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Conto: Morte Surreal


Você é doido varrido? (você é só de estar aqui). Bem, vou descrever mais ou menos um sonho que tive um dia desses acrescentando algo a mais de minha imaginação...


Uma autoria de CAPRICORNUS CRUENTUM ©

Há uma casa em meus sonhos, agora em minha realidade, uma casa antiga que comprei, algo me trouxe até aqui, um canto, um coral de crianças não sei... Constantemente querendo me libertar, mas minha curiosidade não é liberdade.
Todos os dias na tal casa o som agradável era ao mesmo tempo de pavor. A cada dia um tom diferente, uma história sem contexto. A cada dia a casa confunde-se em história ou déjá-vu? 

A nova droga que derroga. Os sonos cada vez mais pesados e a rotina de transe toma conta. A mesma casa, as árvores no quintal não dão mais folhas, o dia nublado e novamente, crianças, meus sonhos me dizem elas estarem sendo comida para os cachorros? a cada vez que aumentava sua dor, seu refúgio era o canto. Não sei mais se estou dormindo ou acordado.

Surrealidade repetia-se e ainda mais minha curiosidade matava-me. Começo  a entrar novamente em um tipo de transe. Dessa vez, eu também como protagonista de meus sonhos, lá estava eu fugindo, e adivinha, novamente ouço aquela som confuso, musical talvez, intensificando, eu não sabia mais de que estava fugindo, ou se fugia mas cada vez que o canto aumentava eu sentia precisar correr mais rápido, mas eu corria em círculos, novamente a casa misteriosa que parecia agora conter sangue, não sabias se necessitava de uma arma contra o ameaçador, ou contra mim, mas não avistava absolutamente nada. A cada vez que eu acordava de meus transes eu sentia que deveria continuar, descobrir o que as crianças devoradas tinham haver com aquilo, e porque cantavam ao invés de pedirem clemencia. por que no outro dia apenas pude ouvi-las mas não avistei nada além de sangue e só pude pressentir algo ameaçador mas não sabia de onde.

A cada dia que eu habitava naquela casa os sonhos pioravam, eu já não enxergava a casa colorida, meus olhos lá dentro agora, apenas preto e branco. Dessa vez eu não queria mais entrar em meus sonhos surreais, queria apenas ouvir o coral das crianças, mas, diante da musica que vinha de minha cabeça, achava eu estar louco, acabei apagando novamente...

Um labirinto, uma curva, lá descobri um curumim de ponta pé, mas que crueldade, mas espera, aquele parece comigo? Ou eu estou ficando louco? Será que eu precisava ajudar, ou eu necessitava de ajuda? Continuei... Outra curva, novas imagens, dessa vez algo estraçalhado....

 Eu continuava tentando achar o fim do labirinto de horrores, mas apenas conseguir chegar no meio, novamente não avistei “a coisa” ameaçadora que fez o trajeto de torturas até ali. Chega, não quero mais habitar naquela casa, acordei de meu transe de torturas, medo, lembranças de algo que não sei o que era, lembranças de algo que nunca aconteceu, mas acontecia, estou a beira da loucura?

Aluguei outra casa próxima, mas nas noites eu continuo me perseguindo. Necessito voltar a casa. Dessa vez fui numa noite, de lua cheia, entrei naquele lugar silencioso, desta vez não ouvi crianças cantando e fui determinado a acabar com isso!

Pensei comigo mesmo que desta noite não passava eu mandaria em meu próprio sonho surreal, em meu próprio subconsciente, entrei em um transe profundo e vi novamente tudo, senti tudo, voltei naquela época de torturas em formato de labirinto mortal, estava só no local e mesmo assim fugindo, facas, serrotes, nada intimida tal coisa de que eu estaria fugindo.

Quando então em minha direção uma das crianças torturadas em meus sonhos diz em umas palavras cortadas pelo medo, que eu estava fugindo de mim mesmo, eu cantava pra fugir de minha vida anterior que não quis sair de mim, e agora minha mente surtou, o que eu tinha bloqueado se desfez, o muro em que eu havia construído em minha mente para não lembrar das coisas terríveis que fiz, ou que fizeram desmoronou, enlouqueci, percebi que essa “coisa” ameaçadora era eu, as serras, facas e outro objetos de torturas que eu pegava pra me defender, na verdade eu precisava usar em mim mesmo, pois hoje não sou mais eu, e eu era a ameaça, eu era a pessoa de quem eu fugia de quem as crianças temiam e cantavam pra lembrar-me. Naquele momento não sabia mais o que era real ou não, quando acordei, já estava com o pescoço ensanguentado, tentei cantar para a dor aumentar, não saia mais voz nenhuma de mim e apenas sangue... Agora, vivo pra sempre em meus sonhos. A loucura e o surrealismo ainda vive. Você que está lendo isso, significa que acessou minha mensagem e agora conseguiu a chave para permanecer para sempre comigo o labirinto da morte.

Publicado em: 25 out. 2012
Por Capricornus Cruentum

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