⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Sid & Nancy - O Amor Mata (1986)


Outros títulos: Sid and Nancy: Love Kills
Diretor: Alex Cox (I)
Duração:  112 Minutos
País de origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Uma trágica história de amor e devoção total até a morte. O lendário Sid Vicious, integrante do Sex Pistols, tem sua participação menosprezada pela banda, mas teve uma vida mais agitada e fascinante do que todos os integrantes juntos. Sua vida já tumultuada e autodestrutiva, foi potencializada com a chegada de Nancy. Viciados em heroína e tendo eles juntos como uma droga do outro, Sid & Nancy são os ícones perfeitos da geração punk da década de 1970.  Gary Oldman e Chloe Webb impressionam nos papéis centrais, e nos levam numa alucinante viagem aos becos e porões do movimento punk na Inglaterra.

Alguns filmes glorificam o Rock'n Roll exibindo o lado glamuroso, cheio de aventura e maravilhas. Sid e Nancy não é assim. Ao invés disso, expõe o ventre sujo e decadente do Punk Rock, com muita violência e drogas. Gary Oldman interpreta Sid Vicious, o baixista do grupo britânico de punk rock Sex Pistols. O filme narra sua vida de quando ele conhece sua namorada Nancy Spungen, para o trágico desaparecimento desse relacionamento. É um filme barulhento, feio e grosseiro que captura perfeitamente o que os Sex Pistols representavam... Anarquia. Cheio de todos os tipos de sexo, drogas e Rock and Roll, Sid e Nancy é um passeio seriamente selvagem. Se há algo que faz esse filme, são Gary Oldman e Chloe Webb. Esses dois são incríveis, Oldman mais ainda. Oldman capta as tendências autodestrutivas de Sid de forma excelente e leva a um extremo assustadoramente crível.  Spray em paredes, beber sem limites, Heroína pra lá, pra cá, casas queimadas etc. Ele é a verdadeira essência da anarquia, e ainda assim sentimos simpatia por ele. Isso é apenas por causa de Nancy, a namorada. Ela é uma personagem que você ama odiar. Ela é uma desculpa patética para um ser humano, sempre se lamentando para conseguir seu caminho e suas drogas, nunca contribuindo com nada positivo para a vida de Sid e sempre gritando sobre seus próprios problemas. É repugnante e torna o filme ainda mais distorcido e cativante à medida que observamos essa autodestruição se desdobrar na tela.
Não é fácil contar uma história em que seus dois personagens principais são tão facilmente tocáveis, mas de alguma forma esse filme faz isso. Eu acho que é por causa do equilíbrio entre Nancy e Sid que nos sentimos compelidos a ter pena de Sid e desprezar Nancy, fazendo com que o filme se envolva de uma maneira estranha e um pouco desequilibrada. A história deles é tão retrógrada e tão obscena que temos que nos interessar de alguma forma. Começa simplesmente o suficiente. 
A coisa fica cada vez pior para os dois à medida que o filme avança e a vida de Sid desmorona lentamente ao seu redor, com ele muito bêbado ou muito alto para notar. O filme fica um pouco mais para o meio, já que as conversas entre Nancy e Sid começam a ficar um pouco repetitivas, mas somos atingidos por um final esperado, mas ainda assim que fecha o filme no tom e atmosfera certos. Não há realmente nada sensato ou razoável sobre Sid e Nancy. Envolve o verdadeiro caos e discurso através da vida de um homem e sua namorada sei lá como qualificar... (KnightsofNi11, 2011).
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Nordkraft (2005)

Diretor: Ole Christian Madsen
Duração:  120 minutos
País de origem: Dinamarca
Áudio: Dinamarquês | Legenda: Português

Sinopse: O filme mostra o modo como várias pessoas tentam escapar das drogas e desse ambiente, mas percebem como é difícil virar as costas para um mundo em que você vive há tanto tempo. O filme segue três histórias diferentes (mas todos tem raízes no mundo das drogas da cidade dinamarquesa de Aalborg).
"Visually stunning, but not as original as it tries to be."  Às vezes, filmes do mesmo gênero tendem a ser muito semelhantes em estilo e substância. Há quem diga que o diretor de Nordkraft, Ole Christian Madsen às vezes cruza a fronteira entre ser inspirador e copiado. O filme tem uma notável semelhança com "Requiem For a Dream" (outro filme sobre abuso de drogas) e certas cenas a trilha sonora parece idêntica, (sim aquela famosa musiquinha que quem assistiu sabe qual é). Maria, Allan e Steso, todas as histórias são bem representadas, mas alguns dizem que a história da jovem e seu relacionamento com o namorado, é um pouco superficial. As outras duas histórias (sobre um drogado tentando deixar a namorada de volta e um ex-traficante de drogas tentando começar uma nova vida) dominam o filme. Geralmente um bom filme, e visualmente um dos melhores filmes dinamarqueses em anos, embora Madsen pudesse ter se inclinado um pouco menos nos filmes anteriores do gênero (Vanihm, 2005).
Voltando as histórias,
Maria (interpretada por Signe Egholm Olsen), namorada de um pequeno traficante de drogas local, também alguém que apenas procura por amor no meio de um mundo de viciados, e ela está esperando que algo grande aconteça para eles; embora lentamente reconhecendo que seu sonho se tornou uma ilusão. Maria é também conhecida como “dama do tráfico”, pelo transporte de haxixe que realiza frequentemente entre as cidades de Christiania e Aalborg, na Dinamarca. Particularmente falando, há quem discorde mas foi de Maria de quem gostei mais, o resto tanto fez.
O segundo é Allan (Claus Riis Østergaard), que, depois de superar o vício em cocaína, resolve seguir o padrão de vida aceito pela sociedade.  Depois de seu retorno, seu passado o alcança, mesmo contra sua vontade e ele precisa lidar com algumas decisões sérias. Por fim, Steso (Thure Lindhardt), um dependente químico assumido o suficiente para negar qualquer tratamento. "Um viciado em tempo integral, que seus únicos objetivos na vida, é sua namorada alcoólica e está ficar chapado constantemente". Ele se sente uma pessoa brilhante, aparece lendo livros para escapar e sempre com fone de ouvido.
Mais interessante que Trainspotting – Sem Limites (1996), mas não tão envolvente quanto Réquiem Para Um Sonho (2000). 
O diferencial está naquela atmosfera que só os filmes escandinavos ou russos possuem, ou também os Russos (por exemplo a atmosfera do filme Lilja 4-ever (2002) e que gosto...
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O Enigmático Capricornus - Makara

First Fruits of Earth Offered to Saturn (Christofano Gherardi)
Segundo Helena Blavatsky, na sua monumental obra A Doutrina Secreta, Makara é o mais sagrado e misterioso de entre todos os signos do Zodíaco.
Para levantarmos um pouco o véu e penetrarmos na significação deste fascinante símbolo, iniciaremos, primeiramente, um périplo por alguns trechos da riquíssima mitologia grega.
A mitologia grega presenteia-nos, regra geral, com múltiplas versões, de diferentes épocas, sobre um mesmo tema. Porém, o seu significado essencial é sempre o mesmo; o que varia é o revestimento externo.
Começaremos pela história do nascimento da deusa Atena:

O nascimento de Atena

Métis, a primeira esposa de Zeus, ficou grávida de Atena. Perante este facto, Urano e Geia aconselharam o augusto deus a que engolisse a esposa, pois, de acordo com uma profecia, se Métis concebesse uma filha, e esta um filho, o neto viria a apropriar-se da soberania do avô.
Quando chegou ao fim a gestação de Atena, Zeus começou a sentir insuportáveis dores de cabeça. Pediu, então, auxílio ao deus das forjas, Hefesto, para que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado. Hefesto assim fez, e da cabeça de Zeus surgiu Atena, já adulta e armada com uma lança e uma égide.

A Vocação de Atena 

Em dada altura, os deuses do Olimpo debruçaram-se atentamente sobre certos acontecimentos que se desenrolavam na Terra. Na verdade, eles sabiam que estava eminente o alvorecer de uma grande revolução, que viria iluminar o caminho dos homens…
Cécrope, rei da Ática, intentava congregar as tribos da região por forma a edificar uma cidade-estado, cuja coesão e organização deveria trazer novos rumos de sabedoria e de paz.
Ante esta visão grandiosa, não era de admirar que os deuses se empolgassem e quisessem, cada um deles, o privilégio de ser patrono da cidade. Seguiu-se uma verdadeira querela e, no final, restaram apenas dois à altura do grande desafio: Posídon(-Neptuno), o deus dos mares, e Atena(-Minerva), a deusa da sabedoria e da prudência. Decidiu-se que se tomaria por protector da cidade o deus que produzisse a coisa mais útil.
Posídon, tocando a terra com a ponta do seu tridente, fez surgir um fogoso cavalo e fez jorrar uma fonte de água marinha, querendo com isso significar que o seu povo seria navegador, voluntarioso e guerreiro. Mas Atena interceptou-o e, aproximando-se do animal, afagou-o e domou-o, transformando-o num dócil aliado do homem. Logo após, tocando a terra com a ponta da sua lança, fez aparecer uma oliveira carregada de frutos, pretendendo com isso fadar o povo para que fosse industrioso, para que soubesse frutificar a terra, e para que pudesse iluminar os lares e os templos.
A azeitona, anunciou ela, seria portadora de vida: proviria alimento para os homens e óleo santo para os sacrifícios aos deuses. A sua árvore seria forte e resistente, frutificando mesmo na terra mais agreste e rochosa. Mas o mais importante era que a oliveira representaria a paz, enquanto que o cavalo, por obra dos homens, permaneceria associado à guerra.
Gerou-se silêncio entre aquela solene plêiade de deuses e, embora nenhum desejasse melindrar Posídon, e todos admirassem vivamente a sua magnífica criação, tiveram de reconhecer que Atena fora a vencedora.

E assim, sob o seu protectorado floresceu a grandiosa Cidade de Atenas.

Atena e Hefesto
[...]
Hefesto, o deus que ata e desata 
[...]

O nascimento de Zeus

Reia ficou grávida de Cronos mas, temerosa, pois o marido devorava todos os próprios filhos, refugiou-se no Monte Dicta (ou Ida, noutras versões), em Creta (embora a Ática também reclame esta honra para si) para dar à luz, e logo depois o escondeu nas profundezas de uma inacessível caverna. Aí, o pequeno Zeus foi amamentado por Amalteia, que era ao mesmo tempo uma ninfa e uma cabra. Mais tarde, reconhecido, Zeus instalou-a nos céus como a estrela Capela (Cabrinha) da constelação do Cocheiro (ou Auriga). Com frequência, em múltiplas versões do mito, se atribui a invulnerabilidade da égide de Zeus ao facto de esta ser recoberta da pele da cabra Amalteia.
Numa outra variante deste aspecto do mito, Aegipã (cabra-pã) era filho de Zeus com uma cabra chamada Aex, cuja pele era invulnerável. Quando esta morreu, Zeus retirou-lhe a pele e com ela fez a sua égide.

Capricórnio, a cabra-peixe

Numa batalha que travou contra o monstro Tifon, Zeus perdeu os tendões dos braços e dos pés, que Tifon, então, escondeu. Depois de algumas perseguições e peripécias várias, os seus filhos Aegipã e Hermes tomaram de volta os tendões do pai (o qual recuperou, assim, as suas forças), mas Tifon perseguiu-os até ao Egipto, onde eles se disfarçaram mudando de forma. Aegipã mudou a sua metade inferior para a de um peixe, a fim de lhe facilitar a sua fuga por mar.
Zeus mostrou a sua gratidão colocando Aegipã nos céus como a constelação do Capricórnio. Ele ainda mantém a sua forma: na contraparte superior, de cabra, e na inferior, de barbatana de peixe.

O símbolo Capricórnio-Makara

Em ocultismo, a cabra é um dos símbolos atribuídos ao Akasha, como o é da essência vital (Jîva) aprisionada na matéria. O Akasha é representado pelo Pentagrama. É por isso que o famoso “Bode de Mendes” (2), inscrito num pentagrama (com o vértice virado para cima, e assim figurado por Eliphas Levi), é sinónimo da Luz Astral (o aspecto ou nível mais inferior do Akasha), onde a Magia comum, elemental se pratica.

2) Em algumas raras representações, o “Bode de Mendes” é representado com uma cabeça de ancião e inscrito num pentagrama invertido, como alusão à natureza ilusória e enganadora da Luz Astral e à necessidade de muita prudência e discernimento para lidar com esse depósito ancestral, velho como o mundo, somatório de todos os bons e maus eflúvios produzidos pela humanidade e pela natureza animal em geral.

O Bode de Mendes é identificado ao andrógino Baphomet (3) grego, ao que se julga, cultuado pelos Templários. Segundo Von Hammer, o termo significa “baptismo ou iniciação na Sabedoria”, derivado das palavras gregas Baph [Baptismo] e Metis [Sabedoria”], e da relação de Baphometis com Pã.
De facto, Baphomet era um símbolo hermético-cabalístico, decomposto como se segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se-lhe a cifra Atbash e utilizando-se o método de transferências e codificação usado pelos cabalistas judeus, obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que compõe o termo gnóstico Sophia (Sabedoria, em grego).

3) Helena Blavatsky relaciona Baphomet a Azazel, o bode expiatório do deserto mencionado na Bíblia Judaico-Cristã, e cujo sentido original, segundo ela, foi pervertido pelos tradutores das Escrituras. Azazel seria a conjugação das palavras Azaz e El, significando, assim, “Deus da Vitória”.

À essência vital aprisionada na matéria, alude a lenda do Titã Prometeu agrilhoado para sempre a uma rocha. Durante o dia era supliciado por um abutre que lhe devorava o fígado e, para eternizar o suplício, à noite este era regenerado. Num aspecto do mito, Prometeu figura a mónada humana na sua prisão de carne, encarcerada no “Quaternário inferior”. Ele era corroído, incessantemente, nas entranhas, pelas paixões e concupiscências próprias da natureza inferior.

Mas Prometeu roubou o fogo dos deuses, a Centelha de Manas (Mente Superior), que, só ela, permite a salvação deste cárcere (a rocha a que estava preso). Prometeu simboliza, então, aqui, os Kumâras (a Tríade Superior (4) ou o Ego Espiritual) que vieram, a meio da 3ª Raça (5), trazer uma luz à humanidade-animal e lhe possibilitaram o caminho para a Liberdade e para a Imortalidade.

4) Por isso, também às vezes chamados os Triângulos, entre outros muitos nomes: Pitris Agnishvâttas, Mânasaputras, Dhyâni-Buddhas, Prajâpatis superiores, Aswins, etc.
5) Curiosamente, é dito que Vulcano, o planeta intra-Mercuriano que “vela o sol”, deixou de ser visível nos finais da 3ª Raça. (Blavatsky Collected Writings, XII). A este propósito, falaremos mais à frente, quando tratarmos da simbologia Hefesto-Vulcano.

De acordo com o sustentado por Helena Blavatsky, no Zodíaco bramânico os signos são todos eles presididos por, e dedicados a, um dos grandes deuses. No caso de Makara (Capricornus), a divindade a que o mesmo é dedicado é Pulaha, que, segundo o Rig-Veda, é um dos sete Richis-Prajâpatis nascidos da mente de Brahmâ.

E lemos na sua Doutrina Secreta “… A Quinta Hierarquia, a dos Kumâras, é muito misteriosa, uma vez que está relacionada com o Pentágono Microcósmico, a estrela de cinco pontas representando o homem. Na Índia e Egipto, aqueles Dhyânis [Kumâras] eram associados ao Crocodilo e o seu domicílio era em Capricórnio. Na astrologia indiana, Crocodilo e Capricórnio são termos conversíveis, porquanto este 10º signo do Zodíaco é chamado Makara, livremente traduzido por ‘crocodilo’ [mas, mais propriamente, simbolizando um ser anfíbio]. Ele é o “Dragão da Sabedoria” de Manas, e tornou-se o foco e a missão da 5ª Hierarquia – os misteriosos seres que governam sobre a constelação do Capricórnio, Makara ou ‘Crocodilo’ … para inspirar a forma animal vazia e etérea, e dela fazer o Homem Racional” (6). Podemos ler, ainda, a respeito, no Glossário Teosófico da mesma autora: “Se, conforme as sustentações exotéricas, Capricornus estava relacionado, de algum modo, com a cabra Amalteia que alimentou Júpiter com o seu leite, ou se era o deus Pã, que se transformou em macho cáprio e deixou impressa a sua marca nos arquivos siderais, é irrelevante. Cada uma das fábulas tem o seu significado. Cada coisa na Natureza guarda íntima correlação com as demais, e assim os estudantes da arcaica sabedoria não se surpreenderão quando se diz que ‘os sete passos dados pelo recém-nascido Buda na direcção de cada um dos pontos cardeais, ou seja, os vinte e oito passos’ estão intimamente relacionados com as vinte e oito estrelas da constelação de Capricórnio”.

6) O 10º Portal é o da Gnosis. O 10 é o número que dá nascimento às almas – à alma humana e, bem assim, à alma divina. Os Kumâras têm no domicílio de Makara o seu foco e a sua missão (e é, com certeza, significativa a particularidade da permutação fonética).

Makara ou Panchakaram é o Pentágono. Este é o símbolo do homem-pensante (dotado do 5º Princípio, de Manas) e também, num certo sentido, do Akasha (7). Makara é o mais recôndito, etéreo e interno de todos os signos. É o signo dos Deuses Solares e Salvadores do Mundo: Dionísio, Osíris, Hórus, Zeus, Mithras, Apolo, Baco, Jesus todos nasceram em Capricórnio. É o símbolo da iniciação, do novo-nascimento, e dos novos começos. O filósofo Luciano deixou dito que “o símbolo geométrico do Pentagrama (representando o Amor e a Euritmia vivente) era a contra-senha da Sociedade Pitagórica (…) Na verdade, o ‘número de ouro’, pitagórico, [1,618] resume aritmética e algebricamente as propriedades da dominante geométrica – o pentagrama” (8).

7) Makara, literalmente, significa 5º Raio (Ma = cinco; kara = raio ou potência, do sol ou da lua. Kara também significa “mão”).
8) El Número de Oro, de Matila C. Ghyka.

O Fogo de Manas foi-nos trazido, como já vimos, pelos Kumâras, os Senhores de Vénus. Diz-nos a Doutrina Oculta que Vénus é o protótipo espiritual da Terra. Daqui estar escrita a alegoria de que o carro de Sukra-Uzanas (isto é, o de Vénus-Lúcifer (9)) conduz um grupo de oito “cavalos nascidos da Terra”, enquanto os “corcéis” dos cocheiros dos demais planetas são em diferente número.

9) Lúcifer (ou Phoroneus), o “Portador da Luz”.

Com efeito, os antigos eram conhecedores de uma significativa ocorrência cosmológica entre os dois planetas irmãos. Em períodos (cíclicos) de, sensivelmente, oito anos, dão-se cinco conjunções ditas inferiores, isto é, de Terra-Vénus-Sol, e, também, com a mesma duração, cinco conjunções superiores, de Terra-Sol-Vénus, sendo que, em ambos os casos, Vénus desenha nos Céus um pentagrama (10). Este acontecimento extraordinário não podia ser visionado pelos astrónomos da antiguidade, pois, na verdade, só seria observável de fora da órbita terrestre; contudo, eles o sabiam!

10) Como é do conhecimento comum, a arquitectura do pentagrama regular está absolutamente determinada pelo número de ouro - “1,618” -, o número régio da proporcionalidade e da harmonia. (Lamentavelmente, pela extensão deste artigo, não é aqui oportuno fazer essa demonstração). De acordo com certas teorias astronómicas, apenas devido ao facto de a órbita da Terra ser uma elíptica (e não um círculo) com excentricidade superior à de Vénus, o pentagrama descrito não é absolutamente regular. A excentricidade de Vénus é quase nula, “0,0068”, e a da Terra é de “0,0167”. Não só os Gregos e Hindus, mas também outros povos, como os Maias, eram detentores de sofisticados conhecimentos astronómicos. O Códice de Dresden, por exemplo, um dos legados dos Maias que chegou aos nossos dias, exibe um calendário com o ciclo completo de Vénus, de 5 grupos de 584 dias cada um, totalizando assim 8 anos (terrestres), e seguindo-se ciclicamente o mesmo esquema.

Vénus é positivo em relação à Terra e é o seu Alter-Ego. Corresponde à Tríade Superior, enquanto que a Terra representa o Quaternário inferior.

A cabra, a serpente, o golfinho, o peixe, o crocodilo

Originalmente Capricornus não era uma cabra e, sim, um ser híbrido metade cabra e metade peixe (isto mesmo pudemos observar no mito grego de Aegipã). O símbolo de seres bi-compostos, terrestres numa das metades e, na outra, marinhos, é recorrente e significa, invariavelmente, a qualidade ou potencialidade da expressão em dois mundos ou planos. Na verdade, a palavra grega amphibios (de amphi, “de um e de outro lado”, e bios, “vida”) significa simplesmente “vida em dois planos”. A classe de seres simbolizados por Makara, ou pelo Crocodilo, ou por Capricornus alude aos nossos Pais primordiais, os Kumâras, que (provenientes de Planos internos e, em termos evolutivos, muito superiores a este em que estamos enfocados) dotaram a humanidade do princípio da Mente e, progressivamente, a vieram instruir em todas as artes e ciências. Em muitas latitudes, sobreviveram lendas a respeito de alguns desses seres iniciadores, que (simbolicamente) durante o dia emergiam das águas profundas para instruir os homens, e à noite regressavam ao seu elemento natural: Oannes ou o Annedotus, o homem-peixe das lendas caldeias; Dag ou Dagon, das hebraicas; os Nâgas ou Reis-serpentes, das búdicas; Matsya, o avatar-peixe, primeira encarnação de Vishnu, da cosmogonia hindu. Enfim, até o próprio Jesus, o Instrutor dos homens, do Novo Testamento Cristão, foi chamado, figurativamente, de “Ichthus”, ou “o Peixe” (em grego), sendo o peixe uma das senhas de reconhecimento entre os seus seguidores, no início do Cristianismo. Mas muito significativamente, quanto ao primeiro que aqui se enuncia, na época pré-Babilónica Oannes era o Ea-Oannes (11), “O Antílope das Águas Profundas”, também nominado “Aquele do Vasto Intelecto”, “Senhor do Olho Sagrado”, Deus da Sabedoria”. E Ea-Oannes era frequentemente representado na figura de uma cabra com cauda (barbatana) de peixe, figura também por vezes referida com o designativo de suhurmashu.

11) Na Suméria, a constelação de Capricornus era associada ao deus Enki, mais tarde identificado a Ea, que trouxera cultura das profundidades oceânicas para a humanidade. Bem cedo os povos daquela região mesopotâmica dominavam conhecimentos astronómicos e geodésicos. Reconheciam, por exemplo, três paralelos principais: o equatorial, ou caminho das estrelas de Anu (o Ouranos grego), e dois tropicais, ou caminhos de Enlil (Câncer) e de Ea (Capricórnio).

O símbolo híbrido da cabra-peixe estava ainda representado no imaginário de povos como os chineses, os árabes, os assírios, os persas. Para os chineses era Ko ki; para os árabes era Alcaucurus ou Alcantarus; para os assírios era Kunaxa; para os persas era Vahik.

Igualmente, para os gregos, aigokereus, o símbolo anfíbio capricórnio, era metade cabra, metade peixe, e representava a ambivalência da vida nos dois mundos, telúrico e urânico. Era a cabra mítica nutriz, cujos cornos simbolizavam a prodigalidade (a abundância e a fertilidade) – a Mãe do Mundo – em simbiose com o símbolo do peixe, o qual, por sua vez, alude à fluente movimentação e liberdade nas águas profundas e primordiais – as águas do Âmnio celeste, onde se gera a Vida Universal. Amalteia, Amnius, Ama (12) Amrita (13), Amónia (14), Alma, Anima, Amen, Ammon (15), todos estes termos remetem para a noção de mãe, geratriz, nutriz, princípio, soro divino, grande mar ou águas primordiais…

Varuna (Uaruna foneticamente), ou Uruvana, nas antiquíssimas inscrições de Boghaz Keui, que remontam ao século XVI a. C., é o protótipo do Ouranos grego. É o deus das “Águas do Espaço” ou, em certo sentido, o Akasha (14.) Varuna anda sobre as águas montado num peixe ou animal marinho chamado Makara (16). É o principal Aditya entre os sete grandes deuses planetários.

12) Além do significado usual português de ama, “aquela que amamenta”, ama é também “mãe” em hebraico, sendo ainda um título da Sephira Binah. Em caldeu, “mãe” designava-se amia. Âma-bhu é um termo sânscrito que significa “existência anímica”, ou “que existe como alma” [“O que existe por si mesmo”, isto é, “Brahmâ e outros deuses”] Glossário Teosófico.
13) O Amrita é o alimento que confere a imortalidade, o elixir da vida retirado do Oceano de Leite, na alegoria dos Purânas. É idêntico ao Sudhâ, néctar dos deuses, simbolizado nas águas sagradas e purificadores do Mandâkimâ cujo aspecto inferior é o rio Ganges - águas essas, personificadas na deusa Gangâ, de que Makara, misticamente, é o veículo. O Amrita é ainda uma designação, nos Vedas, para o suco sagrado Soma, utilizado nos Mistérios do Templo, como é, também, idêntico ao Haoma, o fruto místico, proibido, da Pippala, a Árvore do Conhecimento. Deste termo sânscrito haoma deriva o grego haîma, que significa sangue, o veículo da vida.
14) E até ureia (do grego ouron, ouranós). Parecerão abusivas estas correlações mas estes termos guardam, na nossa perspectiva – não tanto na etimologia formal e mais aparente mas por uma estranha atracção oculta baseada na fonética – uma identificação com a substância íntima e geratriz da Natureza – o Akasha, o Aether no sentido superior, a Anima Mundi, o Amrita ou Elixir da Vida, Ambrósia dos deuses, o Azoth dos alquimistas (também chamado Leite da Virgem). Este Azoth é a Essência Vital, o princípio anímico presente em toda a natureza e a partir do qual toda a materialidade com a sua incomensurabilidade de fenómenos se podem manifestar. Embora, na verdade, este Azoth não seja o azoto da Química, não é por acaso que ambos têm essa designação. O azoto (nitrogénio) é o mais insondável e enigmático dos elementos, porque o mais radical, se assim nos podemos expressar. Ele é, na verdadeira acepção, a fonte da vida fisiológica. Para sustentarmos, um tanto (na medida que nos é acessível) esta assertiva, ilustraremos simplesmente com o conhecido fenómeno da hibernação, detido por alguns animais: os ursos, por exemplo, conservam e acumulam ureia no seu organismo, para, no período da hibernação, reconverterem essa ureia em nitrogénio essencial, a partir do qual fabricarão os aminoácidos fundamentais para a manutenção da vida.
15) Ammon idêntico a Pã, o deus da Natureza ou a Natureza personificada.
16) Do mesmo modo que, entre os hindus, Makara é o veículo de Varuna, entre os egípcios, Sebek, o sagrado crocodilo do Nilo, é o veículo de Hórus. No Livro dos Mortos, Sebek assim se pronuncia: “Eu sou o peixe e a sede [morada] do grande Hórus de Kem-ur”.

Também o Ouroboros ou Uroboros (Theli, na Caldeia), aparentemente com a mesma etimologia, representava o Grande Dragão que circunda simbolicamente o Cosmo. “Uroboros, é a Serpente que morde a própria cauda. Representa o andrógino divino no qual, no curso de um Manvantara, primeiramente ocorre o despertar da vida consciente. É a Grande Nâga, a Grande Serpente que ‘atrai a cauda para a sua boca naquela busca incessante do negativo pelo positivo’ e morde ‘com a sua cabeça activa a cauda passiva, de cujas emanações nasceram mundos, seres e coisas” (The Mahatma Letters to A. P. Sinnet). O Uroboros é, ainda e por conseguinte, uma alegoria ao útero da Grande Mãe, o qual contém as fecundas águas amnióticas. Numa frase emblemática da Tábua de Esmeralda, de Hermes Trimegistus, pode ler-se: “O Thelesma [o Ouro Celeste ou Espírito Universal] de todo o mundo está aqui. O seu poder não tem limites sobre a Terra”.
Ainda com alguma relação fonética, parece estar o Uraeus, outra serpente, Cobra Capella (do tipo naja) e um símbolo sagrado no Egipto antigo. Segundo o egiptólogo James Bonwick, “o Uraeus adornava a parte anterior do Atef, a coroa de Hórus, bem como a mitra de Osíris, além de encimar a fronte de outras divindades, masculinas ou femininas. Com o disco solar, o uraeus guarda os portais do Hades. Ele é o companheiro dos abençoados no Paraíso e guarda-os da aproximação do mal”. Segundo uma velha lenda, também os antigos Buddhas têm como guardiã uma Cobra-Capella. Na verdade, a ciência arcana ensina que o Uraeus é um símbolo da iniciação e da sabedoria oculta.

Na astrologia grega, o terceiro decanato do Capricórnio é chamado Delphinus (Golfinho). Na astrologia persa, este decanato é tanto representado pela figura de um peixe, ou animal marinho, como de uma corrente de água. Nos sistemas orientais, incluindo o egípcio, o signo por inteiro é sempre simbolizado por um ser híbrido, metade cabra, metade animal marinho. Por vezes, ainda, essa natureza híbrida inclui uma metade serpente; com efeito, na Grécia, numa medalha pitagórico-órfica de Thurium, não é nem o cavalo, nem os grifos que ornam o capacete de Atena, mas um híbrido fantástico com cauda de serpente.

O crocodilo, como já foi dito, é uma forma de figurar o ser anfíbio, com assento e domínio nos dois mundos. No antigo Egipto detinha um carácter iniciático. No Livro dos Mortos, no capítulo XXXI, que versa sobre o emprego das palavras de poder (as hékau, dadas por Ísis) para chegar até Osíris, na grande passagem nos caminhos para o “Mais Além”, a alma, enfrentando um dos guardiões, o Grande Crocodilo Sui, dirá: “… Eu vivo pela vontade das palavras de poder que levo comigo…”. Lembremos que, segundo o mito, fora precisamente o ínsito poder de Ísis que lhe franqueara os caminhos pelas águas do Grande Mar ao percorrer os sete cantos do mundo em busca dos pedaços do corpo morto de Osíris, para de novo lhe insuflar o sopro de vida. Cruzando-se com inúmeros crocodilos, nenhum ousou impedi-la.

Paralelamente, também em antigos templos hindus, nomeadamente em alguns dedicados a Shiva, o símbolo de Makara, o crocodilo, figurava sobre os Portais (Toranas), abençoando as arquitraves dos acessos ao Adytum (o Santum Sanctorum). Nessas representações Makara corporifica, na sua metade inferior, uma espiral, símbolo da incursão e interiorização aos mundos ocultos. Makara assume, aqui, o papel do Pontífice (ou do Avatara), aquele que torna apreensível e representável o Insondável e Desconhecido aos olhos do aspirante no Caminho. É tanto o Guardião quanto, também, a própria Ponte entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses. E é com esta última conotação que, ainda hoje, essa sua insígnia – a espiral – se perpetua, como herança, encimada no báculo dos bispos da Igreja Romana.

Entretanto, e fazendo, de novo, contraponto com a simbologia dos egípcios, o véu levanta-se um pouco mais quando entrevemos o fio das muitas correlações que permaneciam obscurecidas relativamente a este enigmático signo: Assim, temos que Seb ou Sib é o Saturno egípcio, pai do tempo (17) e de todos os deuses, incluindo Osíris e Ísis. Sua esposa é Nout ou Neith, a “Grande Mãe” (a Matéria Primordial e Espaço Infinito) e, contudo, “Virgem Imaculada”. Nout é a precursora de Ísis, e seu protótipo.

17) Sebti significa sete ou o sétimo [planeta].

Muito curiosamente, a divindade egípcia Sebek ou Sevekh (18) é representada com cabeça de crocodilo. E Sevekh é também o deus do tempo (Cronos). Tal como na alegoria grega-latina, em que Cronos engolia, inteiros, os próprios filhos, assim o faz o crocodilo, ao engolir, inteiras, as suas crias (esta era uma realidade que os egípcios frequentemente presenciavam). Sevekh é uma divindade solar pois exibe como emblemas o disco solar e chifres de carneiro.

18) O crocodilo é o dragão egípcio. Era o grande réptil de Tifon e o seu santuário era em Crocodilopolis, onde era consagrado a Set e Sebek, que se dizia serem os seus criadores. Segundo as palavras do historiador Christian Bunsen, nesse tempo “Tifon era um dos mais venerados e poderosos deuses, que distribuía bênçãos e vida aos governantes do Egipto…”.

Makara (o crocodilo), que contém velado, sob o seu nome, o anagrama Karma, está sob dominação de Yama, um dos 4 Mahârâjahs ou Regentes dos 4 Pontos Cardeais (19). Com efeito, cada qual possuindo uma propriedade oculta, os quatro governam as Forças cósmicas de tais pontos e representam a funcionalidade da Lei do Karma e sua administração sobre a Terra. Yama é o Senhor do Sul e (dos quatro) o seu máximo ponto focal. E Yama é também a personificação da Terceira Raça (a primeira que foi dotada de consciência, Sanjnã/Manas), na qual se operou a grande união entre Espírito e Matéria. É, nesta acepção, Yama-Yamî, bipolar (o símbolo do Manas dual).

19) Também chamados os “Quatro Dragões Ocultos de Sabedoria” ou, ainda, os “Nâgas Celestes”.

Saturno (o Regente do signo astrológico Capricórnio-Makara) é idêntico a Kâla (o tempo, como regulador e destruidor do mundo, e um dos sobrenomes de Yama) e é também idêntico ao Agruero fenício (protótipo do Jeová israelita) (20). Por outro lado, os Agra-sandhâni são os “assessores” de Yama e os “registradores do karma” (idênticos aos Lipika), aqueles que ajustam o fiel da balança entre as forças positivas e as forças negativas cósmicas, celestes e humanas. Daí o símbolo dual de Makara ou de Capricornus, que reúnem numa única figura a integração das duas potências. (21)

20) Saturno era associado a Ildabaoth (segundo Orígenes, Ildabaoth é o Génio do planeta Saturno), e o Codex Nazaraeus (o Evangelho dos nazarenos e ebionitas) identifica Ildabaoth a Jehovah. Equivalia ainda ao Zurvan Daregho-Chvadhata iraniano.
21) Isto mesmo é inferido pelos Gnósticos Peratae, quando chamam Leviathan ao Makara (Philosophumena, Livro V). O Leviathan é, no esoterismo bíblico, a Divindade na sua dupla manifestação de bem e de mal.

Em certo trecho do Vishnu Purâna é dito que “a forma mais poderosa do Universo é a do Shishumara (22), metade animal, metade humano. Na metade inferior ele tem a forma de um crocodilo e simboliza o tempo como ‘o devorador’. No extremo da sua cauda está presa Dhruva, a estrela polar (22). A metade superior é de homem, com quatro mãos [tal como Vishnu]…”. E o significado do termo shishumara era, precisamente, o “devorador de crias”!

A cabra e o leite
[...]
Chaves para a Interpretação dos Mitos Helénicos
[...]

Atena-Minerva

Atenas é o símbolo da eloquência e da sabedoria serena própria de Buddhi-Manas (36). Entre as suas insígnias está a famosa égide, o escudo da invulnerabilidade, forjado por Hefesto, revestido com a pele da Cabra Amalteia, e tendo, na sua superfície, fixada a imagem da cabeça da Górgona Medusa. Ele tornou-se invulnerável porque foi temperado nas forjas da incessante luta humana, na longa peregrinação pelos cenários da vida terrena.

36) Representa o Nous (a Alma racional, o Ego Espiritual), na filosofia grega.

O escudo é um produto e uma arma da Psique, neste caso da Panpsiquis ou Psique Universal – de novo temos a remissão para o Akasha ou a Alma do Mundo, reforçado pelo facto de o mesmo ser recoberto pela pele da Cabra Amalteia. O Akasha é, aqui, como um espelho onde se reflectem, nuas, as iniquidades humanas. Deste modo os guerreiros inimigos, inflamados de ódio – prontos para derramar sangue e infligir dor – são vítimas da sua própria imagem reflectida, simbolizada pela terrífica Górgona.
Atena porta numa das suas mãos a Níke, a representação da Vitória – o que significa a vitória sobre os vícios e as tentações, o culminar da luta bem sucedida na aventura evolutiva humano-terrena. Aparte o episódio com Hefesto, não se retratam quaisquer outros envolvimentos românticos ou sexuais seus com outros deuses ou mortais (37). Amada por todos, é antes um modelo inspirador das virtudes superiores e mais nobres, ao alcance da condição humana. Inspirou e protegeu heróis como Jasão, Orestes, Teseu, Héracles, Aquiles, Perseu e Ulisses.
[...]
Ela inspira, anima, abençoa (dá a mão) àquele que se dispõe a cruzar o acutilante caminho do “gume da navalha” – a ponte “Antahkarana” – para chegar, depois de longo e merecido esforço, à outra margem, à Terra dos imortais.
The Lady and the Unicorn by Luca Longhi.
The Capricorn-Cancer opposites reconciled. The unicorn is the transformed goat of Capricorn the initiate, the woman is Cancer the mother of the form containing spirit.
(Os opostos Câncer-Capricórnio se reconciliaram. O unicórnio é o bode transformado de Capricórnio o iniciado, a mulher é Câncer a mãe da forma que contém espírito.)

Referências:
http://biosofia.net/2007/06/26/o-enigmatico-capricornus-makara/
Isabel Nunes Governo
Vice-Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural
https://esotericastrologer.org/newsletter-sign/capricorn/

Spun (2002)


Outros títulos: Spun - Sem Limites
Diretor: Jonas Åkerlund
Duração: 97 Minutos
País de origem: EUA
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Com um elenco que conta com Mickey Rourke e John Leguizamo, essa produção narra o mergulho de um viciado no mundo das drogas. Uma viagem trágica e pesada, de onde não existe como voltar sem abandonar toda as marcas que ficam. O papel principal é de Jason Schwartzman. A produção mostra desde seu primeiro encontro com um homem que lhe ofereceu speed, sua primeira experiência com as drogas, até seus problemas atuais com o traficante local.

Como a epígrafe de abertura do filme diz, Spun é "baseado em verdade e mentiras"
Uma mensagem antidrogas que foi ampliada dez vezes pessimistas como Trainspotting (1996) e Requiem For A Dream (2000). Enquanto os três personagens principais entram e saem de laboratórios, farmácias e clínicas de animais de estimação (um cachorro verde sofrendo os efeitos do tabagismo passivo!). Temos uma ótima aparição de Eric Roberts como 'The Man' (e seus meninos), Rob Halford como balconista da locadora pornô e uma boa trilha de Billy Corgan  'Smashing Pumpkins' (thespinningimage).
"Spun" combina uma atitude de repulsa com um humor esquisito. Essa é uma das observações rançosas do filme: velocidade e pornografia (com bondage e sexo anal, os modos preferidos) andandando juntos como bacon e ovos. (Ou devo dizer ratos e lixo?) aquele filme que cheira. Enquanto a câmera oscila de uma área de desastre para outra, nenhuma partícula de sujeira, lascas de gesso decadente ou lata de cerveja esmagada é deixada sem exame em meio a pilhas de lixo em que seus personagens se desmembram de suas próprias bagunças (nytimes).

 O charme do filme, que é reconhecidamente um gosto adquirido e indescritível, vem do fato de que "Spun" não romantiza seus personagens, não os amplia ou dramatiza, mas parece abanar a cabeça, incrédula, enquanto essas besteiras persistem em ruinosas e violentas. comportamento insano.
O filme é como a versão de baixa renda, road show daqueles filmes de droga sérios onde todo mundo é machista e mortal. Os personagens de "Narc" esmagariam esses personagens sob seus polegares. O diretor, Jonas Akerlund, vem da Suécia via comerciais e videoclipes, e obviamente estudou cuidadosamente "Requiem for a Dream", já que ele usa o mesmo tipo de desconexões visuais aceleradas para sugerir a vida na metanfetamina. 

Claro há quem diga que foi muito vento pra pouca chuva (estiloso, oco, previsível), como típico de diretores de videoclipes que se arriscam no cinema, apelam para concepções visuais excêntricas, e esquecem que o filme necessita de mais elementos para valer o esforço do espectador, podendo Spun ter credibilidade quanto à pretensão de reproduzir os efeitos do consumo de drogas pesadas, porém, "Trainspotting" sendo superior. De acordo com alguns o site Fimow. Particularmente gostei mais de Nikki (Brittany Murphy) e  Cookie (Mena Suvari).
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Requiem for a Dream (2000)

Outros títulos: Réquiem para um Sonho
Diretor: Darren Aronofsky
Duração: 102 minutos 
País de origem: EUA
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Baseado no livro de Hubert Shelby Jr., que escreveu o roteiro em parceria com o próprio Darren Aronofsky, Réquiem Para um Sonho se concentra em Sara Goldfarb (Ellen Burstyn), senhora solitária que passa a maior parte de seu tempo vendo o programa de Tappy Tibbons (Christopher McDonald) na TV, e no trio formado por seu filho Harry (Jared Leto), a namorada dele, Marion (Jennifer Connelly), e o amigo Tyrone (Marlon Wayans), todos viciados em heroína. Cada um desses personagens possui um sonho em especial, e esperam realizá-lo em breve. Enquanto Sara é convidada para participar do programa que tanto gosta, o que a leva a tomar pílulas para emagrecer na tentativa de entrar em um vestido perfeito para a ocasião, Harry, Marion e Ty tentam juntar dinheiro para investir em um negócio que resolva suas vidas. Mas o vício de cada um acaba os impedindo de seguir com seus planos da forma como gostariam.
Os personagens até podem se sentir mais aliviados com as drogas, mas as consequências que elas trazem são realmente tristes de se acompanhar, sendo que eles se veem obrigados a desistir de coisas que inicialmente desejavam para si mesmos. Dessa forma, não é à toa que ouvimos a excepcional e melancólica trilha de Clint Mansell mesmo nas cenas em que Sara, Harry e os outros aparentam estar muito bem e com um sorriso no rosto (papo de cinema).

A narrativa é contada por meio das estações do ano. O filme inicia no Verão, onde temos o ponto alto das personagens, e com a mudança de estações, esses mesmos personagens caminham para um final trágico. Os cortes rápidos do Diretor e a trilha de Clint Mansell ajudam a ambientar a ruína das personagens.
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T2: Trainspotting (2017)


Outros títulos: Porno (EUA)
Diretor: Danny Boyle
Duração: 117 Minutos
País de origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Sequência de Trainspotting - Sem Limites (1996), a trama apresenta os mesmos personagens e o mesmo elenco, vinte anos depois. A história é inspirada do livro "Porno", de Irvine Welsh.
"Escolha bolsas, escolha sapatos de salto alto, lã caxemira e seda, escolha um iPhone fabricado na China por uma mulher que pulou da janela [...] escolha Facebook, Twitter, Snapchat, Instagram e milhares de outras maneiras de jogar sua vida a estranhos. Escolha atualizar seu perfil. Diga ao mundo que você vai para um almoço na esperança de que alguém se importe. Perfis olhando ex namorados, porque você acha que é melhor do que eles. Escolha postar vídeo ao vivo de sua primeira masturbação, até sua morte. Interação humana reduzida a mera informação. Escolha 10 coisas que voce não sabia sobre celebridades [...] e escolher o mesmo para os seus filhos, o que é pior [...]
 e para frente desta parte o discurso piora.

T2: Trainspotting não perde suas características principais e ainda consegue desenvolver novos desfechos para personagens tão únicos, problemáticos e, sobretudo, instáveis (só não chega aos pés do primeiro).
O Frank ainda mais insano, a amizade do Renton e do Sick Boy e principalmente a volta por cima do Spud me agradou muito. Tem cenas memoráveis como a festa do "1690"em que eles cantam There Were No More Catholics Left e a balada que o Renton encontra o Frank. No mais o filme é um soco para aqueles que o tempo já passou, para aqueles que a juventude já é passado e o futuro cheio de sonhos a ser realizado é contrastado por uma realidade frustrante e sem graça. Esse trecho abaixo é bem edgy mas condensa bem o contexto dos personagens (que contrasta com o que era Choose Life para eles 20 anos atrás) (felipe).
No balanço geral “T2” é um filme que acerta em cheio a geração dos anos 90 com uma gostosa nostalgia, mas num olhar frio está longe de ter a mesma relevância do primeiro filme e se coloca como uma comédia dramática apenas muito boa que reúne amigos queridos, mas com pouco assunto.
Boyle não fugiu da cobrança de repetir uma trilha sonora que marcasse, como a do primeiro filme. Recrutou novos nomes da cena britânica - Young Fathers, Fath White Family -, convocou o Prodigy a regravar "Lust for Life", de Iggy Pop, tocada em "Trainspotting" e chamou Underworld a fazer uma versão mais lenta de "Born Slippy", tema techno do longa original (Folha uol, 2017).
"Escolha rolos antigos, desejando ter feito tudo diferente. E escolha ver a história se repetir"
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Fumaça do Tabaco (Shenipabu Myui - História dos antigos)

xamanismosabedoriancestral.blogspot.com
Por Coelho (2003): 
Tekã Kuru, um jovem como nós, fez um rapé de tabaco muito forte, o mais forte que tinha. Então, ele tomou o rapé. Pegou o canudo de taboca, botou o tabaco na mão e aspirou. Ficou bêbado e passou um ano na rede, ali deitado. Por isso que hoje em dia o tabaco é forte. Passou um ano curtindo. Tekã Kuru tinha uma esposa. Enquanto ele ficou de porre de tabaco, sua mulher sempre andava para lá e para cá. Até que começou a namorar com outro cara. Ela começou a ir muito ao roçado. Às vezes, quando voltava, trazia um nambu. Botava na caçarola de barro e caía depois na rede. Fazia que dormia e ficava rosnando como se tivesse pesadelo. A mãe dela perguntava: 
─ O que é que minha filha tem? 
Pegava no punho da rede e balançava. A filha fingia que acordava e fazia que era encantada. Mandava sua mie abrir a panela. A velha abria e encontrava o nambu. A filha fazia que estava estudando o estudo para se pajé. Toda vez que vinha do roçado, aparecia com um macaco, um jabuti e todas aquelas caças. Parece que um dia, depois de um ano dentro da rede, o marido não suportou mais. Levantou, pegou sua arma, flecha e borduna e caminhou atrás da mulher. Encontrou a mulher conversando com outro cara. Tekã Kuru então empurrou a lança nas costas do homem, furou também a mulher. Bateu depois com a borduna até que matou os dois. Quando chegou em casa, a velha estava esperando a filha. 
─ É, minha sogra, parece que tua filha tá morta. 
A velha correu para o roçado e lá encontrou os dois caídos. Enquanto isso, Tekã Kuru sumiu. Acompanhou ele como sua nova mulher uma prima. Foram andando, andando no mundo, até chegarem em outra aldeia na casa de uma irmã dele. Atou sua rede e contou para a irmã que tinha matado sua mulher. Passou ali uns três meses. 
Depois, seguiu para outra aldeia, onde morava outra irmã. Ela estava viúva. Seu marido tinha sido comido por um encantado. Nesse dia, Tekã resolveu partir uma lenha para ajudar sua irmã, que lhe disse: ─ Não, meu irmão, não parte essa lenha não, porque o bicho vem e come a gente. 
O irmão não se importou. Pegou o machado e começou a abrir a lenha. A lenha afastava-se sozinha, O homem tentou três vezes abrir a lenha, até que apareceu um homem encantado. Ele pegou a borduna, bateu e firmou com a lança, até matar o encantado. Passado ti m mês, foi para outra aldeia e encontrou outra irmã viúva.

─ Irmão, eu não tenho mais marido. Ontem, a onça comeu ele.
O irmão resolveu pegar essa onça. Perguntou a que horas que ela atacava. A irmã Contou tudinho. Chegava de noite, às doze horas. Quando a pessoa estava dormindo na rede, pegava ela de surpresa e comia.
Então, o Irmão mandou cercar tudinho. Cercou a casa da irmã e mandou ficar lá na rede a mulher dele e a irmã viúva. Ele ficou na porta esperando até as doze horas. Quando quis dar no sono, ele escutou a onça esturrar. Pegou a flecha. Quando viu o vulto do bicho, apertou a flecha e flechou a onça. A onça caiu morta.
Passaram-se mais dois meses. Tekã Kuru seguiu para outra aldeia, onde tinha outra irmã.
Esta, toda vez que tinha um filho, o gavião real levava para seu ninho, numa samaúma grande no mato. Pegava o menino na hora que ela ia dar banho no terreiro. O irmão resolveu pegar o gavião real para salvar seus sobrinhos. Mandou buscar barro e fez uma boneca grande, tipo um menino. Cortou cabelo, colocou no boneco e quando viu o gavião real chegando no pau da samaúma mandou a irmã banhar o boneco no terreiro, como fazia com os filhos.
Assim a irmã fez. Quando viu o gavião voando para pegar a criança, soltou a boneca e o bicho se atracou com o menino, mas não pôde carregar. Pregou os dois pés e ficou enfiado no barro liguento. O irmão veio e meteu o pau, matou o gavião real.
Passaram mais dois meses e o irmão resolveu passear em outra aldeia onde estava sua outra irmã.
─ Não, não vá, não! Lá no meio cio caminho tem um pica-pau que, quando começa a
cantar, ninguém conseguiu sobreviver ao seu canto.
O homem foi assim mesmo. Quando o pica-pau chegou voando, cantando, foi morto pela sua borduna.
Chegou assim na casa de sua irmã. Passados uns meses, resolveu seguir viagem para outra aldeia, visitar urna outra irmã.
─ Não, não vá, não! No meio do caminho tem uma casinha que faz escurecer, quando alguém vai chegando lá.
Ele assim mesmo decidiu ir. Seguiu seu caminho e quando chegou no ponto que sua irmã falava, escureceu. Ele ficou lá debaixo da casinha, atou a rede, convidou sua mulher para deitar, acendeu um pedaço de sernambi para alumiar e escondeu a luz debaixo de urna panela. Quando deu base de doze horas, ele ouviu bater de cima para baixo, descendo, um bicho que comia gente. O bicho vinha descendo e, quando chegou pertinho da casa, o homem abriu a panela, clareou a escuridão e meteu a flecha no animal que caiu, “pof”, no chão.
Conseguiu chegar na casa de sua outra irmã que disse espantada:
─ Como é que você vem chegando aqui? Ali ninguém nunca passou. Ali some mesmo!
O irmão descansou lá uns dias e resolveu continuar seu caminho para visitar outra irmã. Chegou em outra aldeia, onde encontrou sua irmã viúva, o marido morto por um macaco.
Mais uma vez o irmão conseguiu salvar a vida de sua família, matando o macaco preto com uma flechada certeira no peito.

Continuou sua viagem para outra aldeia e enfrentou desta vez um caboré encantado que conseguiu abater com a sua borduna.
Desta aldeia, seguiu viagem para outra aldeia para visitar uma outra irmã. No caminho, enfrentou um bicho encantado com metro e meio de braço, de dois braços. Bateu no calcanhar e então o bicho esmoreceu. Ele meteu o pau, derrubou ele. Matou e continuou o caminho até a casa da irmã.
─ Como é que você chegou, meu irmão?
─ Matei o rapaz, matei o animal!
Após uns tempos, seguiu viagem, como de costume, para outra aldeia. Mas, antes, ouviu conselho de sua irmã:
─ Não vai, não! Lá tem uma pessoa que come fígado de gente.
Assim mesmo o homem viajou. Chegando lá, encontrou sua irmã e seu cunhado animados esperando por ele. Atou sua rede e deitou.
O cunhado disse:
─ Tua irmã vai cozinhar umas bananas. Vamos tomar um banho. Tem um igarapezinho que dá muito bodó. Daquele bodó amarelinho. Vamos pegar um bocado para comer com banana.
Os dois cunhados foram então para o igarapé tomar banho. O irmão sempre com cuidado, observando o cunhado que levava um pau. O homem levou sua borduna e, enquanto mergulhava, continuava olhando com cuidado o seu cunhado.
Em plena claridade do sol, o cunhado pegou o pau para bater nele, mas Tekã Kuru desviou e o cara errou. Tekã foi em direção ao cunhado. Agüentou a borduna e derrubou ele, que foi bater no chão. Pinpinou ele de borduna. Ele começou a gritar. Sua mulher chegou, viu a cena e ficou olhando, esperta. Depois, pegou na saia, começou a dançar, dançar e cantar na língua:
─ He, he, he, he...
Depois Tekã mandou sua mulher matar sua própria irmã, por ser a esposa do homem que já estava morto, o que comia fígado.
A mulher foi e matou sua cunhada. E os dois continuaram sua viagem. Tekã matou assim todos os animais e até a sua irmã e o seu cunhado, aquele que comia fígado. Enfrentara, até então, todos os perigos.
Um dia, em uma de suas viagens, um conhecido seu matou um urubu para ele comer.
Pelou o urubu bem peladinho e convidou Tekã para comer. Dizia que era um gostoso mutum. No começo, Tekã recusou, mas o cara insistiu. Até que ele, valentão, aceitou de comer o urubu. Rasgou a carne bem lá de dentro, tirou um pedaço e comeu. Disse que amargava m oito. Sentiu então q mie ia finalmente morrer.
─ Mulher, dessa vez vou cair.
Passado um mês, Tekã Kuru, que comeu fígado de urubu, morreu.

Shenipabu Miyui - História dos antigos reúne, em uma edição bilíngüe (Kaxinawá-Português), doze narrativas dos mitos de fundação da nação indígena Kaxinawá, que habita a região do Alto Purus, na divisa do Acre com o Peru. O livro é fruto da pesquisa de professores Kaxinawá, que percorreram as diversas terras de seu povo com o objetivo de criar uma escrita que preservasse a sua memória. Esse trabalho chega agora às mãos de todos os interessados, trazendo um precioso material de reflexão sobre uma parte até então encoberta, desvalorizada e pouco difundida de nosso diversificado patrimônio histórico-cultural.
Livro Shenipabu Myui - História dos antigos
Referências:
Organização dos Professores Indígenas do Acre
COELHO, Maria do Carmo Pereira. As narrações da cultura indígena da Amazônia: lendas e histórias. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (tese), 2003.

Trainspotting (1996)


Outros títulos: Trainspotting: Sem Limites
Diretor: Danny Boyle
Duração: 94 minutos
País de origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Áudio: Inglês | Legenda: Português
Sinopse: Um retrato da juventude viciada de Edimburgo, capital da Escócia. Focado na vida de Mark Renton (Ewan McGregor), um rapaz que escolhe viver assumidamente como um viciado em heroína e deixa de lado os padrões da sociedade. Ao lado de seus amigos – Sick Boy (Jonny Lee Miller), Tommy (Kevin McKidd), Spud (Ewen Bremner) e Begbie (Robert Carlyle) – ele curte futebol e usar sua droga favorita o tempo todo. Cada um desses personagens peculiares tem uma história diferente, ora divertida, ora dramática, e todas elas se cruzam por conta do vício. Renton vai além dos limites o tempo todo e isso tem um preço. Cabe ao rapaz e a seus amigos tomar as rédeas de suas vidas e sair dessa. Mas será que eles querem realmente viver assim?
"Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha lavadoras de roupa, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha boa saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esporte e malas combinando. Escolha um terno numa variedade de tecidos. Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá e ficar vendo game shows chatos na TV enfiando porcaria na sua boca. Escolha apodrecer no final, beber num lar que envergonha os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha o seu futuro. Escolha viver."
Para quem não sabe (eu não sabia té escrever esse post) há um novo filme chamado T2 Trainspotting (2017): "essa sequência parece não ser um retorno apenas por fins comerciais, como a maioria de reboots, remakes e spin-offs hollywoodianos. T2 visa a todo o momento se perguntar por que está de volta: por nostalgia (um aconchego emocional), por vingança ou reparação? Esses são motes que motivam a viagem de T2."
Boyle busca representar as sensações proporcionadas pelo consumo de substâncias entorpecentes, como a adrenalina, o êxtase, a angústia e as alucinações. O diretor é muito bem-sucedido em sua escolha, fazendo com que o espectador divida com os personagens uma experiência intensa e de grande amplitude emocional. Esta escolha permite também a criação de momentos visualmente marcantes, que adentram o terreno do surreal, como o mergulho de Renton na privada do “pior banheiro de toda a Escócia”, ou quando o personagem literalmente se afunda no vício e no tapete da sala de seu fornecedor, interpretado pelo ótimo Peter Mullan. Muitas destas sequências podem ser consideradas desagradáveis, como a do bebê morto de uma das usuárias de heroína (mais tarde uma semelhança com bebê de vítima no filme Ex Drummer (2007)) ou o incidente intestinal de Spud na casa da namorada, mas Boyle as retrata sem pudor. Com isso o diretor se mantém fiel à sua fonte criativa, a obra de Welsh, inclusive em outros detalhes, como as particularidades da cultura escocesa (as gírias e o forte sotaque local, por exemplo).
Esta sintonia é fundamental, pois mais do que um filme sobre o mundo das drogas, Trainspotting é um filme sobre amizade. Um tipo de amizade errática, que parece surgir apenas nos momentos de necessidade causados pelo vício, mas que de algum modo exerce grande força sobre os personagens. Personagens que são, sem exceções, figuras amorais e autodestrutivas, de difícil identificação com o público. Características que criam uma barreira de empatia, superada pela já citada qualidade do elenco, e também pelo modo sem julgamentos com o qual Boyle expõe estas figuras, mostrando suas ações e consequências sem estabelecer limites de certo e errado.
Por fim temos outro importante e influente elemento, a trilha sonora, que vai de Iggy Pop ao grupo Underworld, cujo single “Born Slippy” se tornou um hit e marca registrada do filme, que também retrata a mudança cultural dos anos 90, quando as festas de rock e as drogas “clássicas” deram lugar à cena da música eletrônica e das drogas sintéticas. Tudo isso faz de Trainspotting um trabalho emblemático de uma época, que apesar de sofrer um pouco com o desgaste de seu estilo muito imitado e da carreira instável que Danny Boyle construiria a seguir, possui um impacto inegável (papo de cinema).
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Caipora e Curupira: Intoxicados pelo retrocesso ambiental?

Caipora é uma índia anã, com cabelos vermelhos e orelhas pontiagudas. Existem versões em que seu corpo é todo vermelho e noutras, verde.
Aguilera (2007) lexicaliza dois verbetes: caapora e caipora. No primeiro, descreve o caapora como S. 2 [do tupi Kaa’pora], “o que há no mato”. Entre os índios o homem morador do mato, roceiro. V. caipira (1) Bras. Caipora (1). No segundo, já para caipora traz:  [do tupi Kaa’pora, morador do mato.] 1. Ente fantástico oriundo da mitologia tupi, representado segundo as regiões, ou como forma de mulher unípede que anda aos saltos, ou com uma criança de cabeça grandíssima, ou como caboclinho encantado, ou como um homem agigantado, montado num porco-do-mato ou com um pé só. 
Ela vive nua nas florestas e tem o poder de dominar e ressuscitar os animais. Seu intuito principal é defender o ecossistema e, portanto, faz armadilhas e confunde os caçadores. Além disso, ela tem o poder de controlar os animais e, por isso, os espanta quando sente que algo de mal pode acontecer.
Em certas versões, ela tem o pés voltados para trás igual ao Curupira. Por isso, em alguns locais do Brasil, ela é confundida com o Curupura.
Alguns estudiosos afirmam que a Caipora surgiu da lenda do Curupira. Ou seja, para eles ela é uma derivação dessa personagem folclórica.
Quanto a isso, podemos notar aspectos similares entre as duas figuras, como por exemplo, serem protetores da floresta. Ambos lutam pela preservação do ambiente e costumam assustar ou mesmo pregar peças nos caçadores, madeireiros, exploradores, etc.
Outra versão:
De acordo com (Foguel 2016) Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. É representada como um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça. Seu corpo é coberto de pelos. Vive montado numa espécie de porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite.
No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular, é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, que tudo se intensifica. Porém todavia, tem como driblá-lo. Caipora gosta de fumo, então diz que antes de sair tem que deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer "toma caipora, deixa eu ir embora". A boa sorte de um caçador é atribuída também aos presentes que ele oferece. Assim por sua vez, os homens encontram um meio de conseguir seduzir esse ente fantástico.

Note que ela pode ser representada por um homem ou uma mulher. Isso vai variar de acordo com a região em que a lenda é relatada.
No livro "Uma Viagem Através Do Folclore Brasileiro" (Foguel, 2016) descreve Curupira com traços semelhantes a Caipora. "anão de cabelos vermelhos e compridos, pés virados para trás [...] também se dizia que a pessoa deveria levar um rolo de fumo para entrar na mata caso encontrasse, Curupira assim como Anhanga ou Pai-do-Mato são protetores da fauna e da flora, também assobia e deixa pegadas, e como seus pés são virados para trás engana os exploradores da natureza.

Agora parou o blablabla...

Qual a diferença entre Caipora e Curupira?

"Os Curupiras têm a pele parda e cabelos vermelhos, que geralmente passam dos ombros. Costumam se adornar com pedras preciosas, linhas de tinta vermelhas e pretas e cipó, além de brincos e colares. Enquanto os Curupiras apenas passam linhas de tinta, fazendo desenhos como os índios, os Caiporas pintam a pele inteira de uma única cor, o verde-mato. Quem o vê pensa que sua pele é verde, mas a pele é parda também. Só que eles sempre vivem com a pele pintada, deixando apenas alguns traços brancos no rosto eventualmente. Para os Caiporas, é ofender a Sy deixar a pele parda, pois como são filhos da Mãe-Terra, devem pintar a pele da cor dela.
Os Curupiras são menos espirituais que os Caiporas, e menos sérios também. Os Caiporas são tão empenhados na adoração da Mãe-Natureza que dão a entender que são cruéis – e muitas vezes os são mesmo. Os Curupiras são mais de diálogo, os Caiporas são mais mortais e perigosos. Seus reinos em florestas são tão bem escondidos que nem mesmo um Curupira poderia encontrar com facilidade.
Os Caiporas tem a pele inteira pintada de verde-mato, mas têm cabelos vermelhos como os dos Curupiras. Geralmente utilizam o arco e flecha como armas de conflito, e são os melhores nisso" (folclorando, 2015).

Curiosidades

A Caipora também é uma personagem do programa televisivo “Castelo Rá-tim-bum”. Esse programa infantil passava nos anos 90 na TV Cultura. Nas telinhas, cada vez que alguém assobiava a Caipora aparecia e contava histórias indígenas (Toda Materia).
“Castelo Rá-tim-bum”
"Suas primeiras pesquisas coletavam principalmente os versos e lendas transmitidos oralmente pelos camponeses analfabetos e que pareciam representar uma herança antiquíssima. Gradativamente, a sua abrangência foi se ampliando, atingindo, para além da poesia oral, as melodias, danças, festas, costumes e crenças das populações rurais" (VILHENA, 2017).
A tradicionalidade, talvez a característica básica dos fatos folclóricos, é entendida hoje como uma continuidade de representações do passado, na qual os fatos novos se inserem sem provocar, contudo, uma descontinuidade com as antigas práticas. No âmbito desse entendimento, o folclore é universal e tradicional em seus temas e motivos – as invariantes –, e é regional, isto é, próprio de uma comunidade, de uma vila, de uma região, na medida que é atualizado na ocorrência de variantes e versões: O Bumba-meu-Boi, o mito do Caipora (Curupira), sobrevivendo de diferentes maneiras por todo Brasil, são exemplos dentre tantos outros. portadores de folclore não são mais exclusivamente analfabetos; muitos deles são responsáveis pela circulação, comercialização, divulgação e até mesmo da gravação da sua obra, como é o caso da cantoria, ou utilizam as novas tecnologias da comunicação para imprimir o seu folheto [...]  o folclore é dinâmico e evolui com as mudanças da sociedade. Não é sobrevivência, mas cultura viva. As nossas manifestações folclóricas são criações do povo brasileiro ou foram recriadas a partir de outras culturas e incorporadas às nossas tradições (ALCOFORADO, 2008).

As lendas do folclore brasileiro, são ou eram facilmente disseminadas por pessoas analfabetas, que de fato acreditam nelas! Entretanto, mais inteligentes que a ganância industrial, de empresas multinacionais, essas que passam por cima da regionalidade, da natureza e do próprio ecossistema.

O Curupira perdeu a força do mito

Artigo de Raimundo Nonato Brabo Alves 
O Curupira é uma entidade mitológica do folclore brasileiro. Tão antiga que o Padre José de Anchieta já o citava em 1560. No tempo de José de Anchieta eram apenas os caçadores e lenhadores. Hoje além deles são madeireiros, barrageiros, mineradores, garimpeiros, agronegociadores e principalmente legisladores que se o Curupira como entidade da floresta não conseguiu inspira-los, já perdeu ha muito seu poder de proteção contra os demais atores de destruição da floresta, tanto da Mata Atlântica quanto da Amazônia.
O Curupira perdeu feio a batalha no Congresso Nacional com o novo texto do Código Florestal aprovado em primeira instancia na Câmara e no Senado. O “novo código” cujas emendas ameaçam as APPs e as matas ciliares e anistiava os desmatadores que em desrespeito a lei não preservou suas reservas florestais, se constitui em retrocesso segundo a comunidade científica e de ecologistas, preocupados com os crescentes desequilíbrios ambientais.
Não tem mais poder o Curupira de impedir o avanço do agronegócio de monocultivos sobre as pequenas propriedades de agricultores familiares, que ao vendê-las a preços aviltantes aos grandes grupos empresarias, se tornam assalariados das mesmas empresas, comprometendo a cadeia produtiva de inúmeros cultivos como a o da mandioca, produto altamente ligado à cultura amazônida, provocando a instabilidade de oferta e de preço como no ano anterior, comprometendo a segurança alimentar da região.
O Curupira há muito não consegue mais confundir os garimpeiros e mineradores que com equipamentos mais sofisticados multiplicam por muitas vezes a velocidade de exploração dos minerais da Amazônia a ponto de suplantar a capacidade de degradação natural de seus rejeitos tóxicos, transferindo como herança para às futuras gerações, verdadeiros “cemitérios” de metais pesados nas proximidades da maior bacia hidrográfica do planeta.
Os mitos e lendas da Amazônia, tal como o Curupira, vem sendo triturados e liquefeitos pelas serras, turbinas, fornos e engrenagens que nos últimos 50 anos promovem o “desenvolvimento” da Amazônia. Quanto mais se fala em sustentabilidade a impressão que fica é a de que menos se pratica. Espero que haja tempo para uma reflexão da sociedade sobre o futuro que queremos, para que nossos mitos e lendas tenham algum significado para as futuras gerações.
Raimundo Nonato Brabo Alves é Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental
EcoDebate, 28/02/2014

Fotografias para conhecer!

Parque Ambiental Chico Mendes - Rio Branco, Acre, Brasil
Parque Ambiental Chico Mendes - Rio Branco, Acre, Brasil

Rio Branco, Acre, Brasil (O curupira (1996). PVA sobre zinco. Acervo: Fundação Garibaldi Brasil, Rio Branco-AC.)

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A Caipora tá lá na mata, ela tá dançando ela tá te vendo, seu moço aperta seu passo pois nas garras dela tem inté veneno, sinhô essa Caipora é brava não mexe com os bichos e suma logo, saia correndo; ela mora aqui faz tempo, toda essa natureza ela vai protegendo. . .
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Referências:
Imagem 1: https://harrypotter.fandom.com/wiki/Caipora
Imagem 2: Caipora by  rafanarchi
Imagem 3: https://www.facebook.com/folcollab/photos/a.111258986135925/168618837066606/?type=3&theater
Imagem 4: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2018/11/lendas-59-quadrinistas-se-reunem-para-contar-o-folclore-brasileiro.html
Imagem 5: https://incrivel.club/admiracao-curiosidades/10-lendas-do-rico-folclore-brasileiro-como-voce-nunca-viu-671060/
Imagem 6: https://br.pinterest.com/pin/603200943820871731/
Toda Materia: https://www.todamateria.com.br/caipora/
Ecodebate: https://www.ecodebate.com.br/2014/02/28/o-curupira-perdeu-a-forca-do-mito-artigo-de-raimundo-nonato-brabo-alves/
Folclorando, 2015 (Acácio Souto): https://folclorando.wordpress.com/2015/01/14/qual-a-diferenca-entre-caipora-e-curupira/
ALCOFORADO, Doralice F. X. Do folclore à cultura popular. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL, v. 3, 1980. 2008. Texto apresentado pela autora, enquanto presidente da Comissão Baiana de Folclore, em 03/09/2007, no Rotary
Club, Salvador. 2008. INSS 1980 - 4504.
FOGUEL, Israel. Uma Viagem Através Do Folclore Brasileiro. São Paulo: Clube de Autores, 2016.
AGUILERA, Vanderci de Andrade; DOS SANTOS, Ariane Cardoso. Crendices populares paranaenses: o caso do caipora. Boitata, v. 2, n. 3. 2007.
VILHENA, Luís Rodolfo da Paixão. Projeto e missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964. 2017.
https://almaacreana.blogspot.com/2016/08/helio-melo-o-artista-da-floresta.html
https://www.flickr.com/photos/visitbrasil/23808145089/in/photostream/

Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída (1981)


Outros títulos: Christiane F. - Wir Kinder vom Bahnhof Zoo
Diretor: Uli Edel
Duração:  125 Minutos
País de origem: Alemanha
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: Na cidade de Berlim, nos anos 70, a adolescente Christiane (Natja Brunckhorst) é uma jovem comum que mora com a mãe e a irmã caçula. Ela sonha em conhecer a "Sound", discoteca mais moderna e badalada do momento. Menor de idade, ela consegue entrar com a ajuda de uma amiga, conhece Detlev (Thomas Haustein) e começa a se aproximar das drogas. Primeiro álcool, depois maconha, calmantes, LSD, heroína. Imersa no submundo do vício, ela passa a prostituir-se.

De acordo com JLongo-1 (imdb),  Esse filme poderoso e chocante é uma adaptação do livro best-seller baseado na história real de Christiane F. (como já sabemos), ela viveu em Berlim até meados dos anos 80 e tendo a mesma idade que Christiane F. Enfatiza a autenticidade do livro, até do filme. Berlim era uma cidade escura e deprimente na época, mas uma verdadeira metrópole com todos os seus problemas. Não precisava fazer parte do "cenário das drogas" para perceber isso em todos os lugares no centro da cidade e arredores. O artigo da revista, seguido do livro e do filme,  expôs ao público e documentou o problema. O filme ainda é relevante 20 anos depois, basta ter um pouco de perspectiva.
A trilha sonora com a música de David Bowie (recentemente relançada em CD) é poderosa e se encaixa no clima geral perfeito. 

No (Vice, 2013) há uma entrevista com a própria e real Christiane. De acordo a própria, o filme não descreveu como cresceu, seu pai era alcoólatra e abusou de sua irmã, e dela, enquanto sua mãe nada fazia. 

Hoje, Christiane tem 51 anos, um filho de 18, e um livro lançado em 2014 para revelar os desdobramentos do vício e da fama repentina. Christiane declarou, em entrevista à revista Vice, que não conhece outra vida. E culpa a fama por estar tão debilitada e continuar usando drogas. Segundo ela, se não tivesse virando uma celebridade, não teria dinheiro para consumir heroína e outras substâncias durante todos esses anos. Pelos direitos autorais das obras, ela recebe mensalmente cerca de R$ 6 mil. Com o segundo livro, Minha Segunda Vida, lançado em 2014, ela disse esperar que as pessoas se assustem mais com as drogas (diversao r7, 2017).

Referências
https://www.vice.com/pt_br/article/bmgdq5/vou-morrer-logo-eu-sei-conheca-a-verdadeira-christiane-f
https://diversao.r7.com/pop/o-que-aconteceu-com-a-garota-de-eu-christiane-f-13-anos-drogada-e-prostituida-13062017
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