⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Alimentos, drogas e proibicionismo - Por Henrique Carneiro

Henrique Carneiro é o autor dos livros: Comida e Sociedade: Uma história da alimentação, Drogas: a história do proibicionismo (Autonomia Literária, 2019)e também Amores e sonhos da flora: afrodisíacos e alucinógenos na botânica e na farmárcia.  Nessa postagem irei compartilhar um trecho do primeiro livro e um pouco de sua ideia sobre alucinógenos! No final a descrição dos 3 livros indicados, caso queira procurar !

Alimentação e Religião: Sacrifícios, normas e tabus 
A história comparada das religiões também ocupou-se da descrição e da interpretação de representações e regulamentações sagradas sobre o consumo dos alimentos. Em quase todas as civilizações o alimento é um dos primeiros deuses ou tem um deus tutelar. No méxico, os cogumelos alucinógenos do gênero Psilocybe são sagrados e denominados "carne de deus" (teonanactl). As plantas psicoativas americanas, como a jurema (Mimosa hostilis), elevada pelo escritor José de Alencar, em Iracema, à condição de símbolo secreto da cultura indígena: a ayahuasca, beberagem sagrada , também de origem indígena, cultuada na religião do Santo Daime, no Brasil; e diversos cactos andinos e mexicanos, como o San Pedro e o peiote, são exemplos de alimentos e bebidas divinizadas. Em todo o mundo, as inebriantes e as drogas desempenharam um papel central nas técnicas de êxtase e nos rituais de transe como um alimento espiritual muito particular, objeto de devoção mística. Dioniso/Baco era o deus do vinho no mundo grego e romano.  Ceres, versão latina de Deméter, denominou os mais importantes alimentos, os cereais, cujo ciclo vital da semeadura e da colheita é regido pela deusa. A "queda" de Adão e Eva ou pecado original, foi o ato de comer um fruto proibido. 
A alimentação assume assim a função de distinguir religiosamente os povos para os quais adieta torna-se um assunto muito mais transcendente do que a mera satisfação do estômago. As disposições bíblicas vetero-testamentárias, corânicas ou da tradição indiana sobre a alimentação são um motivo de intenso debate histórico e antropológico, que este capítulo abordará nos seus traços básicos.
[...]
Muitos herbários do século XVI chamavam-se justamente História das plantas (De Historia Stirpium, Leonhardt Fuchs, 1542) eHistória dos frutos (Frugum Historia, Rembert Dodoens, 1552), e descreviam as plantas tanto alimentícias como medicinais a partir de suas supostas virtudes para o corpo humano,derivadas da natureza do seu temperamento, quente ou frio e seco ou úmido, e conseqüentemente relacionado com um órgão, um humor, uma estação do ano, um momento do dia ou da noite etc. O temperamento quente e seco era visto como o modelo ideal e, portanto,característico do homem. A mulher seria fria e úmida. O quente possuiria a qualidade de excitar e despertar, e o frio, de adormecer e acalmar. Os alimentos quentes seriam o vinho, o sal, o açúcar, o mel, a canela, o cravo, a pimenta, a mostarda, o alho. Os frios seriam a alface,o vinagre, os pepinos, o ópio, a cânfora, os cogumelos e as frutas em geral. O vinho era uma bebida tão quente para Galeno, o mais importante médico da época romana, que ele o interditava antes dos 22 anos, pois até essa idade já haveria suficiente calor natural nos corpos. O chocolate, no século XVIII, era considerado tão quente que não deveria ser dado para crianças!

Na entrevista encontrada por (MARIANA et al., 2017) Henrique Carneiro diz que, abre aspas, "a fronteira entre entre alimentos e drogas é fluída, pois todos os alimentos também são considerados como possuidores de virtudes intrínsecas que afetariam a constituição do corpo. Os produtos alimentares e farmacêuticos possuem uma natureza comum de serem produtos da natureza que o corpo ingere. São, dessa forma, consubstanciações da matéria exterior corporificadas na interioridade humana. Essa dimensão encarna literalmente a matéria do mundo na substância do corpo. Tais produtos ingeríveis vão servir não só como formas de alimentação, de estimulação,de analgesia ou de alterações da consciência ou das emoções, mas também como marcadores sociais hierárquicos, etários, de gênero e de pertencimentos tribais. A diferenciação das drogas em relação aos alimentos começou a se estabelecer de forma definitiva na época industrial da farmacologia contemporânea, mas o estatuto antropológico comum a todos estes produtos continua sendo o fato de serem absorvíveis pelos orifícios corporais ou pela pele, sendo assim matérias incorporáveis.Por isso então seu interesse em abordar as drogas e os alimentos de forma relacionada!"
O autor ainda cita, abre aspas: "O Brasil permanece na retaguarda da reforma da política de drogas. A lei vigente 11.343, de 2006, embora tenha descriminalizado o uso pessoal, não distinguiu claramente esse uso do comércio, deixando ao arbítrio discricionário das autoridades policiais e judiciais a definição penal. Como consequência, houve um enorme aumento do encarceramento, triplicado desde a aprovação da referida lei, e incidindo especialmente sobre populações pobres, negras e marginalizadas. Por outro lado, um vigoroso movimento social em torno das chamadas Marchas da Maconha vem, desde 2011, tornando-se uma das principais expressões de um anseio demudança, especialmente entre os jovens das periferias urbanas, que sofrem os efeitos mais nefastos de uma guerra às drogas que pratica um extermínio sistemático dessas camadas sociais mais vulneráveis. A realização das marchas também trouxe para a agenda do STF o debate da descriminalização do consumo como prerrogativa de exercício constitucional das liberdades individuais de autodeterminação. Essa discussão está parada na corte suprema, podendo a retomada do seu debate representar uma possibilidade de que o Brasil acompanhe o quase consenso jurídico na América Latina que aponta para a descriminalização do uso pessoal de drogas." Fecha aspas.
Comida e Sociedade. 
A alimentação é, após a respiração e a ingestão de água, a mais básica das necessidades humanas. Mas como “não só de pão vive o homem”, a alimentação, além de uma necessidade biológica, é um complexo sistema simbólico de significados sociais, sexuais, políticos, religiosos, éticos, estéticos etc. Comida e Sociedade: Uma História da Alimentação abrange, portanto, mais do que a história dos alimentos, de sua produção, distribuição, preparo e consumo. O que se come é tão importante quanto quando se come, onde se come, como se come e com quem se come. As mudanças dos hábitos alimentares e dos contextos que cercam tais hábitos é um tema intrincado que envolve a correlação de inúmeros fatores. Compre na Amazon

Amores e Sonhos da Flora – Afrodisíacos e Alucinógenos na Botânica e na Farmácia
O autor estuda os herbários produzidos entre os séculos XVI e XVIII, e rastreia a construção social das noções desenvolvidas na Era Moderna sobre o uso de diferentes plantas, com conseqüências que chegam até nós. A botânica e a farmácia nascem, então, como ciências inextricavelmente ligadas, cuja a motivação é a busca de novas drogas, potencializada pela descoberta das floras americana e oriental. Utilizadas na cura de doenças ou lesões, também visavam aos domínios do sexo, do sonho, do transe, da alucinação, da morte e do prazer. Comprar

Drogas: a história do proibicionismo (Autonomia Literária, 2019) - Henrique Carneiro
"Drogas: a história do proibicionismo" é uma extraordinária ferramenta para o entendimento dos processos históricos e sociais relacionados ao proibicionismo em sua curta e influente história. Esta obra abrange a proibição do tabaco na Europa, as guerras do ópio, as políticas antialcoólicas na França, Canadá, Estados Unidos e Rússia, a revolução psicoativa moderna (e seu parceiro, o capitalismo aditivo), as bases filosóficas do proibicionismo e a sociologia do uso de drogas. Compre na Amazon.

Referências:
CARNEIRO, Henrique. Comida e Sociedade: Uma história da alimentação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 7 reimpressão.
CARNEIRO, Henrique S., Amores e sonhos da flora. Afrodisíacos e alucinógenos na botânicae na farmácia, São Paulo, Xamã, 2002.
MARIANA BROGLIA DE MOURA, HELIDACY MUNIZ CORRÊA. Entrevista com Henrique Carneiro.  Outros Tempos, vol. 14, n. 24, 2017 p. 266 - 272. ISSN: 1808-8031. Disponível em: (https://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_tempos_uema/article/view/610)

Borderline (2008)


Outros títulos: Borderline - Além dos Limites
Diretor: Lyne Charlebois
Duração: 110 minutos
País de origem: Canadá
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: A história de Kiki é mostrada em diferentes fases de sua vida. Com a mãe internada, ela é criada pela avó, que não se preocupa com ela. Seu refúgio é a escola. Sua vida antes dos 30 está bem longe de ser um conto de fadas. Ela se envolve com diversos homens, um após o outro. Sexo e álcool são suas únicas saídas e sua rotina. Mas aos 30 anos, Kiki enfrenta o maior de todos os desafios: aprender a amar a si mesma. Adaptação dos romances Borderline e La Brèche, da canadense Marie-Sissi Labrèche.

Sinceramente, filme que realmente retrata com mais convicção o transtorno limitrofe (borderline) é Allein (2004), esse é meio meh, o que temos aqui é sexo, Flashbacks, alguns inúteis, e um estudo sobre uma jovem que sente os erros cometidos por sua mãe e pela sociedade geral em forma de psicose, como um fio elétrico o qual quem as toca leva um choque ruim. Ela mantém um homem de meia-idade cativo aos seus extremos emocionais. Tcheky é casado, mas não se cansa da natureza selvagem de Kiki. Mikael (interpretado com muito êxito por Pierre-Luc Brilliant) é uma alternativa saudável a Tcheky, mas Kiki tem dificuldade em entender isso. Este é um dos poucos filmes recentes tenta abordar o transtorno.
De acordo com a Uol (2019): "Em contrapartida, existe um bom aproveitamento da fotogenia de Brasília nos exteriores. Em poucas palavras, um filme que fica entre o que é e o que poderia ser, que interessa mais pelo que se apontaria habitualmente como defeitos. Enfim, um filme borderline como seus personagens. Como eles, capaz de ser intenso, desajeitado, inesperado. Mas por isso mesmo nunca desprezível (apesar da direção tão irregular também dos atores)."
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Lilja 4-ever (2002)


Outros títulos: Para Sempre Lilya (brasil)
Diretor: Lukas Moodysson
Duração: 109 minutos
País de origem: Dinamarca | Suécia
Áudio: | Legenda: Português

Sinopse: Lilya (Oksana Akinshina) tem 16 anos e vive em um subúrbio pobre, em algum lugar da antiga União Soviética. Sua mãe mudou-se para os Estados Unidos, com seu novo marido, e Lilya espera que ela lhe envie algum dinheiro. Após algum tempo sem receber notícias nem qualquer quantia dela, Lilya é obrigada a se mudar para um pequeno apartamento, que não possui luz nem aquecimento. Desesperada, ela recebe o apoio de Volodya (Artyom Bogucharsky), um garoto de apenas 11 anos que de vez em quando dorme no sofá de Lilya. A situação muda quando Lilya se apaixona por Andrei (Pavel Ponomaryov), que a convida para iniciar uma nova vida na Suécia. Apesar da desconfiança de Volodya, Lilya aceita o convite e viaja com Andrei.

Primeiramente as melhores partes do filme são a trilha sonora, ou seja, Rammstein - Mein Herz Brennt combinada com a fotografia do clima.
Lilya 4-Ever é uma visão brutal de crescer quando as probabilidades estão contra você. A personagem-título, Lilya (Oksana Akinshina), é uma garota de 16 anos que vive nos cortiços queimados e quebrados que compreendem um pequeno canto do mundo "em algum lugar da antiga União Soviética". Abandonada por sua mãe (Lyubov Agapova), que voou para ficar com o namorado nos Estados Unidos, Lilya deve se defender. Seu único amigo é um garoto de 11 anos chamado Volodya (Artyom Bogucharsky). Juntos, os dois constroem fantasias elaboradas que lhes permitem escapar, ainda que temporariamente, da tristeza de suas vidas. Mas fantasiar é um passatempo inútil, e Lilya precisa de dinheiro para continuar vivendo em seu apartamento em ruínas.  Então ela conhece Andrei (Pavel Ponomaryov), um visitante da Suécia que passa um tempo com ela, mostra sua consideração e pede que ela volte com ele para o Ocidente. Ela está muito feliz,mas o que é óbvio para Volodya - o fato de Andrei ser bom demais para ser verdade - um fato que Lilya aprende tarde demais sozinha. 
A fotografia de Lilya 4-Ever é tão sombrio quanto o cenário é bonito. Moodysson descobriu alguns dos lugares mais cinzentos e desagradáveis ​​para a filmagem, e a maioria das cenas ao ar livre ocorre à noite ou quando o céu está nublado (o que particularmente acho lindo), gostei de verdade dessa sensação.
Lilya é uma mistura de resistência intransigente e inocência de olhos arregalados. Ela tem o conhecimento de alguém que fará o necessário para sobreviver, mas ainda se apega aos sonhos do príncipe encantado e faz suas orações todas as noites.
Nota no IMDB 7,8/10.
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Lua Vermelha: As Energias Criativas do Ciclo Menstrual [...] - Miranda Gray (Download livro)

GRAY, Miranda. Lua Vermelha: As Energias Critivas do Ciclo Mestrual Como Fonte de Empoderamento Sexual, Espiritual e Emocional. 1 Ed. Pensamento, 2017.

Em Lua Vermelha, Miranda Gray resgata a sabedoria do sagrado feminino para mostrar às mulheres modernas como elas podem voltar a aceitar a sua natureza cíclica e se reconciliar com todos os aspectos da feminilidade. Explorando arquétipos da menstruação e da condição feminina contidos na simbologia de mitos, lendas e contos de fadas, a autora oferece métodos e exercícios práticos para você entrar em sintonia com o seu ciclo menstrual, e assim impulsionar sua criatividade, viver sua sexualidade plenamente e aceitar as mudanças naturais do seu corpo e da sua vida.
Lua Vermelha é em grande parte repetitivo, passando por vezes a impressão de que 'ela já disse isso antes'. Apesar das constantes referências religiosas, os rituais contidos aqui não possuem um caráter mágico, mas muito mais psicológico: são viagens guiadas, muitas delas relacionadas a história que ela criara no começo do livro. Fala para mulheres e nada ou praticamente nada da relação destas para com seus maridos ou filhos: a proposta é que a mulher dedique-se e olhe para si neste momento.  (resenhaoculta, 2018).

“O conceito da lua como fonte do espírito criativo foi uma das ideias mais antigas expressas pela humanidade”
Uma coisa muito incrível é que Miranda tira a criatividade do lugar-comum de “dom”, algo distante e difícil, reservado só para alguns, e mostra que as energias criativas estão em tudo o que fazemos, de modo quase que instintivo, e nos permite expressarmos de alguma forma. Por exemplo, quando a gente vai cozinhar estamos colocando nossas energias criativas no processo: nossos dons, habilidades, visões, vontades, tudo isso estará nesse prato, que é um resultado da nossa expressão. Ou quando dançamos, temos uma relação sexual, fazemos algum trabalho - em tudo isso usamos nossa criatividade; dessa forma enxergamos a criatividade como algo próximo, intrínseco a todas as mulheres.

1 mês, 4 arquétipos: Donzela, Mãe, Feiticeira e Bruxa-Anciã
Miranda traz as quatro mulheres diferentes que somos ao longo do mês, assim como já falamos aqui no Blog, mas a grande novidade é que ela busca nos contos de fada e em histórias conhecidas arquétipos, facilitando e muito a reconhecer e entender o que essas personagens diferentes têm a nos ensinar e como podemos explorar da melhor maneira possível o potencial criativo de cada uma delas.
Estamos indicando Lua Vermelha pois ele estimula uma conexão e aceitação das diferentes energias que nos influenciam e que, às vezes, podem até nos levar a pensar que somos loucas, quando, na verdade, só nos mostra que não somos sempre a mesma. Na essência, somos essa inconstância mesmo, esse ciclo vivo que, quando compreendido e experimentado, percebemos que se trata de um presente ancestral que a natureza nos oferece todos os meses. É uma chance para experimentar, criar e viver coisas totalmente diferentes a cada nova fase (pantys).
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Klip (2012)


Outros títulos:  Clip
Diretor: Maja Miloš
Duração: 100 minutos
País de origem: Sérvia
Áudio: Sérvio | Legenda: Português (imperfeita)

Sinopse: Jasna é uma bela garota adolescente que leva a vida dura da geração do pós-guerra da Sérvia. Com o pai que tem uma doença terminal e uma mãe depressiva, ela está desiludida, tendo raiva de tudo e de todos, inclusive de si mesma. Apaixonando-se por um garoto da escola, ela mergulha num mundo de sexo e drogas, filmando tudo constantemente com seu telefone celular. Ainda assim, neste ambiente pesado, o amor e a ternura emergem.

Primeiro devo dizer que a legenda ptbr tá tipo tão ruim que tu vai querer xingar, e eu não posso fazer uma nova baseando na de inglês, se souber inglês, baixe e busque uma legenda inglês! Talvez encontre aqui no torrent. Mas eu fui obrigada a ajeitar a parte a qual eles falam sobre "qual seu signo" pro garoto, na legenda estava que seu signo era balança opa mas o correto seria Libra, e ela Gêmeos. Mesmo assim dá pra "pegar" o filme tranquilamente.
Vencedora do prêmio de melhor longa-metragem Tiger Award no Festival de Roterdã de 2012, a estreia de Maja Milos na direção do filme provocou polêmica no circuito do festival por seu visual gráfico. Parcialmente financiado pelo governo sérvio, leva o título da propensão de sua protagonista Jasna (Isidora Simijonovic) de 14 anos de idade e outros adolescentes sem futuro em um subúrbio abandonado na Sérvia. De acordo com o site filmmakermagazine a atriz tinha 16 anos quando o filme foi feito.
O filme termina como começou, é um recipiente vazio. E muitas vezes da nojo das atitudes da garota, apesar da doença terminal de seu pai, trata as pessoas da sua família da pior maneira. Persegue um namorado, que a humilha casualmente de maneiras físicas e emocionais. Ao mesmo tempo parece ser sua maneira de lidar. Gradualmente nos ocorre que estamos vislumbrando uma mulher vivendo nas garras de uma sociedade na decadência ética niilista mesquinha e da barbárie sexualizada. A única coisa que faz Jasna se sentir valiosa é dar um boquetão, logo depois percebe-se que ela mesma se sente mal, muitas vezes.
Não há muito enredo, e o desenvolvimento dos personagens são superficiais. Como se a principal preocupação do autor foi chocar e provocar o público através das cenas com menores de idade de erotismo explícito. Uma pena que a mudança não tenha ido mais longe com a história, e para no meio do caminho em comparação a filmes como "Kids (1995)". Vale a pena assistir? talvez não. A propósito, ela tem um pai muito doente e uma mãe preocupada, mas não dá a mínima para isso. Este filme mostra como a sociedade doente é descrita neste filme.
Klip é um filme Sérvio assim como "A Serbian Film", seria a Sérvia o buraco negro dos filmes violentos?
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Irréversible (2002)


Outros títulos: Irreversível
Diretor: Gaspar Noé
Duração: 94 minutos
País de origem: França
Áudio: Francês | Legenda: Português

Irreversível é o tipo de filme “ame ou odeie”! Polêmico, foi duramente criticado em Cannes, onde um dos críticos clamava “tomara que o tempo destrua esse filme” em referência a frase “O tempo destrói tudo”, evocada logo no início. O argentino Gaspar Noé já havia lançado um filme bem indigesto, Seul Contre Tous, onde já mostrava um estilo de cinema forte e contundente.
Logo no início de Irreversível, há uma referência a Seul Contre Tous, onde o personagem de Philippe Nahon aparece em um quarto fétido de um hotel decadente, dizendo a tal frase: “O tempo destrói tudo”. Logo depois somos levados a barulhos de uma sirene de ambulância, onde Marcus (Vincent Cassel) estava sendo socorrido de uma aparente briga. Narrado de trás pra frente, como já havíamos visto em Amnésia (Christopher Nolan), cada cena se desenrola e culmina na ação que inicia a cena anterior.
Vemos Marcus, acompanhado pelo amigo Pierre (Albert Dupontel), procurando desesperadamente por um homem chamado La Tênia (Jo Prestia). A boate gay Rectun é uma visita ao inferno, e logo de cara vemos a cena mais violenta do filme quando Tênia é encontrado. As cenas seguintes seguem mostrando a investigação da dupla de amigos, e o motivo da vingança; a famosa e repulsiva cena do estupro, onde Alex (Monica Bellucci) é abordada pelo tal La Tênia no túnel do metrô. A cena dura cerca de 10 minutos, e é construída com todos os requintes de crueldade para chocar o espectador, mesmo que exagerada e desnecessária, a cena causa, sim, impacto em quem a vê. Quem resistir a essa primeira metade, vai conhecer a parte mais amena e talvez mais doce do filme: o passado em comum do casal Marcus e Alex, e do amigo Pierre, ex-namorado de Alex, sem interferir na amizade do trio.
A fotografia em tons vermelhos, uma câmera trêmula que se justifica em cenas mais frenéticas, junto com uma pesada e ruidosa trilha que só contribui para essa sensação.
As diversas reações negativas ao filme impedem qualquer reflexão que ele possa proporcionar. A forma que o diretor escolheu, em narrar o filme de forma inversa, mostra que se os personagens “pudessem voltar atrás”, e as escolhas fossem outras, suas ações não culminariam em consequências desastrosas. Porém, não podemos mudar o passado, e nem prever o futuro por mais que possamos medir nossas atitudes, pois, como o próprio título diz, é Irreversível, afinal, “O tempo destrói tudo” (Boca do Inferno, 2015).
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Conto: O Misterioso Caso da Srª Izabelli

Por: KATERINE DUMONT

Quando o consultor criminal Saul que substituiu o Dr. Honorato depois de sua morte chegou à cena de um possível crime, se deparou com a cena mais inusitada de toda a sua vida: uma mulher completamente carbonizada, reduzida a cinzas, deitada sobre um colchão de palha sem nenhum dano causado pelo fogo.

Saul ficou pasmo com aquela cena e se perguntou: como era possível que aquela jovem mulher pegasse fogo sem que o colchão de palha onde ela dormisse fosse danificado pelo fogo?

Eis aí um mistério que intrigou o detetive consultor Saul. Como era possível que aquilo fosse possível – perguntou Saul a si mesmo – e não conseguiu encontrar nenhuma resposta. Este era com certeza o caso mais misterioso de toda a carreira de consultor criminal de Saul, e ele não fazia ideia do que levou aquela mulher ser completamente carbonizada sem que o colchão de palha onde ela dormia sequer fosse danificado pelo fogo.

Saul então pensou na hipótese mais simples, ou seja, aquela mulher foi morta por um assassino que colocou fogo em seu corpo e, depois de carbonizado, o pegou e o trouxe de volta para sua casa e o colocou em sua cama. Esta era a única explicação natural possível para aquela cena bizarra.

Saul então, junto com a equipe de policiais envolvidos no caso, começou a procurar nos arredores da casa lugares onde o corpo pudesse ter sido queimado, mas nenhum vestígio de cinza foi encontrado em toda a região; levando Saul à estaca zero novamente. Como aquilo havia acontecido?

Só havia uma única possibilidade plausível para aquela cena bizarra, mas ela havia sido descartada pela ausência de sinais de cinzas na região, e, além do mais, carregar um corpo carbonizado não lá algo muito simples de se fazer, era preciso ser um médico legista para fazer aquilo de forma tão bem executada; é preciso ter técnica e sutileza para não transformar o corpo carbonizado em cinzas. Portanto, a única hipótese plausível para aquele acontecimento misterioso não era consistente com as provas ou ausência delas na região.

Saul então pediu ao detetive chefe para convocar à delegacia todos os médicos legistas da região para uma entrevista, a fim de diminuir o número de suspeitos descartando-os com a confirmação de seus álibis. No entanto, como o corpo fora completamente carbonizado, ficou impossível determinar a hora da morte, mas o legista que analisou o corpo carbonizado deduziu que ela havia morrido naquele mesmo dia, pois o corpo, apesar de totalmente carbonizado, ainda apresentava certa estrutura óssea.

Saul então não tinha uma hora aproximada do crime, e teria que eliminar os álibis não com base na hora do crime, mas sim no dia, o que iria dificultar ainda mais a investigação.

Depois de a equipe entrevistar e conferir o álibi de oito médicos legistas atuantes na região, todos os álibis foram, um a um, confirmados com total segurança, pois havia provas e testemunhas de que nenhum dos oito médicos estava na cidade naquele dia.

Então Saul começou a pensar em quem mais teria habilidade e conhecimento o bastante para deslocar um corpo carbonizado com tamanha destreza. Se não era um médico legista atuante na região, então quem era?

Saul então pediu ao detetive encarregado da investigação para pedir a sua equipe para procurar no banco de dados da polícia algum médico legista que tivesse sido há pouco demitido ou que estivesse aposentado. Foram encontrados dois médicos legistas, um que havia acabado de ser demitido e o outro que havia acabado de se aposentar. Depois de entrevistar e interrogar cada um deles e conferir seus álibis, mais uma vez não havia nada que desabonasse a atitude de qualquer um dos dois. E Saul novamente voltou à estaca zero. Ele tinha nas mãos um crime misterioso para solucionar, mas não tinha nenhum suspeito, pois todos haviam sido descartados.

Então quem havia feito àquela coisa horrível com a senhorita Izabelli se não existia nenhum suspeito do crime?

Foi então que Saul pensou: quando o número de suspeitos de um crime é igual à zero, como neste caso, então se deve investigar a própria vitima, e Saul então deu início a uma grande investigação da vida da senhorita Izabelli, e acabou descobrindo que ela era uma alcoólatra veterana e que, antes de sua morte, seu corpo já estava inchado de tanto álcool ingerido por ela.

Neste instante Saul teve um insight e disse ao detetive que havia resolvido o caso. E completou dizendo de forma magnetizante e eloquente que não havia ocorrido nenhum crime ali. Aquela mulher não havia sido assassinada por ninguém, a não ser por ela mesma, pois a sua ingestão de álcool excessiva levou seu corpo, que é um sistema elétrico-químico a produzir uma combustão humana espontânea.

Seu corpo foi destruído parcialmente pelo fogo, e quando suas roupas ficaram encharcadas com a sua própria gordura, funcionou como um pavio de vela. Devido ao excesso de álcool em seu corpo, o funcionamento elétrico-químico de seu corpo fez a sua gordura entrar em combustão. O seu corpo vestido funcionou como uma vela do avesso, e a gordura do seu corpo foi o combustível do fogo do lado de dentro e a suas vestes do lado de fora funcionaram como um pavio. Portanto, o suprimento contínuo de gordura do corpo (que contém grande quantidade de energia) da pobre Srª Izabelli que unido ao álcool excessivo em seu corpo e suas vestes fê-la se transformar em cinzas.

Enquanto a jovem dormia sob o torpor do álcool em seu corpo, as atividades elétrico-químicas de seu cérebro e de todo o seu corpo levou a uma rápida oxidação de suas células biológicas provocando assim a sua combustão espontânea, queimando-a de dentro para fora, por isso o colchão de palha não foi atingido pelo fogo. Caso encerrado – disse Saul olhando para o detetive – que ficara completamente boquiaberto.

Allein (2004)


Outros títulos: Solitária (Português)
Diretor: Thomas Durchschlag
Duração: 88 minutos
País de origem: Alemanha
Áudio: Alemão |  Legenda: Português

Quando o diretor Thomas Durchschlang falou sobre o filme no Festival Mac-Ophuls na Alemanha, ele afirmou que após ser confrontado sobre o assunto transtorno de personalidade limítrofe (Borderline) ele tentou descobrir o que levaria uma pessoa a se machucar constantemente, o filme então representou a resposta para essa questão.
Por mais paradoxal que isso soe, a resposta não é dada no decorrer do filme. Ao invés disso, vemos uma abordagem inteligente e sutil para o problema, sugeriu possíveis respostas mas eventualmente nos deixou formar nossa própria opinião.
O personagem principal é uma estudante chamada Maria, que sofre do referido distúrbio de personalidade. Citando o autor novamente, o fato fascinante sobre os pacientes limítrofes é que eles experimentam os mesmos sentimentos de dúvida e ódio que todo mundo conhece uma vez ou outra - a diferença é que, para eles, isso simplesmente não desaparece. Ainda assim, até certo ponto, é muito fácil se relacionar com as ações de Maria, pois ela procura um significado em sua vida e é incapaz de encontrar um. O principal recurso para Maria escapar de seus sentimentos é substituí-los pela dor, que ela inflige a si mesma de tantas maneiras diferentes que não é fácil nem mesmo identificar todos eles. A dor física é a mais óbvia, tipo quando ela se corta com uma lâmina de barbear, mas o abuso emocional ocorre com muito mais frequência: ela tem várias relações em uma noite com estranhos completos, ilustrando como seu sentimento de autoestima é quase inexistente. Há noites de bebida e discoteca, sem significado nem prazer nelas. É assim que ela age quando alguém tenta confortá-la, afastando essas tentativas sem reconhecer que este é um sinal de alguém cuidando dela. Mas também há momentos felizes. A história começa a se desenrolar quando ela conhece Jan, um aluno um pouco desajeitado (mas muito gentil e atencioso) que está estudando veterinária. No começo, ela não quer se envolver com ele, mas acaba cedendo e, pela primeira vez em sua vida, experimenta calor e um relacionamento saudável. Eles se divertem muito durante um fim de semana na praia, e Maria tenta controlar sua vida abandonando seus velhos hábitos. Infelizmente, mas inevitavelmente, ela descobre que isso não é tão fácil. As coisas começam a piorar, por exemplo, quando ela para de ver seu terapeuta, pois, como ela afirma, "Jan está cuidando de mim". Fica pior quando Jan sai por uma semana para visitar um acampamento de cientistas na Holanda para estudar o comportamento dos chimpanzés - mesmo com a ajuda de sua amiga Sarah, Maria não é capaz de evitar ser sugada novamente pelos velhos padrões autodestrutivos. 
Apesar do roteiro ser bom, não acho que o filme teria funcionado sem sua atuação excelente, especialmente da atriz principal Lavinia Wilson, que administra um retrato absolutamente convincente de Maria e seus vários problemas.  Talvez a desvantagem seria as cenas muito gráficas, dependendo do público, e pode ser bem deprimente (mas por isso está aqui, e também porque é um filme raro e perdido de encontrar). Nota do filme tá em 6,8 / 10
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Wetlands (2013)


Outros títulos: Feuchtgebiete | Zonas Úmidas
Diretor: David Wnendt
Duração: 109 minutos
País de origem: Alemanha
Áudio: Alemão | Legenda: Português

Sinopse: Baseado no livro homônimo de Charlotte Roche, que conta a história de Helen Memel, uma jovem de 18 anos que é internada pós umas mal sucedida depilação íntima. A situação curiosa expõe a vida dela, que não aceita a separação dos pais, e acaba se envolvendo com um enfermeiro do hospital.

Na melhor das hipóteses, é um desafio para a paciência da platéia pelo choque disfarçado de um conto sobre uma jovem mulher que concorda com seu eu mais imundo (seria as feminazi do século xx?). Na pior das hipóteses, é uma exploração grosseira e agressiva da evolução emocional de uma jovem danificada. Empacotado como o "filme WTF, NSFW" do ano - a marca registrada de todos os grandes filmes - Wetlands recebeu o tapete vermelho e os elogios dourados dos críticos de cinema equivocados. Aclamado como um trabalho bruto e descomplicado, do tipo que só pode ser visto como honesto e revigorante, esse filme é barato e ignorante, e muitas vezes desonesto consigo mesmo e com o público.
O filme estréia em Helen, que é vagamente jovem - entre 16 e 23 anos, com base em suas próprias predileções - urbanita alemã desencantada que percorre a cidade em um longboard enquanto ela nos narra os desafios da vida, começando com as hemorróidas. Ela entra no banheiro um pouco mais sujo do que o banheiro da Trainspotting, onde alivia graficamente a coceira com a ponta de um creme. A câmera aproxima um púbico ocioso do assento do vaso sanitário, rolando créditos enquanto a platéia monta em uma vibrante montanha-russa CGI através de uma mancha cheia de bactérias. Essa é a sequência menos grotesca de um filme cheio de cenas vis, unidas por uma narrativa fraca.  É uma irrelevância grosseira repetidamente combinada em cenas como a dela e sua melhor amiga Carla manchando sangue menstrual no rosto em uma celebração da irmandade.
"Quando se propõe a chocar ele falha nesse intento. Quando se propõe a contar uma história sobre amadurecimento ele também falha, assim como o drama, que não é eficaz. Serve mais como curiosidade e se tiver um estômago mais resistente para acompanhar essa jornada em meio a merda, pus e outros líquidos viscosos para contar sua história" (Ibertson, filmow)
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Whores' Glory (2011)

Outros títulos: A Glória das Prostitutas
Diretor:  Michael Glawogger
Duração: 110 minutos
País de origem: Alemanha e Áustria
Áudio: Inglês, espanhol | Legenda: Português

Whore's Glory é uma peça associada ao filme Workingman's Death de Glawogger, um retrato que em cinco capítulos e um epílogo demonstra que o trabalho é a essência da condição humana.
As principais inspirações para a Whores 'Glory foram trípticos de Bosch e Brueghel: a Tailândia é o paraíso, a Terra de Bangladesh e o inferno do México.
A prostituição na Tailândia mostra cores cremosas, sussurros melodiosos e maneiras graciosas que fazem parte da rotina diária do chamado Fish Tank (bordel-aquário), onde as mulheres são separadas dos joelhos por uma parede de vidro, vistas, mas não ouvidas, conversando e tirando sarro de seus possíveis clientes enquanto eles escolhem. 
Em Bangladesh, as mulheres vêem o seu trabalho como um serviço social: se não prestar os seus serviços, os homens de qualquer jeito violariam as mulheres nas ruas. Elas sacrificam a sua dignidade todos os dias por dinheiro. É muito mais caótico. A "Cidade da Diversão" é um matriarcado no qual prostitutas mais velhas se tornam madame, às vezes vendendo seus próprios filhos ou outras meninas que elea compraram ou "adquiriram".  Ao contrário de suas irmãs tailandesas, as mulheres de Bangladesh parecem não saber como escapar, é um labirinto que os habitantes correm em círculos.
Sinceramente não sei porque Bangladesh não é o inferno! é o pior e mais triste dos três, mas ok né. Talvez eu que não tenha entendido.
Em Reynosa, no México, em um bairro conhecido como La Zona,  os habitantes ficam vazios em uma noite eterna de neon brutal e uma escuridão recheada de pavor,  enquanto os carros circulam incessantemente os barracos de um cômodo onde as prostitutas passam o tempo jogando truque. Parece que a única saída deste lugar é a morte. La Zona é tudo sobre entropia em uma sociedade que está prestes a se desintegrar. O fim dos dias parece próximo, a devastação está por toda parte, a loucura corre desenfreada. No México, vemos a profissão ser literalmente glorificada, enquanto Glawogger filma uma prostituta a trabalhar. Imagens maravilhosas e excepcionalmente editadas, constituem uma tela voyeurista da profissão mais antiga.
Poder-se-à falar de "documentário atmosférico"? Pois é essa a maior conclusão que se depreende de WHORES' GLORY  no mais cru e sincero retrato de como homens e mulheres se portam diante de uma relação de dependência mútua, onde o alívio vai do físico ao espiritual.
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Born into Brothels: Calcutta's Red Light Kids (2004)


Outros títulos: Nascidos em Bordéis
Diretor: Ross Kauffman / Zana Briski
Duração: 86 minutos
País de origem: EUA
Áudio: | Legenda: Português

De acordo com o  wikipedia os cineastas afirmam que a vida das crianças que aparecem em Born into Brothels foram transformadas pelo dinheiro ganho com a venda de fotos e um livro sobre eles. Ross Kauffman, co-diretor do documentário, diz que o valor recebido foi de 100 mil dólares dos Estados Unidos (cerca de 4.5 milhões de rupias), que vai pagar a taxa de matrícula de uma escola na Índia para os filhos das prostitutas.

Se em “Quem quer ser milionário?”, Danny Boyle utiliza uma fabula para mostrar a realidade e a cultura da Índia, “Nascidos em Bordeis (Born Into Brothels: Calcutta ‘S Red Ligth Kids)” documentário ganhador do Oscar de 2005, dirigido por Zana Briski e Ross Kauffman nós apresenta a realidade do mesmo pais da forma mais nua e crua possível .

O filme registra a fotografa (a própria Zana Briski) que acompanhou de perto a história de oito crianças filhos e filhas de prostitutas do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá, na índia. Dividido em dois momentos. No primeiro, o longa foca na pobreza e na violência que as crianças sofrem em casa ao encarar a triste realidade das mulheres de suas famílias, que são obrigadas a se prostituir para dar uma vida melhor para seus filhos. Em um segundo momento, as crianças munidas com uma câmera fotográfica se enchem de esperanças ao retratar tudo que chamar atenção, onde vão descobrindo uma nova perspectiva de vida e uma nova forma de expressão.

Os diretores mostram o empenho da fotografa em tentar dar uma vida melhor aos pequenos pupilos (em uma das cenas mais emocionantes, Zana tem que provar que seus alunos não são soropositivos) através da educação e da arte. O problema do filme é que fica explicito que a única (e boa) intenção, era usar da fotografia para conquistar a empatia das crianças para um o objetivo maior, tira-las da seus lares e darem a eles a oportunidade de uma educação, é exatamente ai que as dificuldades aparecem. As crianças na faixa de 6 a 14 anos tem uma mentalidade muito diferente  do que as crianças que viveram em um ambiente menos hostil. Isso é porque suas vidas nos ensinaram assim. (cinemaeafins, 2018)

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Anjos do Sol (2006)


Diretor: Rudi Lagemann

Duração: 92 Minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português  | Legenda:

O filme retrata a exploração sexual e o tráfico infantil, no qual os responsáveis se aproveitam da necessidade econômica e da ignorância das menos favorecidas para ludibriá-las com promessas de bem-aventuranças. A seca, a pobreza, a falta de recursos, o descaso dos governos com relação às necessidades educacionais, sociais, econômicas, as faz ainda mais vulneváveis a serem enganadas (assim como seus pais) por falsas promessas de sucesso, de melhoria no lar, na família pelos criminosos. Isso foi o que aconteceu com o grupo familiar do filme.

Esta é a história que relata o filme, dirigido por Rudi Lagemann, uma menina, Maria (Fernanda Carvalho), de 12 anos, de uma família pobre do interior da Bahia, que foi vendida por seu pai (Rui Manthur) a um aproveitador denominado Tadeu (Francisco Diaz). Este, por sua vez, revende-a a uma cafetina, Nazaré (Vera Holtz), que a leiloa. Neste leilão, em um arremate burlado, um fazendeiro chamado Lourenço (Otávio Augusto) arremata a menina para presentear a seu filho, de quinze anos, com o objetivo deste perder a sua virgindade com ela. Porém, ao chegar à cabana preparada para este fim, a menina resiste ao ato com o adolescente. O fazendeiro se revolta com esta atitude e decide enviar a menina para um bordel, num povoado de garimpeiros, no Amazonas, mas não antes de agredi-la e de abusá-la sexualmente na frente de seu filho.Chegando ao bordel, a menina é recebida por Seu Saraiva (Antônio Callado), o dono do local. Logo, este procura preparar Maria e Inês (Bianca Comparato), outra menina na mesma situação de Maria, para saciar seus clientes à noite, mas não antes de se saciar primeiro com Maria. Depois de vários abusos, durante várias noites, as duas meninas resolvem fugir, porém a fuga é frustrada e Inês é morta cruelmente por Saraiva. Depois de mais alguns dias de abusos, Maria se encoraja novamente e decide fugir outra vez, desta vez com êxito para o RJ, a empreitada ou pelo menos em parte, pois [...] bem, não vou falar o final mas não é novidade. (jus

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Negra Celebração a Aurora dos Lobos (Split 2014)


Origem: Brasil 
Gênero: Black metal 
Tema Lírico: Blasfêmia, guerra | Luciferianismo | Ocultismo, Anti-cristianismo, Heresia
Encyclopaedia Metallum


bem o cd teve sua edição limitada em mil cópias, já peguei em mãos e repassei a quem iria usufruir melhor, teve avaliação de excelente, muito bom e UM usuário do discogs avaliou em cinco estrelas , isso é tudo o que tem sobre a undergroundissima edição limitada desse cd, fazendo esse post a pedido e não tem mais nada o que falar, apenas que wolf’s legacy continua firme forte lançando trabalho recentemente lançou uma Full-length 2017, black celebration lançou ainda em 2014 uma demo e uma split, e aurora nao continuou os trabalhos.


Tracklist:
1. Aurora Ígnea - Sobrepujando a Fúria contra as Falácias deste Solo  
2. Aurora Ígnea - Incandescência do Espírito Uivante  
3. Aurora Ígnea - Hegemonium  
4. Aurora Ígnea - Aeternus Odium  
5. Aurora Ígnea - Preceitos de Sangue e Honra

6. Black Celebration - O Despertar
7. Black Celebration - O Martelo do Presságio da Morte
8. Black Celebration - Além dos Portões do Inferno
9. Black Celebration - O Lobo e a Chuva
10. Black Celebration - O Batismo
11. Black Celebration - Auréola Sangrenta

12. Wolf's Legacy - A Opulência Lupina
13. Wolf's Legacy - Sphinx Centuriae
14. Wolf's Legacy - Pestilência Apocalíptica
15. Wolf's Legacy - Grande Arcano Pagão
16. Wolf's Legacy - Sob o Encanto de Nuit

Negra Celebração a Aurora dos Lobos (Split 2014)
( Black Celebration / Aurora Ígnea / Wolf's Legacy )

The Incredible Melting Man (1977)

Outros títulos: O Incrível Homem que Derreteu
Diretor: William Sachs
Duração:  83 minutos
País de origem: EUA
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: O coronel Steven West (Alex Rebar) volta de um voo até Saturno. Hospitalizado, ele descobre que na sua visita ao planeta pegou uma doença desconhecida! Uma infecção que faz sua carne derreter! West foge do hospital e se esconde num bosque próximo para comer. Uma série de crimes horríveis, com cadáveres mutilados, mostra que West se transformou numa coisa perigosa, que precisa comer carne humana para evitar o próprio derretimento. Uma empolgante caçada humana é desencadeada, em busca do astronauta que virou fera.

 “O Incrível Homem que Derreteu” é uma espécie de remake gore do clássico “First Man Into Space” (1959, de Robert Day), com inspiração no também clássico “The Quatermass Xperiment” (1955, de Val Guest), sem se levar à sério em nenhum momento (perceba como os atores interpretam as personagens com um ar de incredulidade). Atente, também, às participações especiais de Jonathan Demme (no papel de uma vítima) e da atriz Rainbeaux Smith (especialista em aparecer em exploitation movies) no papel de uma modelo fotográfica atazanada por um fotografo tarado. (canibuk, 2011).

"Um filme com um dos finais mais tristes que já vi.
Ele finalmente morre e tem o que restou de seu corpo irreconhecível recolhido como se fosse lixo e jogado na lixeira por quem não tinha a mínima idéia de que aquilo no chão foi um ser humano."(Rebeca, filmow)
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Bad Taste (1987)


Outros títulos: Trash - Náusea Total
Diretor: Peter Jackson
Duração: 91 minutos
País de origem: Nova Zelândia (Aotearoa)
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Um extravagante grupo governamental investiga a presença de alienígenas no planeta Terra. Até aí tudo bem, não fossem os visitantes esquisitos (quando não estão disfarçados de humanos) e perigosos, usando os cérebros e carne humanos como guloseimas – não é pra menos que a intenção dos seres de outro mundo é conseguir matéria prima para uma rede de fast-food intergaláctico.

Um detalhe legal é que estes primeiros filmes do diretor acabam se relacionando, usando referências uns dos outros. Por exemplo: em Meet The Feeble, durante um dos espetáculos, aparece um dos alienígenas de Bad Taste na platéia. Já em Fome Animal, a música Sodomy é tocada na igreja.  (trashinema, 2014).

Quem diria que um dos grandes nomes do cinema mundial, com duas trilogias de sucesso and blockbusters como O Senhor dos Anéis e O Hobbit, fez filmes toscos e bagaceiros mas bem hilariantes e divertidos no começo de carreira.
Bad Taste (Nova Zelândia, 1987), conhecido no Brasil como Náusea Total, foi o primeiro longa-metragem do diretor Peter Jackson, e teve inicio em 1983, sendo inicialmente um curta de apenas 15 minutos, que prolongou de tamanho, e se transformou após 4 anos de trabalho, em um longa de 92 minutos.
Bad Taste é um filme de terror-trash que conta a história de uma população, de uma pequena e pacata cidade chamada Kaihoro, que desaparece misteriosamente do mapa, após a invasão de seres de outro planeta.
Esses ETs se assemelham e muito com os terráqueos, e na verdade são seres feiosos e que estão na forma humana provisoriamente.
Seus objetivos são eliminar os seres humanos da pacata cidade (e por que não da face da Terra?) e dominá-la em seguida, além de abastecer uma rede intergaláctica de fast-food com carne de gente.
Mas como todo filme tem o seu herói, na trama temos aqueles que sonham em investigar o sumiço da população e eliminar os ETs, que são Derek (o próprio diretor Peter Jackson) e seus amigos Ozzy (Terry Potter), Frank (Mike Minett) e Giles (Craig Smith).
A equipe técnica de Bad Taste foi composta por amigos de Peter Jackson, que tiveram que economizar dinheiro para a realização desta obra cinematográfica de baixo orçamento, o que não impediu que esta produção se tornasse um clássico do cinema trash e da tosqueira.
Peter Jackson em cena.
A produção tem cenas de gore e perda de braços, cabeças e cérebros. Para quem gosta dos subgêneros trash/ splatter, vale a pena dar uma conferida.
OBS: Em Bad Taste não vemos uma mulher atuando no filme… [...]
No Brasil, o filme foi lançado em DVD como Bad Taste, pela Trash Collection (Estúdio: VTO Continental). Por Calil Neto (calilnomundopop)

Curiosidades: 
O nome da cidade 'Kaihoro' sob ataque é uma palavra maori que pode ser traduzida como "Cidade dos Alimentos" ou "Fast Food" - Kai significa "Comida", e Horo significa Vila e também "Rápida", dependendo do contexto.

O diretor Peter Jackson filmou o filme nos fins de semana, durante um período de quatro anos, com amigos fazendo os papéis principais. Jackson financiou a maior parte do filme até o final das filmagens, quando a New Zealand Film Commission lhe deu dinheiro para terminar seu projeto depois de ficar impressionado com o que ele já havia produzido. Nunca houve um roteiro para o filme; cada cena foi filmada a partir de idéias que o diretor teve durante a semana. (imdb)
Nota imdb: 6,6/10
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O OPENLOAD FICOU FORA DO AR...