⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Ayahuasca: Relato de experiência xamânica

Relato escrito pela Jessica Lange, lembrando que este chá não é usado para se divertir, e de qualquer forma como acontece com LSD, para ter onda LSD, Ayahuasca é um tratamento religioso! Não use para outros fins o blog não compactua com a utilização do chá apenas como droga. 
Eu não lembrava mais quem eu era…
Estava vivendo como uma pessoa aleatória. Que fazia as coisas sem saber o porquê. Só sabia que tinha que ser uma pessoa independente um dia. E pra isso precisava ganhar dinheiro com alguma coisa.
Até que no Carnaval de 2015 o meu namorado, daquela época, me chamou para participar de uma cerimônia Xamânica com o chá Ayahuasca, pois iria me fazer enxergar meu potencial e bla bla bla, coisa que ele vivia dizendo que eu tinha. Mas eu achava que estava entendendo o que ele queria dizer…
Fomos para uma cerimônia com o Xamã Leo Artese, em Campina Grande (Econtro da Nova Consciência).
Nem parei pra ler nada sobre o que aconteceria. Simplesmente fui pelo que me contavam.
Chegando ao sítio onde seria realizada, de noite, nos dirigimos para uma clareira no meio do mato preparada já para o acontecimento.
O Xamã, junto a sua ajudante Fany, organizam um altar e designam os guardiões do fogo, responsáveis por manter a fogueira acesa a noite inteira, mesmo usando a medicina, sob seus efeitos: sananga, sambô (que no dia não tinha), rapé e o chá. E aí ficou o meu namorado como guardião e seu irmão como ajudante.
Os novatos foram orientados de como seria alguns minutos antes e enquanto isso as pessoas se organizavam numa roda incluindo o altar. No centro, a fogueira. Único ponto de luz do local.
Leo Artese iniciou com a palavra e pediu que todos formacem uma fila para tomar o chá.
Não senti medo. Pelo contrário. Mesmo com todas as história de terror que me contaram (colegas, claro kkkk pra fazer terror mesmo) sobre os efeitos alucinógenos do chá, entrei numa espécie de transe desde que saímos na cidade de van. Fui até lá atônita. Chegamos e me mantive nesse estado.
O Xamã introduziu uma fala, lembrando a todos que é interessante terem respostas a serem buscadas ali. Que não é uma experiência aleatória (tipo eu na época) e que a experiência deveria se pautar na busca destas respostas que agregam valor a vida de cada um.
A minha estava na ponta da língua: queria entender o meu caminho nesta vida. Se eu estava no caminho certo no que estava fazendo naquela época, do marketing digital. Eu não tinha certeza… não estava me preenchendo como deveria e eu quase percebia.
Fui uma das últimas das trinta pessoas a tomar o chá. Queria que todos entrassem em transe antes de mim, pra que eu pudesse ver lucidamente. Mas não foi possível. Bastou o Xamã tocar o bombo, e eu comecei a vibrar muito.

Os antigos egípcios de linhagem arcturiana realizavam autoregressão sonora, através dos sons eles acessavam vidas passadas. E então tudo se encaixa.
Um choro explodiu da minha garganta e eu comecei a agradecer muito a Deus por algo que não sei
“Meu Deus, obrigada! Senhooor!!! Graças a Deus! Muito obrigada!”
e chorava, me agarrava nas folhas da grama com se precisasse me segurar em algo pra me manter ali. Só que do nada eu voltei e olhei pros lados com vergonha das pessoas me verem daquela forma e disse
Caramba!! O que foi isso? Acho que não sou eu que estou chorando…
E do nada voltava ao estado de choro
Não! Meu Deus, me ajuda! Muito obrigada! Muito obrigaada!
E sentia um pensamento que dizia “este é o caminho! Você está no caminho certo! É isso!” era uma imensa alegria e alívio que eu sentia, mas confusa pois aquela resposta não era sobre minha profissão da época, era sobre o que eu estava fazendo ali, o caminho espiritual! Eu não esperava por isso! Aho! 😀
A partir daí começou minha viagem. Meus sentidos começaram a ficar muito apurados, eu esfregava minhas mãos na grama que estava tão mais verde mesmo na penumbra e parecia viva, como se respirasse. A fogueira estalava quase que em minha bochecha. Até que senti algo em minha testa. Com olhos fechados, via tudo rosa, era como se eu estivesse dentro do meu pulmão e via suas fibras. Tudo rosa. Minha respiração estava muito profunda. Como se meu pulmão estivesse respirando sozinho e muito maior. Incrível. Minha testa vibrava muito e tudo era muito psicodélico! Até que uma pressão parecia rasgar no local do meu terceiro olho, como se ele estivesse abrindo e algo estivesse saindo de dentro dele com muita urgência. E eu senti um prazer tão descontrolado que gemi muito alto! Um orgasmo praticamente, mas pela testa. Vai entender…

A testa rachando ao meio, uma explosão de prazer e luz saia de minha testa. Abri meu terceiro olho!
Claro que levei advertência. Já não era mais eu. Era uma entidade feminina, gemia, sorria, era sensual. Levava várias advertências a noite inteira pelos ruídos que fazia. E me dizia o nome Jurema.
A noite toda ela comigo, quando não era ela, eram outras entidades não muito boas, mas comuns, como obsessores. Eram outras personalidades, me sentia homem, mulher, jovem, criança. Ou será eu em outras vidas, outras dimensões? Talvez eu nunca saiba. E quando o xamã chamava pelos espíritos protetores, a entidade feminina voltava e se colocava em sua postura super ereta e de peito aberto.
Em alguns momentos eu não estava presente (a maioria deles). Estava muito longe. Acessava visões do Egito, muito claramente, mexia a cabeça e era como se estivesse lá. Me via meditando como sacerdote com outros sacerdotes, via paredes ilustradas, via cerâmicas, tudo com personalidades diferentes em cada lembrança. “Cheguei” até a lamentar com saudade “como eram lindas as cerâmicas egípcias” algo assim… Sentia saudades. Até hoje sofro com saudades de algo que não vivi nessa vida. É bem estranho quando medito ouvindo sons hindus ou egípcios e começo a sofrer com intenso pesar vendo o céu egípcio, o calor no rosto, paredes amarronzadas, grandes pilares. Já consigo lidar com isso, mas pretendo entender melhor com ajuda de algum terapeuta em breve. Ou eu mesma, quem sabe! 🙂
Senti a força de entidades masculinas. Um peso de responsabilidade negra que era como se me guiasse ou não. Poderia ser eu mesma acessando mais uma personalidade! É confusa a experiência quando você não tem nenhuma anterior kkkkkk
Enfim, senti vários trabalhos energéticos feitos em mim. Foram longas horas de vivência sentada com a coluna ereta. Eu não me levantava. O Xamã chamava à entidade que estava em mim por uma nomenclatura que não lembro, mas ela dizia que não e sorria.
Via as pessoas usando as outras medicinas e ela dizia “você não precisa de nada disso. Não precisa sofrer pra entender o necessário aqui.” Em alguns momentos vinha a ideia de que aquilo era até meio retrógrado. Desnecessário. E ela dizia que estava ali pra minha proteção. Eu só observava, não tinha poder de discernimento pra nada ainda. Estava tudo bem e eu estava me sentindo plena e segura.
De manhã, após muitos trabalhos, rituais, incorporações e regressões, o bastão falante. Cada um comentando o que achava legal sobre a experiência. E eu ainda sob efeito do chá. Demora bastante pra sair do meu sistema…
Voltei pra Recife outra pessoa. E jamais voltei a ser quem eu era. Não me sinto aquela pessoa aleatória. Eu, de fato, encontrei a garota de 15 anos que tinha o sonho de trabalhar com a espiritualidade e não sabia como…

O pós Ayahuasca
É certo que você passará uns 4 dias meio dentro e meio fora… meio aéreo sentindo-se à flor da pele. Ambientes não muito saudáveis deixarão você enjoado, tonto. Foi assim que me senti.
É recomendado que você evite trocas energéticas arriscadas no período de uma semana. Sem brincadeira! Os campos estão abertos e você vai sentir intensamente.
Meu terceiro olho girava que parecia que eu iria me olhar no espelho e ver um espiral na minha testa. Era muito físico!
Eu, que nunca tinha nem lido sobre meditação, sentia a necessidade de meditar, sentava, fazia a meia lotus e entrava em transe sentindo a pineal sem nem ao menos precisar me concentrar. Eu já estava concentrada. É assim até hoje.
Mergulhei de cabeça nos estudos holísticos, fui em busca de contatos nesta área, levantei meu network e conversei com vários terapeutas que eu sabia que conhecia, mas que nunca tinha dado ouvidos.
A partir dessas experiências foi que meu processo com a ansiedade se intensificou e eu achei que iria explodir, era tudo muito novo e complexo. Foi quando resolvi fazer meu primeiro retiro espiritual para organizar tudo e pôr a cabeça no lugar, entender com calma tudo aquilo. Foi três meses depois.
O resultado da ayahuasca em mim, energética  e espiritualmente falando, foi um salto quântico absurdo. Como se eu do nada me tornasse médium (numa linguagem mais objetiva e próxima do comum) altamente sensível e consciente. Visualizar a energia se tornou algo habitual, como se fosse o mesmo que escovar os dentes, pentear os cabelos…
Faz parte do meu dia a dia.

Concluindo
Sempre que posso indico a experiência da AYAHUASCA pra pessoas que precisam se conhecer melhor, porque, de fato, é transformador e rápido! (pelo menos pra mim)
Tive minha segunda experiência, onde mais uma vez deixei Jéssica pra trás e mudei mais uma vez toda a minha vida trazendo uma Jéssica mais lúcida ainda. Foi uma experiência extremamente madura! O contrário da primeira que, segundo um dos mestres que me contatou no dia, foi “recreativa” e pediu que eu não tivesse “vergonha” dela. Tudo pra que eu tivesse contato com minha verdade intensamente, como um choque de realidade. Nesta eu desenvolvi um imenso respeito pelo Xamã e pelo ritual… Entendi tudo!

Jéssica Lange

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