É a história de um incubo, de um sonho, ou então é a história da mais inquietante imagem derivada do arquétipo da Grande Mãe. Em todas as épocas o homem interroga a Lua;
Lilith, a Lua Negra, é o céu vazio e tenebroso no qual se projetam indagações e possíveis respostas de um diálogo que não tem nada a ver com o racional e, muito menos, com o sistemático-clínico: é o diálogo que o homem entretém com a própria alma, vivida em sua totalidade, ou numa cisão-dolorosa Uma fantasia, um trabalho de imaginação ardente, que o autor lhes apresenta sem, de nenhum modo, propor regras de leitura. Pode-se perceber que uma longa análise junguiana ensina, com surpreendente simplicidade, a transformar uma neurose, inteiramente vivida na dimensão sulfúrea da classificação nosográfica, numa enfermidade "criativa" onde a imaginação recupera seu próprio espaço e instaura sua festa (mitos e imaginario, 2011).
O texto só pretende narrar, restituir imagens, solicitar emoções. Deseja testemunhar uma viagem pelo inconsciente pessoal e coletivo através de várias épocas. Não há nenhuma resposta e nenhuma necessidade de verificação.
Sobre o autor:
Roberto Sicuteri é psicanalista de orientação junguiana.
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