” do resto. A pessoa pode continuar a falar e mover-se ou ficar estendida meio comatosa, pode agir de maneira inteiramente compatível com seu padrão usual de comportamento ou de maneira muito diferente, mas na maioria dos casos não terá lembrança total do que ocorreu durante o período de dissociação. Na certa foi esse fenômeno, não inteiramente compreendido hoje e inteiramente misterioso para o homem primitivo, que motivou a teoria de que no transe a alma deixa o corpo, que é então momentaneamente ocupado por outro morador — deus, demônio ou fantasma.

Assim que se aceitou o transe como coisa desejável, um meio de pôr os seres humanos em contato direto com forças supra-humanas, era inevitável que os homens começassem a buscar métodos de induzi-lo deliberadamente. É possível que a trepanação — abertura de buracos em crânios de homens vivos praticada com perícia por homens na Idade da Pedra fosse uma dessas técnicas de indução ao transe, mas, se era, as dragas, a privação física e os exercícios respiratórios a substituíram.

E errônea a crença comum em que existe alguma coisa peculiarmente moderno no uso de drogas psicotrópicas — que produzem alterações na consciência, Ao contrário, o uso dessas substâncias para atingir a dissociação é extremamente antigo. O oráculo de Delfos mascava as “ervas de Apelo”, os xamãs da Sibéria tomavam agárico (o “cogumelo sagrado” das teorias modernas), e os heróis semidivinos da antiga Índia bebiam o misterioso soma, que era possivelmente uma infusão de agárico, ou álcool — um psicotrópico para quem não tem semi-imunidade genética aos seus efeitos. Hoje, os Magistas tântricos de Bengala ainda fumam haxixe como uma preliminar para os rituais de indução ao transe, e os médiuns dos cultos semi-espíritas e semi-vodus do Brasil tomam grandes quantidades de cachaça antes e até o fim da duração de seus estados de transe.

Não se sabe ao certo o exato mecanismo fisiológico pelo qual se induzo transe, mas parece provável que qualquer tensão forte, prolongada, infligida ao cérebro, pelo corpo ou a mente, seja em ultima analise capaz de produzir transe. As drogas, por exemplo, em essência produzem efeitos provocando uma falta parcial de oxigênio do cérebro: por outro lado, os exercícios respiratórios (pranayamas), que quase sempre envolvem um certo grau de hiper-ventilação – mais comuns no Yoga Taoista, inundam o sangue de oxigênio e privam o cérebro de açúcar. Esse e o meio mais fácil de induzir transe, e a respiração suficientemente prolongada, profunda, muito rápida, produzirá transe em quase todo mundo.



SÓIS VERDES E VERMELHOS


Métodos mais simples, mas igualmente fortes, de chegar ao transe são usados por iniciados do moderno culto da feitiçaria. Eis uma versão até agora inédita, dada por uma feiticeira de terceiro grau, sobre a primeira vez que entrou em transe, e como se sentiu.


Após terminarmos o ritual escrito, que achei um pouco sentimental e “literário”, começou a verdadeira festa. Tivemos sorte pelo fato de X... primo do dono de [...] Wood (que é completamente isolado e particular) nos emprestar a propriedade para a noite. Estávamos numa clareira meio ampla, agora plantada com coníferas, a menos de um quilometro da A4 [estrada principal]. Acendêramos a fogueira ao lado do lugar onde fizéramos o Círculo, e de qualquer maneira era uma noite quente. A única distração era o barulho dos caminhões pesados mudando as marchas, que o vento trazia da estrada. X... tocava sua flauta doce, que não é meu instrumento preferido, e depois de algum tempo iniciou uma música folclórica, modal, mas num compasso 3/4, que me pareceu adequada ao nosso estado de espírito. Repetia-a sem parar, e começamos uma dança da serpente, Diana na frente tocando os bongôs que pendurara ao pescoço com sua corda. Passado algum tempo, Diana nos levou a pular a fogueira, que morria um pouco, a cada terceira volta. De vez em quando, alguém saía da fila e tomava um copo de ponche do feiticeiro, que eu preparara antes num “caldeirão” (na verdade um balde de carvão, de latão, lavado). Era uma mistura muitíssimo forte, vinho tinto, conhaque e varias ervas que acrescentei em honra da Deusa, mas de algum modo todo o esforço e a atmosfera geral nos tinham feito beber demais, e estávamos todos meio tocados.

X... abandonou a flauta e juntou-se à dança, mas Diana continuava batendo no bongô e acelerara o ritmo. Continuamos dançando, e de repente comecei a sentir aquela sensação estranha que a gente tem, às vezes, quando dirige por grandes distâncias. Tinha consciência de tudo que fazia, mas ao mesmo tempo me sentia curiosamente desprendida do meu corpo. Eu ainda estava dentro dele, claro, não tinha me projetado astralmente, nem nada assim, mas apenas como um observador imparcial, me deixando levar, emocionalmente desligada. Um pouco depois, G..., que era o terceiro na serpente, saiu da dança e caiu no chão, contorcendo-se em convulsões e tentando falar, mas apenas balbuciando. Por meio segundo, paramos, mas Diana, ainda tocando o bongô, nos gritou: “a Deusa. Continuem dançando”. Na volta seguinte, errei o salto ao passarmos pela fogueira e aterrissei nas brasas vermelhas, que se grudaram nas solas dos meus pés. Notei com surpresa mas sem interesse que não tinha mais qualquer sensibilidade nos pés, qualquer sensação de contato com o chão, qualquer queimadura. Agora só importavam as batidas do bongô e a dança, de algum modo meu corpo era uma coisa só com essas duas.

O tempo distorceu-se, esticou-se. Cada passo da dança durava uma era, cada salto sobre a fogueira me deixava suspensa, levitando sobre a fogueira uma eternidade, e o tempo todo a falta de sensibilidade que começara nos pés me subia pelo corpo, as coxas, a barriga, o peito. Eu sabia que aquilo ia chegar à cabeça, e chegou. Vi estrelas, literalmente, enormes sóis flamejantes de verde ou vermelho, tudo rodando dentro de mim. Tudo escureceu, e quando dei por mim estava estendida no chão, tremendo com calafrios debaixo de um cobertor, os pés doendo como o inferno. Durante quase meia hora meu corpo tinha sido usado pelo deus.


Aleister Crowley empregava métodos muito semelhantes de indução ao transe, embora mais sofisticados e com uma tendência sexual mais forte. Ele perguntava: “Como se pode chegar ao êxtase?” e respondia: “Pela invocação de Bacchus, Afrodite & Apolo”. Crowley refletiu muito sobre esse tema, e registrou suas conclusões no ensaio dito acima, Entusismo Energisado. Ele concluiu que a música mais eficaz era a produzida pelos tantãs (como também achava Aldous Huxley), e a bebida mais efetiva a “taça do amor”, que ele trouxera do México, uma infusão da droga alucinógena mescalina em álcool. As leis de obscenidade da época impediram-no de registrar sua opinião sobre como se devia invocar Afrodíte, talvez felizmente, pois quando colocou tais teorias em prática, numa série de ritos mágickos coletivamente conhecidos como a The Paris Working, os participantes das cerimônias eram exclusiva-mente bissexuais. The Paris Working parece ter sido muitíssimo bem-sucedida: tanto Crowley quanto seu discípulo Victor Neuburg foram possuídos em várias ocasiões, ou assim acreditaram, pelos deuses que invocaram. Infelizmente, porém, a maior parte da informação e dos ensinamentos que os deuses transmitiram pela boca dos Magos possuídos revelou-se inverídica ou inútil. Todavia, The Paris Working, magickamente falando, foi um sucesso.

Outros meios de alcançar a dissociação usados por Crowley e seus seguidores assemelham-se muitíssimo ao da escola de atores do “Método”. Os Magos desempenham papéis num tipo de peça de mistério, e identificam-se fortemente com seus personagens. Um Mago que interpreta o papel de João Batista, por exemplo, faz o possível para esquecer que está simplesmente representando e ser joão, com todos os pensamentos, emoções e crenças dele. Crowley escreveu uma série de peças de mistério, Os Ritos de Eleusis, para serem usadas desse modo. Numa ocasião elas foram encenadas numa casa particular em Dorset, e Neuburg, fazendo o papel de Marte, mergulhou em transe e supostamente foi possuído por essa divindade marcial. Segundo Crowley, o deus — isto é, Neuburg em transe — previu acertadamente não apenas a Guerra dos Bálcãs de 1912 E.V., mas também a Primeira Guerra Mundial de 1914-18 E.V.

"Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei. "

Patrick Larabee: A arte delimitando as trevas.

 
Logoi Spermatikoi - The Seed of Creation.
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/115289066@N05/12106941643
 
"Eu sou um artista e autor, cujo principal objetivo é encarnar as dimensões invisíveis e não vistas do Outro Lado: as realidades desconhecidas e sub-conscientes que nos rodeiam e ainda buscam ser descobertas através da nossa sondagem de territórios não revelados da alma e do espírito.

É através da força criativa que reside dentro de mim, como um reflexo daquele desejo original que gerou a integridade da existência a partir do caos, que sou levado a definir, através da palavra e da imagem, o que está oculto e muitas vezes conhecido como Mistério.

Durante duas décadas de práticas eu tenho sido influenciado por uma série de escritores e artistas que tenho como integrantes para o meu crescimento como indivíduo e praticante das Artes Mágicas, uma pequena lista destes, de nenhuma maneira completa, seria: Nigel Aldcroft Jackson, Kenneth Grant, Doreen Valiente, Shani Oates, Austin Osman Spare, Andrew Chumbley, Kahlil Gibran.

Descobri que seus escritos são de importância vital para o magista moderno, e ainda, o caminho mais importante que sigo é o de meu próprio coração e da sabedoria que flui daí, e sempre sou um viajante e buscador desse conhecimento e luz trancados nos recessos de meu próprio Ser."
 
Essas, as próprias palavras de PATRICK JOHN, Multifacetado, interesses que passeiam pelos caminhos da Arte através de poesia & prosa, de desenho & fotografia, da sensibilidade, enfim, de um Andarilho... Acompanhe.

Mitologia Egípcia

Imagem: https://ladynyo.wordpress.com/2014/05/22/goddess-nut-poem/

Como em todas as civilizações antigas, a Cosmogonia ocupa a primeira parte dos textos sagrados egípcios, tentando explicar com a fantasia e o relato milagroso tudo quanto se escapa do reduzido âmbito do conhecimento humano. Para os egípcios, como para o resto das grandes religiões, a criação do Universo faz-se de um único ato da vontade suprema, a partir do nada, da escuridão, do caos original.