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Reflexões Sem Tabu

No capítulo “Tabu e ambivalência emocional”, Freud nos diz o seguinte sobre o significado do tabu: O significado de “tabu”, como vemos, diverge em dois sentidos contrários. Para nós, significa, por um lado, “sagrado”, “consagrado”, e, por outro, “misterioso”, “perigoso”, “proibido”, “impuro” [...] As restrições do tabu são distintas das proibições religiosas ou morais. Não se baseiam em nenhuma ordem divina, mas pode-se dizer que se impõem por sua própria conta. Diferem das proibições morais por não se enquadrarem em nenhum sistema que declare de maneira bem geral que certas abstinências devem ser observadas e apresente motivos para essa necessidade. As proibições tabu não têm fundamento e são de origem desconhecida. Embora sejam ininteligíveis para nós, para aqueles que por elas são dominados são aceitas como coisa natural (FREUD, 1996, p. 37).

O livro Reflexões sem Tabu, pensamentos livres (da figura) é composto de pensamentos não ortodoxo sobre diversos assuntos que se tratam no cotidiano do ser humano sejam eles relacionados a política, a sociedade e a existência do indivíduo. A seguir consta um trecho sobre o Tema 1: Relacionamento. Entretanto no livro ainda há Tema 2: Realidade; Tema 3: Educação e Tema 4: Política. Caso queira continuar lendo todos os temas, ele está disponível aqui: Amazon.
O texto a seguir é do autor PIVA, Jair A:

RELACIONAMENTO

1. Convivência
A convivência a dois exige muito mais sacrifícios do que ser militante político. Conviver com as limitações do outro é um fator que exige do ser muita compreensão e sabedoria para conviver com as diferenças intelectuais e de valores.

2. Hipocrisia Moral
A sociedade vive mergulhada na hipocrisia moral de tal forma que dizem serem seguidores de valores religiosos, mas no fundo, na sua vida cotidiana querem fazer de tudo para melhorar sua própria vida mesmo que seja passando por cima de outros. Muitos não se preocupam com a existência do outro, veem o outro como seu inferno, como apenas limitador das suas vontades. Quando isso acontece a sociedade entra em decadência e começa a explorar o outro de todas as formas fazendo plenitude de abundância e de fartura econômica enquanto outros permanecem na miséria e jamais conquistam uma vida digna de ser humano.

3. Mente aberta
Ter uma mente aberta para a diversidade cultural, social, de valores, de amores, tem como consequência muitas vezes a exclusão do indivíduo pela sociedade já que o mesmo não é compreendido pelos seus, não pode viver plenamente seus ideais e, dificilmente, encontra seres inteligentes para compartilhar suas ideias. As ideologias religiosas acabam por impedir a humanidade de abrir-se sempre para algo novo e vivenciar a sua vida única em plenitude. As religiões podam o humano dos seus instintos e dos seus desejos fazendo dele um ser castrado da vida e muitas vezes infeliz por não poder viver plenamente a sua vida como humano e como animal de desejos.

4. Juventude irreverente
Nietzsche em seu livro Aurora relata em um de seus aforismos que, o jovem anterior à sua época, desejava basear sua vida no modelo de seus pais e antepassados. Atualmente, não pensa mais [...] e ainda critica o estilo de vida e autoridade de seus pais. [...]Tal fenômeno pode ter começado no século XX tendo em vista que, partindo de mim mesmo, da minha juventude, que passou-se na década de 1980, os jovens já eram muito rebeldes em relação aos valores paternos.  Hoje, percebo através de meus alunos, a "rebeldia" em relação aos valores sociais, culturais, morais, comportamentais em relação aos de seus pais é muito maior. Netzsche conseguiu ver o futuro das novas gerações. Se estão erradas, ou não, isso somente o tempo dirá. É preferível ser "uma metamorfose ambulante", como diz o poeta Raul, "do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", principalmente, quando muitas das opiniões que são formadas são ideologias de um grupo dominante conservador que deseja apenas manter seu poder.

5. Viver consigo mesmo
Muitas pessoas criticam constantemente àqueles que vivem sozinhos, que não casam que separam-se e passam a viver só. Dizem que são pessoas solitárias, tristes por não terem alguém para viver com elas. Este pensamento é um dos mais medíocres possíveis. Pessoas que, de fato,  aprendem a viver sozinhas, capazes de conviver consigo mesma, sem a necessidade de compartilhar a sua vida com outros, na verdade, são as mais capazes de viver a vida a dois, pois quem aprende a viver consigo, aprende a aceitar suas limitações, a conhecer a si mesmo conhecendo seus defeitos e suas virtudes, [...] e trabalhar melhor com o outro e ajudá-lo a superar suas limitações. É claro que isso não acontece, generalizadamente, com todos, uma vez que cada ser tem suas particularidades.

6. O que é o amor?
O amor é uma complexa relação social, biológica, cultural, econômica e sentimental. O sentimento embora seja, ideologicamente, o mais importante, na realidade é o que menos influencia na relação entre os casais. Quando duas pessoas possuem disparidades muito grandes na questão social, dificilmente, pois realidades diferentes, ao extremo, não se complementam. No que tange à questão biológica, especificamente o sexo, quando um casal não possui uma boa relação na cama também não consegue, de fato, estabelecer uma relação sustentável. A sexualidade é um dos fatores de grande relevância para a vida de um casal. Quanto à diferença cultural, pode-se afirmar que culturas diferentes, ao extremo, tambémnão dão certo e quando fala-se de conhecimento, quando um tem melhor formação intelectual que o outro, dificilmente, dá certo, pois a linguagem de alguém possuidor deum conhecimento científico oou mesmo de sabedoria muito superior ao outro dificilmente conseguem estabelecer diálogo, pois um pode ter muito o que dialogar, mas o outro, muitas vezes, não conseguirá alcançar o aprofundamento. No que diz respeito à economia, quando há muita disparidade entre casais raramente um aceitará submeter-se ao outro, economicamente, e isso pode provocar uma separação, principalmente, se o homem ganhar menos que a mulher. [..] Portanto, quando pensar-se viver juntos como pares casados devem refletir antes sobre esses parâmetros, pois a convivência efetiva dos pares depende muito dessas questões.

7. Ideologia do amor

8. Relações
O amor nada mais é que uma palavra para substituir em uma, apenas os termos: relação econômica, relação efetica, relações de poder, relações intelectuais, relações sociais e relações de submissão.

9. Fidelidade

10. Discrepância

11. Bom vinho
O que mais aquele o coração de um homem é uma boa taça de vinho e uma mulher vigorosa na cama. Ambos leva o casal a desfrutar do que há de melhor na vida a dois, na intimidade. Um bom vinho libera a mente dos preconceitos e controbui para o casal deixar livre sua imaginação para viver o que há de melhor na sexualidade.

12. Desejos reprimidos
Todos nós temos desejos, medos e instintos, mas em nome de uma moral social hipócrita suprimimos nossos desejos e anseios, para nos mostrarmos bem diante da sociedade que nos julga o tempo todo pela nossa aparência, mas ao mesmo tempo faz tudo às escondidas para não parecer mal aos olhos dos outros.

13. Relacionar-se

14. O que é moral?
A moral faz parte da sociedade, varia de acordo com os grupos sociais, é manipulada por algumas autoridades e pessoas de poder para prevalecer os valores que melgor lhes convêm, logo, a moral é fruto do desejo de alguém possuidor do poder político e econômico de uma sociedade. Quanto maior o poder de manipulação e econômico, mais esses dominadores ditarão para as sociedades o que é certo e errado. Podemos perceber isso, de forma nítida, observando no mundo aqueles possuidores de poder, tais pessoas podem fazer tudo, criar ideologias, modismos, e os demais não os chamam de imorais, apenas de irreverentes e excêntricos.

15 Limitações do amor

22. Mal do século

23. Existência perdida
O que a humanidade precisa é resgatar o valor existencial da vida, dos amigos, do diálogo, do relacionamento pessoal e não somente virtual, entre outros. Como dizia Renato Russo, "o mal do século é a solidão". De fato, a solidão, em alguns casos, pode virar depressão, já que não se tem um amigo com quem se possa falar sobre as questões da vida, nossas angustias, alegrias e decepções. Acredito que a falta de um bom amigo seja um dos fatores que levam as pessoas a se tornarem depressivas. A tristeza por perda de algo ou alguém não é a causa sine qua non da depressão. [...].

24. Contradições
O relacionamento a dois é composto de várias contradições entre os pares. Muitas vezes quando um quer determinada coisa o outro se mostra contrário. Muitas vezes se espera que o outro haja da forma que desejamos e contrariando as nossas expectativas o outro age de forma irreverente a toda nossa expectativa. Os relacionamentos seriam de fato melhores entre os pares se houvesse uma abertura intelectual de ambos para ver o mundo de forma menos conservadores em todas as questões. Os tabus existentes nos relacionamentos acabam por criar entraves nas relações sociais entre os casais e diminuir a possibilidade de sucesso entre ambos. Vemos hoje muitos casais separarem-se entre o período de 4 anos de casamento e vemos que a maioria dos homens e mulheres por volta dos quarenta anos já passaram por mais de um casamento, isso se deve a aceitação das diferenças existente entre os pares e a cobrança social e cultural conservadora de que o parceiro tem que ser propriedade exclusiva do outro sem lhe dar abertura para viver outras experiências amorosas tendo em vista que a sociedade impõe que se deve haver apenas um parceiro por vez. 

Referências:
FREUD, Sigmund. Totem e Tabu e Outros Trabalhos. Obras completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
PIVA. Jair A. Reflexões sem Tabu. Clube de Autores (managed). 89 p.

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