⚠️ IMPORTANTE: CAPRICORNUS contém alguns filmes raros, que tiveram legenda sincronizada, outros traduções para o português, deu trabalho pra tá aqui ent vai roubar conteúdo da puta que te pariu sem dar os créditos. ~ Siga a gente! Os filmes tem limite de visualização mensal, caso não consiga, tentar próximo mês.

Lolita (1962), (1997) e Russian Lolita (2007)


Lolita (1962)

Diretor: Stanley Kubrick
Duração: 152 Minutos
País de origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda do Norte
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: James Mason interpreta o professor Humbert Humbert, que aluga um quarto na casa de Charlotte (Shelley Winters), mãe de Lolita (Sue Lyon), de 15 anos. A senhora logo se apaixona pelo professor, mas ele só tem olhos para a ninfeta Lolita. Para ficar próximo da menina, Humbert chega a se casar com a mãe dela. Mas Charlotte um dia descobre sobre as intenções do marido; a história toma novo rumo, dando espaço a tragédia e a um "romance" (coloco o termo drama porém é assim que está no filmow) entre padrasto e enteada.
Lolita (1962) ao dizer que tudo era tão "normal".
Curiosidades: A primeira história de lolita, em 1962, dirigida por Stanley Kubrick, sofreu severos cortes da censura e lançou ao estrelato Sue Lyon, na época com 14 anos. Em 1997, Adrian Lyne lançaria sua versão, mais detalhada e livre de cortes. 
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Lolita (1997)

Diretor: Adrian Lyne
Duração:  137 Minutos
País de origem: EUA e França
Áudio: Inglês | Legenda: Português

Sinopse: No início da adolescência, Humbert (Jeremy Irons) apaixonou-se perdidamente e tragicamente por uma garota da sua idade e, à medida que se tornava adulto, nunca perdeu a obsessão por "ninfetas", adolescentes que andam na linha tênue entre ser menina e mulher. Enquanto procura um lugar para viver depois de garantir uma nova posição de professor, ele conhece Charlotte Haze (Melanie Griffith), uma mulher pretensiosa e irritante que parece desesperadamente solitária e obviamente se sente atraída por Humbert. Ele então conhece sua filha de 13 anos Lolita (Dominique Swain), a imagem da garota que Humbert amou uma vez (a história tragicamente acabada, contada no início do filme). Humbert entra na casa de Haze como pensionista e acaba se casando com Charlotte para ficar mais perto de Lolita. Quando Charlotte descobre sobre a atração de Humbert para sua filha, ela foge da casa com raiva, apenas para ser morta em um acidente de carro. Sem contar a Lolita o destino de sua mãe, Humbert a leva em uma viagem de carro pelo país, onde o relacionamento deles começa a se mover para além das profundezas...
No filme Lolita (1997) muito mais contextualizado, percebemos de uma forma digamos "poética" logo no início do filme, o homem a quem chamava lolita, era apaixonado por uma garota (Annabele) de mesma idade (14) e ele mesmo diz que Lolita jamais teria existido se não fosse Annabele mas que faleceu de tifo pouco tempo depois, o deixando em choque.
"O impacto de sua morte congelou algo em mim. A menina que amei havia ido. Mas eu continueu buscando-a por muito tempos depois [...] O veneno estava na ferida. Pode vê-la? E a ferida não cicatrizaria." (Lolita, 1997).
Mellon Collie (filmow) ressalta o fato de Dolores possuir só 12 anos, e a atriz 15 anos de idade! Assim o filme,  é do ponto de vista do cujo 'pedófilo' dando a entender o porquê de Lolita ter sido tão sexualizada, era como Humbert a via. O filme colorido, Lolita com roupas alegres, batom, e paisagens, muda quando Humbert à reencontra e Lolita não era mais aquela garotinha, tornando-se cinza, sem traços, pois Humbert não a vê como antes, podendo ver pela primeira vez a verdadeira Dolores, sem erotização, que no fim, ele reconhece que Lolita morreu, não por estar perto dele, mas por não ser mais a criança que ele conheceu. É uma história a qual muitos dizem o autor do livro ter sido um gênio ao escrever com tamanha perfeição uma dramática (não romântica ao meu ver) história, Humbert não está sobre julgamento, são cenas manipuladas por sua visão.

Ao meu ver, a doentia atração de Humbert apenas por meninas novas foi traçado por sua história de amor que nem mesmo começou, o deixando capaz de fazer escolhas dramáticas.

Curiosidades: Na Austrália, o lançamento do filme foi proibido pelas autoridades sob o argumento de que a história fazia apologia à pedofilia. Somente dois anos depois os cinemas foram autorizados a exibi-lo, mas com proibição para menores de 18 anos.
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Russian Lolita (2007)

Outros títulos:  Russkaya Lolita
Diretor: Armen Oganezov
Duração:  93 Minutos
País de origem: Rússia
Áudio: Russo | Legenda: Português

Sinopse: Filme erótico Softcore baseado no romance Lolita, de Vladimir Nabokov. Um escritor forasteiro chega a uma cidade e passa a viver numa casa onde uma menina, Alisa, o seduz.

A ninfa  Valeria Nemchenko interpreta uma virgem aparentemente de 13 a 17 anos (a idade nunca é declarada), ela e sua mãe moram em lugar bonito (meu sonho de casa) próximo a floresta em uma pequena cidade, de algum lugar doido da Rússia. Quando aparece esse homem mais velho procurando uma vida nova e um lugar para escrever, ao ver o anúncio de um quarto para alugar encontra Aliza (Alisa). A mãe rechonchuda de Alisa aluga o quarto e logo depois Gennedy e mãe começam um caso secreto explicitamente mostrado. Alisa ouve os dois, observa através da porta e se inflama de luxúria de ciúme (há uma certa cena a qual ela sai chorando, mas que na verdade, me deu vontade de rir desse choro tão sem graça). Há quem diga que Alisa vai superando sua timidez em estágios com o rapaz, mas que timidez? Desde o começo do filme ela é bem abusadinha e danada. Talvez porque ela chega nesse homem aos poucos, primeiro conversa, depois senta em seu colo, e a cada dia o homem enlouquece. Ao mesmo tempo percebe-se a atitude crianças dela. As vezes ele tenta não ceder a ela, mas Alisa é persistente e ousada. Porém, como ele não estaria interessado desde o começo ou algo do tipo, se ao ver o anuncio e falar com sua mãe disse "preciso pensar" então Alisa aparece e o cara diz "decidi, vou ficar com o quarto"... Pois é.
Enfim Alisa o rejeita depois de cenas quentes por ele dizer que não da para escolher entre as duas, torturado pela ausência da garota, ele nai até ela, e diz que quer apenas ela.
Eu estou rindo até agora, cena a qual ela esperava que as flores fossem para ela.
Aqui é onde bate os outros filmes de Lolita por uma milha. Os outros filmes fazem você adivinhar sobre os assuntos, mas este revela tudo e é muito selvagem. Eles ficam na arena do núcleo mole sem pênis masculino e nenhuma inserção visível, mas nudez total feminina, fiquei pensando, UÉ, esse rapaz não tem o orgão não? Em nenhum momento aparece o dele, parece até aqueles bonecos de madeira, mas enfim, o final para alguns surpreende, russos fazendo russises.

Curiosidades:  Soft-core ou softcore é um gênero pornográfico contendo apenas nudez, sexo e cenas sexualmente sugestivas. Soft-core ou softcore é um gênero pornográfico contendo apenas nudez, sexo e cenas sexualmente sugestivas. Partes das imagens que são consideradas demasiado explícitas podem ser obscurecidas (censuradas) através de diversos meios. Estas técnicas incluem o uso de cabelo ou a roupa envolta, as mãos ou outras partes do corpo cuidadosamente posicionadas, elementos em primeiro plano precisamente posicionados na cena (muitas vezes plantas ou cortinas), e ângulos de câmara cuidadosamente escolhidos. Esse gênero ficou popularmente conhecido no Brasil pelo cinema brasileiro, nas décadas de 1970 e 1980, pela pornochanchada; [...]". (Wikipedia)
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Taxidermia (2006)


Diretor: György Pálfi
Duração: 91 Minutos
País de origem: Áustria, França, Hungria
Áudio: Húngaro(?) | Legenda: Português

Sinopse: Inspirado pelos contos do escritor Lajos Parti Nagy, este segundo filme do realizador húngaro György Pálfi envolve-nos numa insólita e fascinante narrativa, que atravessa várias décadas e nos revela três gerações de homens com obsessões e comportamentos muito peculiares. O primeiro segmento é passado na 2ª Guerra Mundial e aí conhecemos o soldado Moroscovany, um obcecado sexual que sonha ser capaz de ejacular chamas e que tem uma carinho muito especial pela portentosa mulher do seu superior hierárquico; o segundo segmento centra-se em torno de Balatony, um glutão mórbido que não perde ocasião de se empaturrar até ao limite; finalmente temos a história de Lajos, um taxidermista cuja obsessão é levar a sua arte às últimas consequências, ou seja, o corpo humano.

Explica-se: não é um filme agradável de se ver, pois tem cenas escatológicas e de difícil aceitação, como um pênis ser bicado por uma galinha – bem longe do cinema político de A Leste de Bucareste e do aborto clandestino de 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, os romenos da vez. 
O diretor não economiza nos barulhos nojentos e cenas repugnantes, como o soldado fazendo sexo com uma leitoa abatida, do pênis sair um jato de fogo e por fim a galinha dando-lhe uma bicada no membro. Ele termina morto pelo comandante e seu filho nasce com um rabo de porco. 
Na segunda parte do filme, o filho, já sem o rabo, torna-se um obeso mórbido depois de participar, desde criança, de concursos em que o campeão era o que ingeria a maior quantidade de comida. Apaixona-se por uma mulher bem gorda, também competidora na modalidade, e com ela terá uma lua de mel bastante igual a de tantos outros casais – os quilos a mais não impedem o clima romântico, regado a Samba da Bênção, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na interpretação de Bebel Gilberto. Dessa relação nasce o representante da terceira geração, o raquítico taxidermista do título, que passa a terceira parte do filme empalhando animais e a si mesmo, guardando seu próprio corpo para a eternidade.
O roteiro parte de contos escritos por Lajos Parti Nagy; a trilha sonora, muito bela, é assinada por Amon Tobin, compositor que nasceu no Rio de Janeiro e faz parte da vanguarda chique européia – suas músicas não saem das trilhas das coreografias de Pina Bausch. Enfim, há uma certa sofisticação nos temas, na crítica ao regime comunista, na maneira como a sociedade atual discrimina os obesos, na intricada elaboração dos planos-seqüência e no inteligente uso da câmera digital. Mesmo a reconstituição de época e nos cenários estilizados percebe-se que o diretor teve educação tanto cinéfila quanto humanística. Sua verborragia não é nem acidental muito menos gratuita.
Palfi, o diretor, chega a recriar os contos dos irmãos Andersen dentro de um exemplar de A Menina dos Fósforos, um dos contos dos escritores, além conseguir, com um giro de 360 graus numa mesma banheira (plano impressionante), perpassar toda a história e resumir as intenções do filme. Enfim, é o que Peter Grenaway fazia quando ainda estava com gás (Demetrius Caesar, 2007).
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Cannabis: Formas e apresentações (Parte 2)

Embora fumar a cannabis e comê-la como ingrediente em certos pratos sejam suas formas de consumo mais comuns, há uma grande variedade de maneiras de a planta ser usada. Os usuários afirmam que cada método de consumo tem um efeito psicoativo diferente. Por exemplo, fumar maconha, segundo eles, teria um efeito mais relaxante, enquanto comê-la ou absorver o vapor por meio de um vaporizador tem um efeito mais intenso, "cerebral". Os três principais produtos derivados da cannabis são a erva (a maconha, isto é, as flores secas da planta), a resina (o haxixe) e o óleo de cannais.

PARA FUMAR

A forma mais comum de consumo da cannabis é a de flor seca da planta fêmea prensada para fumar. O "baseado", termo que designa um cigarro de maconha, é o meio mais usado.

KIEF

O kef, que em árabe significa "bem-estar" ou "prazer", é um pó obtido dos trico mas da cannabis, isto é, de bolsas de resinas das plantas que secretam substâncias destinadas, em geral, à proteção. Normalmente, os tricomas parecem pequenos pelos ou escamas nas folhas ou no caule de algumas plantas, como, por ex, a urtiga. Para se obter o kief, flores secas de cannabis são peneiradas. O kief possui concentração muito maior de psicoativos canabinoides, como o THC, do que as flores de cannabis das quais deriva. Normalmente, o kief é misturado com haxixe, mas também pode ser vaporizado ou fumado diretamente. No Marrocos, o termo "Kief" refere-se, igualmente, a uma mistura dos tricomas da cannabis com haxixe ou tabaco. Apesar da forte concentração de canabinoides nos tricomas, o tipo da planta dita a qualidade do produto final.

ÓLEO DE CANNABIS

Trata-se de uma matriz resinosa de canabinoides obtida por meio de extração por solvente da cannabis. É o mais potente entre os três produtos principais do gênero isto é, a erva, a resina e o óleo.
O teor do THC varia conforme a planta. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2009 estabelece que o teor de THC do óleo "pode exceder 60%". Atualmente alguns laboratórios americanos, como o SC Labs em Santa Cruz, California, o Steephil Labs, em Berkeley, também na California, e o GreenStyle Consulting Solutions, testam produtos obtidos da cannabis e relatam teores que variam de 30 a 90%, com os níveis mais preponderantes entre 60% e 85%. O óleo pode ser fumado ou inalado por meio de vaporização.
A forma mais comum de se produzir o óleo de cannabis é passar butano líquido em um tubo cheio de flores de cannabis. A baixa temperatura do gás cristaliza as resinas da planta. Conforme o butano passa pelo tubo, a resina cristalizada fica aprisionada no líquido. O produto resultante é vertido em um recipiente de vidro, na saída do tubo. Como o butano tem baixa temperatura de evaporação, ele é convertido em vapor rapidamente, deixando apenas a resina cristalizada, que é, então purgada em uma câmara de vácuo. Tal procedimento, dependendo do tempo de exposição ao vácuo, altera a consistência do óleo, podendo produzir, por exemplo, cera. É possível usar outros solventes no lugar do butano, desde que sejam puros, isto é, sem aditivos, pois o resíduos podem causar danos à saúde.
Nos Estados Unidos, em estados que permitem o uso de cannabis para fins medicinais, alguns usuários mais afoitos, ansiosos por potencializar seu estoque, causaram explosões em suas casas tentando produzir o óleo de cannabis. Em Michigan, só em julho de 2013, foram relatadas suas explosões. O butano é altamente inflamável.

BHANG

O Bhang é muito popular em todo o subcontinente indiano, onde é consumido há centenas de anos. Trata-se de uma preparação das folhas e flores da cannabis fêmea, geralmente adicionada ao leite ou à coalhada. Há, ainda, o bhang goli (bola), cannabis fresca moída em água. Muito comum em toda a índia e o Nepal, não é considerada uma droga, mas indutor de sono e estimulador de apetite. Na medicina tradicional indiana, chamada de "aiuvédica", muitos remédios levam bhang em pó em suas receitas. O mesmo acontece na culinária: uma bebida muito popular em muitas partes do subcontinente é o bhang ki thandai", ou "sardai", preparada com amêndoas, especiarias, leite e açúcar, e servida gelada.
O bhang tem sido usado desde os tempos védicos e é parte integral da cultura hindu. Nos "ghats", as escadarias que descem aos rios na Índia, onde os hindus executam rituais, é muito frequente encontrar homens preparando bhang. Eles moem em pilões as flores e as folhas das cannabis fêmeas, até obterem uma pasta. Então, adicionam leite, "ghee" - a manteiga clarificada, ingrediente básico da culinária indiana - e especiarias. Esse produto pode ser usado para preparar uma bebida forte, inebriante, o "thandal", ou ser misturado com ghee e açúcar para fazer o "golee", uma espécie de bala de bannabis.

HAXIXE (CHARAS)

O haxixe, chamado de "charas" na índia, no Nepal, no Paquistão e no Afeganistão, é feito da resina da cannabis, encontrada nos tricomas da cannabis fêmea. Durante a colheita, os camponeses esfregam as plantas com as mãos e a resina acaba aderindo à pele. Depois, raspam a substância e fazem bolas de haxixe com elas. A pasta é conhecida como "creme de cannabis".
Essa forma de preparação da cannabis tem sido usada no subcontinente indiano com propósitos religiosos e medicinais há milhares de anos. Nos tempos do império britânico, o haxixe era vendido com o ópio, em lojas controladas pelo governo, seguindo, assim até os anos 1980. Ele continua a ser vendido em algumas partes do Tajastão.
O charas exerce importante papel na religião hindu, sendo usado, principalmente, pelos shaivs, uma seita hindu que adora a BShiva, a divindade que encerra o clico da criação, trazendo portanto, a destruição. Na verdade, muitos hindus veneram a cannabis como um dos aspectos do Senhor Shiva, uma vez que, entre seus atributos positivos, o deus também representa a transcedência ilimitada.
Embora o haxixe seja encontrado em todo o subcontinente, sua produção restringe-se a poucos lugares do norte do país, especialmente no Vale Parvati e ca Caxemira. No sul, também é produzido, porém, com qualidade significamente inferior. E como não poderia deixar de ser, com tanta abundância do produto, uma grande quantidade de haxixe indiano é contrabandeada para a Europa.
[...]

GARDAA

O gardaa é um tipo de haxixe feito, principalmente, nas áreas tribais do norte do Paquistão e no Afeganistão, usando-se plantas secas de cannabis. Como o haxixe produzido na Índia, é uma substância flexível, que pode ser moldada de diversas formas, normalmente em bolas. No entanto, ao contrário do contratipo indiano, o gardaa dissolve-se em partículas menores com o menor calor - mesmo o das mãos -, daí o nome: "gardaa", palavra urdu que significa "pó". De fato o produto de uma espressa poeira marrom. Há dois tipos de gaarda, um pó verde, levemente marrom. Devido ao estado resinoso, tanto o gaarda quanto o haxixe são, normalmente, misturados ao tabaco, enrolados em papel de cigarro e, em seguida, fumados.

DRAGÃO VERDE (TINTURA)

A tintira da cannabis, apelidada de "Dragão verde", devido, claro, à sua cor característica de clorofila, é usada para beber e também pode ser aplicada diretamente na pele. Para fabricá-la, deve-se extrair o THC e outros canabinoides contidos nas flores e folhas da cannabis fêmea por meio do álcool. Normalmente, seca-se a planta em um forno durante alguns minutos, para decarboxilar, antes do banho no álcool. A decarboxilação serve para potencializar o THC na preparação resultante. Nos EUA, há uma preparação farmacêutica comercializada sob o nome de Sativez, em spray, para uso oral.

ALIMENTOS À BASE DE CANNABIS

Uma das formas de consumo da cannabis é como ingrediente de diferentes pratos. Alguns pesquisadores afirmam que a ingestão da cannabis, desde que apropriadamente preparada, é mais eficiente para absorver os canabinoides do que fumando a planta. O efeito, porém, tende a ser mais lento, uma vez que a absorção do THC pelo trato digestivo demora mais.
Um dos ingredientes culinários à base da planta mais comuns é o óleo de cannabis. A "manteiga mágica", que contém cannabinoides, também chamada de "butterjuana" ou "cannabutter", também é muito usada na culinária psicodélica. E como as resinas da cannabis são solúveis em álcool, ruim ou licores infundidos com cannabis, elas também são usadas no preparo dos "pratos mágicos". Nesse caso, o Green Dragon também pode virar ingrediente. O Creme de Gras é um licor feito à base de cannabis que pode ser adicionado ao café ou a outras bebidas.
Uma das receitas mais famosas feitas com cannabis - muito procurada em certos cafés de Amsterdã - são os space cakes, também chamados de hash cakes. são muffins, brownies e cookies feitos com grandes quantidades de haxixe, normalmente meio grama da droga para cada grama dos produtos, de modo que quem os consome obtém efeito forte e de longa duração.
O maior benefício ao consumidor esses bolos é a isenção dos efeitos prejudiciais da fumaça no sistema respiratório. De acordo com os consumidores, o sabor dos confeitos não é muito diferente do de outros feitos com os ingredientes normais.

CHÁ DE CANNABIS

Alguns usuários preparam chá (na verdade, infusão) com as folhas da cannabis. Como o agente psicoativo primário da planta não é solúvel em água, esse método de consumi-la provoca pouco efeito psicoativo. Essa técnica vem sendo usada há milhares de anos como forma de usar a planta por conta de suas qualidades medicinais, em vez das alucinógenas.


CANNABIS E RELIGIÃO

A cannabis tem sido usada num contexto espiritual e religioso na Índia desde os tempos védicos, há mais de 3.500 anos. Os santos hindus são notórios por usar a planta para induzir estados espirituais e como auxiliar na meditação. Atualmente, a cannabis também tem sido usada pelos seguidores do movimento rastafari, que a consomem em seus ritos, seguindo eles, para potencializar a consciência.
O primeiro relato sobre o uso sagrado da cannabis na índia e no Nepal está no Atharva Veda, escrito entre 2000 e 1400 a.C. O texto menciona a cannabis como uma das "cinco plantas sagradas". O hinduísmo relaciona o uso da cannabis ao culto de Shiva, uma das três divindades dessa religião, tanto que a oferenda mais comum à divindade é o bhang - também consumido por aqueles que o ofertam. De acordo com os adeptos do chivaismo, o "elixir da vida", isto é, a cannabis, foi produzido quando o oceano foi criado pelos devas e pelos asuras (deuses e demônios hindus). Shiva, então, criou a cannabis do seu próprio corpo para purificar o elixir que viria a ser oceano. Assim, o consumo moderado do bhang, feito de acordo com os preceitos religiosos. limparia o devoto de seus pecados e evitaria uma vida futura de sofrimento. Por outro lado, tomar o bhang de modo irresponsável, com fins puramente recreativos e sem os ritos apropriados, é considerado pecado.
Na África, onde o consumo da cannabis faz parte da cultura local, além do uso medicinal, a planta também é usada de forma ritual. Nas aldeias, em cujos arredores exploradores europeus do século XIX relataram haver grandes traços de terra destinados ao cultivo de cannabis, as sociedades de fumantes da planta eram comuns. Elas serviam para reforçar laços de amizade e levaram à formação de cultos religiosos. Entre diversos povos, a tribo Baluka, do Congo, espabeleceu um culto de consumo de cannabis chamado de "riamba", no qual a planta era fumada em enormes cabaças. Os seguidores do culto, que chamavam a si mesmos de Bena Riamba, ou "filhos do cânhamo", deviam mostrar sua devoção fumando o máximo possível. Eles atribuiam poderes mágicos à cannabis e acreditavam que seu consumo combatia todos os males. Por isso mesmo, levavam-na consigo nas guerras e viagens. A cabaça usada para fumar a cannabis era para esses povos, um símbolo da paz, semelhante ao "cachimbo da paz" dos índios norte-americanos. Nenhum acordo de paz ou de comércio era selado sem ele.
Na China, onde a cannabis é usada por suas propriedades medicinais há mais de dois milênios, a planta ainda é usada em rituais xamânicos, praticados nas regiões centrais do país. [...] Ps sacerdotes taoístas, os quais estidavam alquimia em busca do elixir da eterna juventude, também faziam uso da cannabis, queimando-a, principalmente, em incensos "purificadores". [...]
Modernamente, os membros do movimento Rastafári usam a cannabis como parte do culto ao seu rei Haile Selassie I, da Etiópia, e para estimular a meditação. O movimento foi fundado na Jamaica em 1930 e afirma que a planta é a Árvore da Vida mencionada na Bíblia. [...] Eles acreditam que a planta tem o poder de levá-los para mais perto de Deus,a quem chamam de Jah. Para os rastas, a erva traz autocompreensão e permite entender Deus e o universo, além de tirar o mal do coração humano, purificando-o. Esfregar cinza de cannabis na pele é considerado um ato propício. Apesar disso, não é preciso, realmente, usar a canabis para ser um rastafári.
Também há, pelo menos, uma denominação cristã que considera a cannabis um sacramento, isto é, um rito sagrado de particular importância. Os membros do Ministério do THC veem a cannabis como capaz de trazer cura e iluminação, e sustentam que a planta era um dos ingredientes principais do óleo de ungir mencionado na Bíblia. Uma de suas missões é liberar a cannabis, envolvendo-se ativamente na discussão sobre o uso da planta na sociedade.

- FIM -

Pessoalmente, eu amo cannabis, porém não há nada na vida que não faça mal em excesso, até mesmo água em excesso não é bom, sou a favor da legalização em países já organizados e preparados para isso, espero um dia esse sonho virar como no Canadá, ou Amsterdã, ou como em alguns lugares dos Estados Unidos. É triste quando não és cultivada... 
Um dia vou morrer, afinal todos irão morrer, vão me enterrar, um fazendeiro muito louco vai me adubar e me transformar em um lindo pé de maconha. Só assim poderei saber que mesmo depois de morta continuarei fazendo sua cabeça! (Bob Marley).

"Tome um livro, leia-o e o plante em sua mente, ou então, Peça com fé um "pé de maconha"  pra você dividir com cidadania ou exibir na sua estante, no jardim da poesia. E depois imite nossos contemporâneos, quase democráticos, a fazer valor nosso direito de ver aquele "pé de maconha" no cardápio do brasileiro, lido, compreendido e legalizado, ou seja, livre e sem coisa, seja no calor ou seja na frescura" (literatura sativa).

Cannabis: Uma breve história (Parte 1)

Cannabis Queen by HeadTraumaPro
Do Himalaia para o mundo, a maconha disseminou-se pelo tempo, criando subculturas e polêmicas.
Entre as diversas plantas cultivadas para o consumo humano, estavam aquelas usadas medicinalmente ou para induzir estados alterados de consciência, buscadas pelos místicos. Essas espécies vegetais, principalmente as que, além de curar, levavam embriaguez, recebiam o nome genérico de "plantas de poder".
Há milênios, o uso de plantas de poder vem fazendo parte da experiência humana. Pouco mais de uma década atrás, foi descoberto uma geleira da Áustria o corpo preservado de um caçador paleolítico que teria vivido há mais de dez mil anos. A múmia, que teria vivido há mais de dez mil anos. Ficou conhecida como o "Homem de Gelo", trouxe informações importantes sobre a vida e a tecnologia daquela época. [...] revelou até mesmo o uso de cogumelos alucinógenos, encontrados numa bolsa que o caçador tinha prendido à cintura. Os cogumelos podem ter servido a um caráter médico, mas podem também ter sido usados para "sonhar", isto é, entrar no "mundo dos espíritos".
O uso de certas plantas, as chamadas Plantas Mestras, Plantas de Conhecimento, Plantas de Poder ou Plantas Sagradas, empregadas para acessar um estado diferenciado de consciência, é muito comum até hoje. Muitas dessas plantas classificadas como enteógenas, do grego entheos, isto é, que têm "Deus dentro", participaram e participam de cerimônias em todos os continentes - do coração da Amazônia aos jângales indianos. [...] 
Um dos vegetais que têm interagido com a humanidade, pelo menos, desde o advento da agricultura, é a Cannabis sativa, nome científico do cânhamo, ou da maconha. A planta era cultivada por conta das fibras, usadas para fazer cordas e tecidos, e pelas suas propriedades alucinógenas e farmacológicas.
As duas espécies mais exploradas da planta, a Cannabis sativa e a Cannabis indica, são originárias da Ásia Central e Meridional. Uma terceira espécie, a Cannabis ruderalis, é nativa da Rússia.
Da Índia, a maconha alcançou o Oriente Médio, onde era usada pelos sufis - o ramo místico do islamismo -. para atingir estados elevado e também para recreação. E, mais uma vez, a religião teve um papel importante na divulgação da droga. Como o islamismo proíbe o álcool, a cannabis foi imediatamente adotada como o principal alucinógeno pelos muçulmanos. Na verdade, foi lá, pela primeira vez, que o uso da maconha, em forma de haxixe, foi associado a atos hediondos, dando origem à palavra "assassino".

EUROPA E O USO POR ARTISTAS INTELECTUAIS


Na Europa, durante o iluminismo, grupos de artistas e intelectuais começaram a usar a maconha como alucinógeno. O rito maçom dos iluminatti, do qual o escritor alemão Goethe (1749 - 1832) era membro, fazia uso do haxixe. Ao longo do século XIX, a maconha continueu a ser a droga da vanguarda europeia.
Em 1845, o médico francês J. J. Moreau de Tours e os escritores Gérard de Nerval e Téophile Gautir fundaram o Clube dos Haxixins, cujas atividades giravam ao redor do haxixe. Artistas proeminentes participavam das reuniões do grupo. Charles Baudelaire, Alexandre Dumas, Eugene Delacroix e Victor Hugo confirmavam a maconha como o sucedâneo dos intelectuais. Baudelaire chegou mesmo a escrever uma obra célebre sobre, principalmente a cannabis, Paraísos Artificiais (veja aqui), Uma das formas mais comuns de os membros do Clube dos Haxixins consumirem a cannabis era por ingestão.
Mas no final do século XIX e início do XX, nos Estados Unidos, algo determinante veio a ocorrer: o Movimento de Temperança ganhava força política em todo o país. Esse movimento de massa ocorrido no final do século XIX nos Estados Unidos defendia a livre concorrência de culpava o álcool por todos os problemas sociais existentes. Seus participantes também se opunham ao uso de alucinógenos e propunham regulamentar seu consumo. Assim, os círculos conservadores americanos lideraram campanhas contra o comércio de todos os psicotrópicos, inclusive o álcool. Era o chamado Proibicionismo, que comaçava a acultar-se e que acabou conseguindo impor a Lei Seca, que proibia o consumo e a venda de bebidas alcoólicas em todos os Estados Unidos.
Na década de 1910, diversas substâncias alucinógenas, antes vendidas livremente em farmácias, foram proibidas dentro do território americano. Os países da Europa e das Américas acompanharam essa tendência. No final da década de 1930, a cocaína e a maconha já estavam proibidas em vários países do mundo. A venda da morfina passou a ser rigorosamente controlada. Nos EUA, o álcool foi pribido de 1920 a 1935.
A partir de então, a cannabis só era usada pelos imigrantes mexicanos pobres e negros. No entanto, na década de 1950, a maconha voltou a ser associada à ideia de vanguarda e de contra cultura. Durante o período pós-guerra, uma nova geração começava a questionar os valores do American Way of Life. Achavam que a sociedade americana falira, que seus ideais haviam sido corrompidos pelo cinismo e pela mentira. Eram poetas e escritores que caíam na estrada em busca de liberdade e de experiências verdadeiramente humanas. [...] era um meio de contestar e de libertar-se.
Favela by zissu
De acordo com o canalcienciascriminais: A política de “guerra às drogas” nada mais é do que uma [pseudo] emergência levantada pelos Estados, principalmente Latino-Americanos, para o fim de possibilitar uma atuação beligerante por parte de seus órgãos. Sem a justificativa de combate às drogas, o Estado perde seu fundamento demagógico de neutralização de comunidades periféricas e de criminalização daqueles que não se adéquam aos padrões impostos. O usuário de drogas simplesmente "não viola preceitos de coexistência, pois as substâncias que são consumidas pelo sujeito apenas afetam a sua própria existência," [...] "a criminalização das drogas e de seus usuários, nada mais é, do que um mecanismo de controle social."

NO BRASIL

Segundo Edward MacRae - doutor em Antropologia Social, professor adjunto da FFCH/UFBa, e Júlio Assis Simões - Doutor em Antropologia da Unicamp - e autores de diversos estudos sobre maconha, a "a cannabis parece ter sido originalmente introduzida no Brasil por africanos escravizados e durante longo tempo foi parte importante da cultura negra de grande parte do Norte e Nordeste". A própria origem da palavra indica isso: "maconha" vem do quimbundo ma'kaña, que significa "erva santa". Alguns historiadores chegam mesmo a afirmar que o uso da cannabis era tolerado pelos senhores, uma vez que mantinha os cativos calmos e alienados. Até o início do século XX, a maconha era considerada em vários países, inclusive no Brasil, um medicamento útil para várias doenças.
Em 1936, porém, a maconha foi proibida em todo o país. As campanhas que se seguiram, "de cunho declaradamente racista", de acordo com MacRae e Simões, rotulavam o costume de fumar cannabis como a "vingança do derrotado" e sustentavam que a substância era uma ameaça ao povo brasileiro. E como o costume era mais arraigado entre a população negra, "qualquer negro tornava-se suspeito de ser maconheiro ou traficante e, portanto, passível de ser revistado e detido" garante J. C. Adiala no seu estudo O problema da maconha no brasil: Ensaio sobre racismo e drogas (IUdeP do RJ, 1986).
Na década de 1970, houve uma nova onda de alarme, dessa vez associando o uso da cannabis aos jovens de classe média. Tratava-se de um grupo empenhado numa forte resistência cultural, levantando questões sobre temas relacionados à educação, ao emprego e à sexualidade. Assim,e m 1976, uma severa legislação sobre entorpecentes foi aprovada. Nessa época, as drogas ilícitas mais usadas eram a maconha e as anfetaminas. Essa lesgislação continuou em vigor até agosto de 2006, quando foi substituída pela atual.
Hoje, apesar dos riscos envolvidos na obtenção da maconha, seu uso recreativo é cada vez mais aceito entre alguns setores da classe média brasileira - mesmo por aqueles que não a consomem.

Documentário:

Cannabis by djstefanco

poison ivy hemp by BoggieNightBoy
Referências:
Curiosidades On Line Editora. Maconha – Cannabis: Erva Maldita?. On Line Editora. 97 p.

Reflexões Sem Tabu

No capítulo “Tabu e ambivalência emocional”, Freud nos diz o seguinte sobre o significado do tabu: O significado de “tabu”, como vemos, diverge em dois sentidos contrários. Para nós, significa, por um lado, “sagrado”, “consagrado”, e, por outro, “misterioso”, “perigoso”, “proibido”, “impuro” [...] As restrições do tabu são distintas das proibições religiosas ou morais. Não se baseiam em nenhuma ordem divina, mas pode-se dizer que se impõem por sua própria conta. Diferem das proibições morais por não se enquadrarem em nenhum sistema que declare de maneira bem geral que certas abstinências devem ser observadas e apresente motivos para essa necessidade. As proibições tabu não têm fundamento e são de origem desconhecida. Embora sejam ininteligíveis para nós, para aqueles que por elas são dominados são aceitas como coisa natural (FREUD, 1996, p. 37).

O livro Reflexões sem Tabu, pensamentos livres (da figura) é composto de pensamentos não ortodoxo sobre diversos assuntos que se tratam no cotidiano do ser humano sejam eles relacionados a política, a sociedade e a existência do indivíduo. A seguir consta um trecho sobre o Tema 1: Relacionamento. Entretanto no livro ainda há Tema 2: Realidade; Tema 3: Educação e Tema 4: Política. Caso queira continuar lendo todos os temas, ele está disponível aqui: Amazon.
O texto a seguir é do autor PIVA, Jair A:

RELACIONAMENTO

1. Convivência
A convivência a dois exige muito mais sacrifícios do que ser militante político. Conviver com as limitações do outro é um fator que exige do ser muita compreensão e sabedoria para conviver com as diferenças intelectuais e de valores.

2. Hipocrisia Moral
A sociedade vive mergulhada na hipocrisia moral de tal forma que dizem serem seguidores de valores religiosos, mas no fundo, na sua vida cotidiana querem fazer de tudo para melhorar sua própria vida mesmo que seja passando por cima de outros. Muitos não se preocupam com a existência do outro, veem o outro como seu inferno, como apenas limitador das suas vontades. Quando isso acontece a sociedade entra em decadência e começa a explorar o outro de todas as formas fazendo plenitude de abundância e de fartura econômica enquanto outros permanecem na miséria e jamais conquistam uma vida digna de ser humano.

3. Mente aberta
Ter uma mente aberta para a diversidade cultural, social, de valores, de amores, tem como consequência muitas vezes a exclusão do indivíduo pela sociedade já que o mesmo não é compreendido pelos seus, não pode viver plenamente seus ideais e, dificilmente, encontra seres inteligentes para compartilhar suas ideias. As ideologias religiosas acabam por impedir a humanidade de abrir-se sempre para algo novo e vivenciar a sua vida única em plenitude. As religiões podam o humano dos seus instintos e dos seus desejos fazendo dele um ser castrado da vida e muitas vezes infeliz por não poder viver plenamente a sua vida como humano e como animal de desejos.

4. Juventude irreverente
Nietzsche em seu livro Aurora relata em um de seus aforismos que, o jovem anterior à sua época, desejava basear sua vida no modelo de seus pais e antepassados. Atualmente, não pensa mais [...] e ainda critica o estilo de vida e autoridade de seus pais. [...]Tal fenômeno pode ter começado no século XX tendo em vista que, partindo de mim mesmo, da minha juventude, que passou-se na década de 1980, os jovens já eram muito rebeldes em relação aos valores paternos.  Hoje, percebo através de meus alunos, a "rebeldia" em relação aos valores sociais, culturais, morais, comportamentais em relação aos de seus pais é muito maior. Netzsche conseguiu ver o futuro das novas gerações. Se estão erradas, ou não, isso somente o tempo dirá. É preferível ser "uma metamorfose ambulante", como diz o poeta Raul, "do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", principalmente, quando muitas das opiniões que são formadas são ideologias de um grupo dominante conservador que deseja apenas manter seu poder.

5. Viver consigo mesmo
Muitas pessoas criticam constantemente àqueles que vivem sozinhos, que não casam que separam-se e passam a viver só. Dizem que são pessoas solitárias, tristes por não terem alguém para viver com elas. Este pensamento é um dos mais medíocres possíveis. Pessoas que, de fato,  aprendem a viver sozinhas, capazes de conviver consigo mesma, sem a necessidade de compartilhar a sua vida com outros, na verdade, são as mais capazes de viver a vida a dois, pois quem aprende a viver consigo, aprende a aceitar suas limitações, a conhecer a si mesmo conhecendo seus defeitos e suas virtudes, [...] e trabalhar melhor com o outro e ajudá-lo a superar suas limitações. É claro que isso não acontece, generalizadamente, com todos, uma vez que cada ser tem suas particularidades.

6. O que é o amor?
O amor é uma complexa relação social, biológica, cultural, econômica e sentimental. O sentimento embora seja, ideologicamente, o mais importante, na realidade é o que menos influencia na relação entre os casais. Quando duas pessoas possuem disparidades muito grandes na questão social, dificilmente, pois realidades diferentes, ao extremo, não se complementam. No que tange à questão biológica, especificamente o sexo, quando um casal não possui uma boa relação na cama também não consegue, de fato, estabelecer uma relação sustentável. A sexualidade é um dos fatores de grande relevância para a vida de um casal. Quanto à diferença cultural, pode-se afirmar que culturas diferentes, ao extremo, tambémnão dão certo e quando fala-se de conhecimento, quando um tem melhor formação intelectual que o outro, dificilmente, dá certo, pois a linguagem de alguém possuidor deum conhecimento científico oou mesmo de sabedoria muito superior ao outro dificilmente conseguem estabelecer diálogo, pois um pode ter muito o que dialogar, mas o outro, muitas vezes, não conseguirá alcançar o aprofundamento. No que diz respeito à economia, quando há muita disparidade entre casais raramente um aceitará submeter-se ao outro, economicamente, e isso pode provocar uma separação, principalmente, se o homem ganhar menos que a mulher. [..] Portanto, quando pensar-se viver juntos como pares casados devem refletir antes sobre esses parâmetros, pois a convivência efetiva dos pares depende muito dessas questões.

7. Ideologia do amor

8. Relações
O amor nada mais é que uma palavra para substituir em uma, apenas os termos: relação econômica, relação efetica, relações de poder, relações intelectuais, relações sociais e relações de submissão.

9. Fidelidade

10. Discrepância

11. Bom vinho
O que mais aquele o coração de um homem é uma boa taça de vinho e uma mulher vigorosa na cama. Ambos leva o casal a desfrutar do que há de melhor na vida a dois, na intimidade. Um bom vinho libera a mente dos preconceitos e controbui para o casal deixar livre sua imaginação para viver o que há de melhor na sexualidade.

12. Desejos reprimidos
Todos nós temos desejos, medos e instintos, mas em nome de uma moral social hipócrita suprimimos nossos desejos e anseios, para nos mostrarmos bem diante da sociedade que nos julga o tempo todo pela nossa aparência, mas ao mesmo tempo faz tudo às escondidas para não parecer mal aos olhos dos outros.

13. Relacionar-se

14. O que é moral?
A moral faz parte da sociedade, varia de acordo com os grupos sociais, é manipulada por algumas autoridades e pessoas de poder para prevalecer os valores que melgor lhes convêm, logo, a moral é fruto do desejo de alguém possuidor do poder político e econômico de uma sociedade. Quanto maior o poder de manipulação e econômico, mais esses dominadores ditarão para as sociedades o que é certo e errado. Podemos perceber isso, de forma nítida, observando no mundo aqueles possuidores de poder, tais pessoas podem fazer tudo, criar ideologias, modismos, e os demais não os chamam de imorais, apenas de irreverentes e excêntricos.

15 Limitações do amor

22. Mal do século

23. Existência perdida
O que a humanidade precisa é resgatar o valor existencial da vida, dos amigos, do diálogo, do relacionamento pessoal e não somente virtual, entre outros. Como dizia Renato Russo, "o mal do século é a solidão". De fato, a solidão, em alguns casos, pode virar depressão, já que não se tem um amigo com quem se possa falar sobre as questões da vida, nossas angustias, alegrias e decepções. Acredito que a falta de um bom amigo seja um dos fatores que levam as pessoas a se tornarem depressivas. A tristeza por perda de algo ou alguém não é a causa sine qua non da depressão. [...].

24. Contradições
O relacionamento a dois é composto de várias contradições entre os pares. Muitas vezes quando um quer determinada coisa o outro se mostra contrário. Muitas vezes se espera que o outro haja da forma que desejamos e contrariando as nossas expectativas o outro age de forma irreverente a toda nossa expectativa. Os relacionamentos seriam de fato melhores entre os pares se houvesse uma abertura intelectual de ambos para ver o mundo de forma menos conservadores em todas as questões. Os tabus existentes nos relacionamentos acabam por criar entraves nas relações sociais entre os casais e diminuir a possibilidade de sucesso entre ambos. Vemos hoje muitos casais separarem-se entre o período de 4 anos de casamento e vemos que a maioria dos homens e mulheres por volta dos quarenta anos já passaram por mais de um casamento, isso se deve a aceitação das diferenças existente entre os pares e a cobrança social e cultural conservadora de que o parceiro tem que ser propriedade exclusiva do outro sem lhe dar abertura para viver outras experiências amorosas tendo em vista que a sociedade impõe que se deve haver apenas um parceiro por vez. 

Referências:
FREUD, Sigmund. Totem e Tabu e Outros Trabalhos. Obras completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
PIVA. Jair A. Reflexões sem Tabu. Clube de Autores (managed). 89 p.

3 Filmes anormais na Netflix e 1 removido

Sabemos que os filmes da Netflix não são os mesmos encontrado pelo utorrent, certo? Uma alta carga de violência poderia destuir a infância de alguns antes mesmo de passar por ela. Ainda assim, a Netflix já publicou filmes, que foram retirados posteriormente, um exemplo foi o filme que eu assistir pela primeira vez lá, é digamos pesado, chama-se A Casa de Tolerância (2012), mas hoje, ao buscar pra por em primeiro lugar nessa lista, não estava mais lá! isso aí, a Netflix retirou o filme, não sei por quê. O filme é sobre moças que são prostituídas aos militares durante uma guerra não especificada. Angel, uma moça surda-muda, é mantida aprisionada ali para cuidar de outras jovens quando induzidas por drogas a estados de estupor. Desapercebida pelos seus captores, Angel se move entre as paredes do local, observando e planejando a sua fuga e vingança pela morte de sua família e de sua colega Vanya.
Outros filmes retirados da Netlifx de acordo com a lista em outros sites: Trainspotting (1996) e A Pele que Habito (2011). Porém aqui o blog disponibilizará com certeza os filmes A Casa de Tolerância (2013) e Trainspotting: Sem limites (1996).
Na Netflix, restou o filme doido como Peles, o filme peculiar como Grave, e dramático das drogas como Branquinha, veja:

1 PELES


Outros títulos: Pieles (Original) Skins (EUA)
Diretor: Eduardo Casanova (III)
Duração:  77 Min
País de origem: Espanha
Sinopse: Neste drama social sombrio, personagens deformados e desfigurados precisam encontrar maneiras de esconder suas diferenças e lidar com o resto da sociedade.
Já descreveu Guilherme G (filmow), não é romance, não é terror, não é comédia, não é drama, mas é tudo ao mesmo tempo. Apesar de soar episódica ou novelesca, há destaques positivos como trilha sonora, elenco, e, principalmente a direção de arte, com o trabalho de fotografia. É um trabalho que recusa rótulos e se apoia no nonsense para fazer uma crítica social aos julgamentos e preconceitos que cada um de nós temos em relação a tudo aquilo que desconstrói o que foi socialmente convencionado.
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2 GRAVE

Outros títulos: Raw (EUA)
Diretor: Julia Ducournau
Duração: 98 Min
País de origem: Bélgica | França
Sinopse: Na família de Justine (Garance Marillier), todos os integrantes trabalham com a área veterinária e são vegetarianos. No entanto, assim que Justine pisa na escola de veterinária, ela acaba comendo carne. As consequência deste ano logo serão sentidas e chocarão toda a família.
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3 BRANQUINHA

Outros títulos: White Girl (Original)
Diretor: Elizabeth Wood
Duração: 88 Min 
País de origem: EUA
Sinopse: Verão, Nova Iorque. Uma jovem estudante se apaixona perdidamente por um cara que acabou de conhecer. Depois de uma noite de festa que deu errado, ela vai ao extremo para conseguir seu namorado de volta.
Spoiler !!!O filme trata bastante de privilégios, a branquinha usou da realidade underground dos traficantes apenas como diversão e prazer e teve um romance adolescente que a prender neste mundo. Mas, depois do cara sofrer as consequências do mundo do tráfico para os que estão à margem da sociedade, ela, como garota privilegiada, segue sua vida na faculdade após passar por apenas uma história de verão. O Final é triste, é um olhar de desprezo e ódio... O traficante (Blue) consegue ser ingênuo e bonzinho o suficiente pra acabar sendo ferrado por uma egoísta filha da puta. Fim.
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Jurupari: Folclore ou filosofia?

Jurupari cuja etimologia provém do tupi-guarani yupa’ri quer dizer diabo, entre os indígenas (HOUAISS, 2009, p.1140), um ser que se diverte angustiando os índios no momento em que estão mais vulnerais, ou seja, no sono. Nos primórdios da colonização brasileira, índios, de distintas tribos, que viviam na costa leste do Brasil, para fugirem da condição de escravos a que eram submetidos, adentraram o interior, as regiões centro-oeste e norte e lá se refugiaram, principalmente, na floresta Amazônica, onde há tribos indígenas até os dias atuais (BELLINI, 2015, p. 125).

De acordo com Cascudo (2017): Jurupari nunca figurou realmente no folclore brasileiro. É uma presença literária, valendo um Demônio ou um pesadelo. Os indígenas ainda mantêm seu culto na extenção do Rio Negro, por onde parece haver descido das tribos aruacos do Orenoco, via Cassiquiare. Diz Cascudo que nem Tupã era deus ameraba e nem Jurupari ou Anhangá foram demônios brasileiros. Jurupari, reformador de costumes, égide de religião nova, criador de cultura, está distante de qualquer aproximação infernal. O autor diz que Jurupari traz uma espécie de legislador filósofo, como Buda, Confúcio, etc., algo rudimentar e noções de vida prática. E o que o faz pensar isso são as seguintes leis atribuídas pelas quais governam-se os nossos índios, tanto do Uaupés, como do Içana e do Rio Negro:
1 - A mulher se conservar virgem até a puberdade;
2 - Nunca se prostituir e ser fiel ao marido;
3 - Após o parto, deverá o marido obster-se de todo trabalho e comida, pelo espaço de uma lua, a fim de que a força dessa lua passe para a criança;
4 - Mulheres estéreis serão abandonadas;
entre outros que estão listados no livro...

A seguir um trecho da pesquisa de Vasconcelos (2015), "Uma leitura psicanalítica da lenda do Jurupari" 
Tão polêmico quanto Totem e Tabu, temos A Lenda de Jurupari, “um dos textos mais importantes da literatura indígena das Américas” (MEDEIROS, 2002, p. 263).
Na passagem do mito em questão, temos a proibição da ingestão de uma fruta por moças que ainda não atingiram a puberdade, pois a fruta desperta apetites latentes. Temos condições de inferir que se trata, em essência, da proibição do incesto e que Seuci infringe tal condição. Por que? Primeiro, não podemos esquecer que Jurupari é o “enviado do Sol”. Os poderes extraordinários do pajé e a forma como ele engravida todas as índias, somado ao fato do pajé ser aquele que estabelece comunicação com os deuses e de ser uma espécie de representante dos mesmos, podemos inferir que Seuci é filha do Sol. O próprio nome Seuci nos aproxima dessa possibilidade, já que Seuci é o nome de uma constelação de estrelas e “Seuci da Terra” era como a linda índia era chamada; segundo, o mito conta que Seuci engravida do suco de uma fruta proibida. Isso é muito semelhante à forma como Zeus, na mitologia grega, transmutava-se em chuva, animais etc. para fecundar mulheres mortais (e virgens). Logo, é possível pensar na possibilidade de Jurupari ter sido fruto de uma relação incestuosa.  Lembremos que, em algumas traduções, Jurupari significa também “boca fechada”. O simbolismo na descrição da relação entre Jurupari e Seuci são indícios desse “silêncio”, ou seja, da proibição do incesto. Com o nascimento do “enviado do Sol”, temos assim o início da cultura e das primeiras leis. 
Como não será possível agora dar continuidade a uma análise detalhada da lenda completa, resumiremos o que acontece depois na tribo do tenuriana. Jurupari propôs-se a instituir uma sociedade secreta para acabar com o poder das mulheres, revertendo ao homem as qualidades e atributos do mando, em sintonia com as leis do Sol. Promoveu diversas reuniões de doutrinação, em que só homem podiam participar e ensinou, principalmente, aquilo que as mulheres não conseguiam aprender, ou seja, serem discretos, a fecharem as “bocas”. Instituiu também leis de matrimônio e obrigou as mulheres a manterem a virgindade até a primeira menstruação e também criou e determinou relações de trabalho. Para finalizar, relembramos a missão primeira de Jurupari e que a lenda termina sem que ele a tenha cumprido: encontrar a mulher perfeita para o Sol.  O final da estória é muito significativo, pois Jurupari só diz que irá para o céu após cumprir essa missão, uma missão impossível. Mas é dessa impossibilidade que o mito trata o tempo todo: incestos, poder de um só sexo, mulher perfeita... mas é a impossibilidade que faz Jurupari legislar sobre a Terra e possibilitar o surgimento da cultura e das primeiras leis.  Portanto, por esses motivos, podemos aproximar o mito freudiano ao mito de Jurupari, na medida em que ambos podem ser definidos como “[...] um retrato bem conservado de um primitivo estágio de nosso próprio desenvolvimento” (FREUD, 1913, p. 21 apud VASCONCELOS, 2015).
 “O passado só existe na medida em que é historiado pelo presente” (VASCONCELOS, 2015).
Referências:
BELLINI, Nerynei Meira Carneiro. Realismo Maravilhoso No Brasil Insólito De Monteiro Lobato. Claraboia, v. 1, n. 2, p. 117-129, 2015.
CASCUDO, Luís da Câmara. Folclore do Brasil. 3 Ed. Global Editora e Distribuidora Ltda, 2017. 232 p.
VASCONCELOS, Bruno Rudar Teixeira. Folclore Amazônico: uma leitura psicanalítica das lendas do Jurupari e da Ceuci. 2015.

Capelobo

Capelobo ou Cupelobo é uma crença da bacia do Xingu e de outras regiões do Maranhão e do Pará. Monstro fantástico, de origem indígena, cuja "aparição" porém espalhou-se pelos arraiais caboclos (MUCCI, 1977).

Criaram o Capelobo, animal invulnerável, velocíssimo e perseguidor dos índios e caçadores ousados. O Capelobo é creado pelo ramo racial dos mamelucos. Não pode ser autóctone como o Anhangá e o Caipora. Para algumas tribos é o velho que já esqueceu a idade. N'outras, é um animal como o Tapuayuara... (Revista do Brasil, 1923).

As matas do Nordeste, sobretudo as do Pindaré, são habitadas por esse bicho com corpo de homem, peludo cascos em forma de garrafa no lugar dos pés, focinho idêntico ao de um tamanduá-bandeira. A vítima preferencialmente humana é abatida por uma trepanação, pelo que, tendo o crânio imobilizado, vê-se incapaz de escapar e ter toda sua massa cefálica sorvida pelo focinho do Cupelobo, apoiado como uma ventosa no orifício. Câmara Cascudo registrou-o com o nome de "Capelobo" e diz que há referências também nos rios paraenses, onde goza de popularidade e assombra indígenas caçadores - "O nome Capelobo é hibridismo de capê, que tem osso quebrado, torto, pernas tortas, e o substantivo português lobo" 
(PEREIRA, 2014.)
capelobo by rocksilesbarcellos

Corso (2002) diz que Capelobo (ou Cupelobo) provavelmente é o avó do Chupa-cabra. Seu corpo, no formato e no tamanho, equivale ao humano, mas é muito mais peludo, e sua cabeça é como a da anta ou a do tamanduá. Entre seu hábito está comer vísceras porém o que chama atenção são as marcas que deixa no animal atacado, são mínimas, equivalentes a dois pequenos furos ou um furo não muito grande, pelo qual não seria possível retirar as vísceras. É como se ele sugasse a vítima, não lhe estragando as formas externas.

Dentre os fantasmas perigosos, nenhum era tão feroz como o Cabelobo. Sua personificação era a do próprio Satanás. Sua função era  ade policiar a conduta das pessoas durante a Semana Santa. Velho Aprígio dizia: Eu temia muito o Capelobo. Na vizinhança havia um homem mais imundo do que propriamente velho. Era o Capelobo dos meninos da localidade (CAMPÊLO, 1970).

Nisso, ele lembra o Cabelobo que também é um ser que nasce da velhice. Não ficam claros os outros requisitos, além do envelhecer, para virar monstro. De qualquer forma, temos a ideia que um prolongamento excessivo da vida traz consigo o pior (CORSO, 2002). No blog Portal dos Mitos também cita um pouco desse ser folclórico! 
Capelobo ataca novamente.
Capelobo by Sofia B. D. de Oliveira

Eu não podia deixar de publicar essa notícia cômica
:  Acabou o mistério: Índios de aldeias localizadas na cidade de Arame, interior do Maranhão, mataram um “capelobo”, que vinha aterrorizando as comunidades indígenas e destruindo as plantações. Fato é que o capelobo estava tirando o sossego e amedrontando populares e comerciantes que residiam em um povoado próximo as aldeias. Veja a foto aqui ! 😂


Referências:
CAMPÊLO, Zacarias. Minha vida e minha obra: (memórias). Casa Publicadora Batista, 1970. Universidade de Wisconsin - Madison. Digitalizado em 22 set. 2010.
CORSO, Mario. Monstruário: inventário de entidades imaginárias e de mitos brasileiros. Tomo Editorial: Universidade do Texas, 2002.
MUCCI, Alfredo. Acauã: alguns aspectos morfocromáticos do medo e ansiedade no fabulário popular brasileiro. Editora Morumbi, 1977. Universidade da Califórnia. Editado em 29 abr. 2010.
PEREIRA, Julio Cesar. Três vinténs para a cultura: o incentivo fiscal à cultura no Brasil. São Paulo: Escrituras Editora, 2014.
Revista do Brasil, Volume 23,Edição 92 -Volume 24,Edição 94. 1923

3 Filmes BR para lacrar o natal em família (e ser expulso)

Eis aqui três filmes selecionados a dedo, que irão matar seus parentes de orgulho, principalmente ao declarar seu sonho de produzir filmes independentes da arte trash. Mamilos em chamas confesso que não assistir sem passar o filme todo, terminando em 5 minutos de filme, porém em minha opinião Vadias do Sexo Sangrento, como possui apenas 30 minutos, se destacou entre os outros dois filmes por ser o mais engraçado, e o mais asqueroso e ruim (no bom sentido). Como o blog é filha da puta, os players estão aqui mesmo, abaixo, de cada um! Bom fim de semana. 💀


#1 Vadias do Sexo Sangrento (2008) 

Diretor: Petter Baiestorf
Duração:  30 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Vadias do Sexo Sangrento não pode ser acusado de propaganda enganosa: há sacanagem e violência em doses cavalares, embora os efeitos especiais sejam muito toscos para realmente chocar o espectador; assim, este acaba divertindo-se com os exageros (tipo tripas arrancadas pelo ânus). Baiestorf atenta ao bom gosto e aos bons costumes a cada segundo: entre masturbação (masculina e feminina), lesbianismo, estupro, necrofilia, uma garota mijando num cara (de verdade), linguagem chula, jatos de esperma e de sangue e nudez total (masculina e feminina), há um pouco de tudo para incomodar qualquer tipo de espectador, e a edição brilhante consegue condensar milagrosamente tamanha quantidade de barbaridades em meros trinta minutos!
Quando Tura e Mirza descobrem que estão em terras dominadas pelo temível Esquisito, um maníaco sexual, masoquista e colecionador de vaginas. Novamente, as contendas aqui são resolvidas da melhor maneira possível: Mirza e Esquisito se enfrentam num belíssimo duelo de motosserras...
O filme tem um bom enredo com uma alta doce de esquisitice e sem frescura para o nudismo, um filme a er visto a todos os apreciadores de Gore, Sexproitation, Cinema independente e Trash, não é (e jamais será) uma obra agradável para todos os públicos, e por mais irônico que isso possa soar para os céticos culturais, é isso que faz "Vadias do Sexo Sangrento" um filme recomendado pelo blog.(Central Arte Trash, 2014). Para saber mais visite Canibuk.
↓ ASSISTIR ABAIXO | FILMOW | VK (Vadias do sexo Sangrento)
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#2 O Doce Avanço da Faca (2011)

Diretor: Petter Baiestorf
Duração:  35 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Uma história gore feminista sobre uma garota que aprende a usar facões afiados para vingar a morte de seu amado, assassinado por fanáticos religiosos (que são uma mistura de espíritas católicos com evangélicos e muçulmanos).
Desde os anos 90, Petter Baiestorf se firmou como o grande nome do cinema trash transgressor marginal nacional com sua Canibal Filmes. E é muito bom constatar que após quase 20 anos passados do seu primeiro filme, ele continua com o mesmo espírito. O Doce Avanço da Faca tem tudo que aprendemos a amar nos filmes da Canibal: personagens caricaturais, sangueira, mortes toscas, forte ironia crítica, e muita sacanagem. É provocante e provocativo, seguindo a linha de "Vadias do sexo Sangrento".
As demais atuações também são bem eficientes, hilárias e exageradas na medida certa para a proposta do filme, com destaque para o trio Coffin Souza, Ellio Copini e Jorge Timm, que acompanham Baiestorf desde o início de suas produções e com ele atingiram um alto grau de entrosamento. 
Um tema que é preciso destacar nessa produção é a inter-linguagem. Rerinelson é um desenhista de Histórias em Quadrinhos eróticas, e em certo momento do filme temos uma verdadeira exposição de seus desenhos sado-masoquistas, enquanto Ana Clara recita versos ultra-sacanas. Uma boa sacada que sem dúvida proporciona um diferencial, constituindo um pequeno filme dentro do filme, que pode até ser visto de forma independente. Os criativos e ousados desenhos são de autoria de Leyla Buk, em homenagem principalmente ao estilo de Carlos Zéfir (veja aqui e aqui), (partesforadotodo, 2011). 
↓ ASSISTIR ABAIXO | FILMOW | VK (O Doce Avanço da Faca)

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#3 Mamilos em chamas (2008)

Diretor: Gurcius Gewdner
Duração:  57 minutos
País de origem: Brasil
Áudio: Português | Legenda: Indisponível

Sinopse: Entre de cabeça na rotina flamejante de Mamilos em Chamas: uma vida de luxúria em conflito com a descoberta do amor eterno. Erótico! Dramático! Místico! Assustador! Relaxante! Romântico! Frenético! Belo! Sodomia! Pés excitantes! Estupro! Sadomasoquismo! Closes de genitália! Orgias! Rodinhas de punheta! Gozo facial! Drogas! Violência! Perseguições de carro! Coelhos voadores! Gafanhotos gigantes!
E tudo mais que é necessário em um filme que fará seu corpo e toda sua família explodir em prazer com as mais excitantes cenas de sexo e ação já gravadas no cinema brasileiro. Um turbilhão de emoções e erotismo selvagem nunca antes filmado.
KKKKKKKKKKKKKK NÃO GLR, NÃO SÃO PESSOAS, E SIM FANTOCHES.
"O filme usa fantoches, carne e outros recursos de bricolage, e pretende ser um exercício de mau gosto. Desde o seu lançamento, "Mamilos em Chamas" foi exibido em inúmeros festivais independentes e clubes de cinema. Em 2006 e 2008, foi destaque no Festival de Trash de Goiânia, no Brasil, e em 2017 foi exibido como parte do Festival Anmalte Internacional de Postpornografia, no México" (jkielwagen, 2018).
↓ ASSISTIR ABAIXO  | FILMOW | VK

Graphic Sexual Horror (2009)


Diretor: Barbara Bell, Anna Lorentzon
Duração: 84 Minutos
País de origem: EUA / Suécia
Áudio: Inglês | Legenda: Português
Info: fantaspoa

Sinopse: Este filme contém cenas fortes de sexo explícito, violência sexual e nudez. Horror Gráfico Sexual mostra os bastidores do mais notório website de bondage da internet. Explora a mente obscura de seu criador e questiona sobre a responsabilidade pessoal de se manter um site com conteúdo tão pesado. Entrevistas revelam profunda fascinação pelo bondage e o sadomasoquismo, e demonstram sua irreversível e forte relação com a sedução do dinheiro.

É com uma crônica inteligente e bem editada que o filme aborda sobre a carreira de PD, os diretores enfatizam consistentemente a natureza consensual das atividades do site http://insex.com. PD admite que é influenciado por Serial Killers, porém a apresentação geral do conteúdo é bem sóbria, então, se você procura uma trilha sonora ameaçadora ou outros dispositivos para aumentar o drama ou lascívia isso poderá lhe desapontar. Ainda assim, partes do filme podem ser um pouco difíceis a partir de uma avaliação normal. Aqueles mais familiarizados com a subcultura BDSM encontram em Graphic Sexual Horror um parque de diversões. O sangue na tela, a tortura nos seios, nos dentes, pimenta nos orgãos genitais e outras punições que não são para sensíveis.
"Documentário sobre Scott Brent ''PD'' e a ascensão e queda do site insex, site pioneiro em BDSM.
O filme tem um olhar informativo e perturbador do site e seu criador e não julga a moralidade dos ''ensaios'' nem a ética do que está sendo feito, deixa para o espectador decidir. Também mostra o orgulho de muitas modelos, mostrando suas cartas de liberações assinadas diante das câmeras, mostram também com orgulho suas marcas e falam de como se sentiram envolvidas emocionalmente ou apenas por dinheiro. A transformação de Scott com o site mostra tanto um perfeccionista como um ditador e um manipulador. Eu gostei me fez refletir principalmente sobre os motivos que cada modelo revelava estar fazendo os ensaios e principalmente quando rotulado como ''consensual'' me fez ficar insensível a violência. Também é notória  a criatividade da arte do ''PD'' e por fim o filme te deixa vários ângulos cabe a cada um decidir como assistir (Júlia  7y ago).
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1 OPÇÃO

Dor no corpo e prazer na alma: BDSM

Por Venâncio Monteiro (2012):
O BDSM assim como é conhecido e descrito atualmente tem apenas início após a Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 40 e de 50. Surge, nos E.U.A., um grupo denominado por “Velha Guarda” ou “Movimento Leather (Couro)”, constituído por homossexuais do sexo masculino que adoptavam a aparência dos motards cujas normas excluíam mulheres e heterossexuais. O uso do couro e do cabedal, juntamente com os princípios militares e disciplinares provenientes da carreira militar de muitos deles, são ainda estandartes da subcultura BDSM. Durante os anos 80, começam a surgir grupos de BDSM heterossexuais, ao mesmo tempo que as raízes beligerantes e motards do meio se iam atenuando, e novas influências emergiam. Muitos designam esta segunda vaga como “Nova Guarda” 
De um modo geral, o acrónimo pode ser dividido e definido nas seguintes categorias:
Bondage /Disciplina (B/D): conjunto de práticas de ordem diversa que se centram, sobretudo, em situações de constrangimento físico (bondage que, no sentido original da palavra significava condição de escravo/escravatura), humilhação e castigo (no sentido disciplinar e corretivo, ou seja, como punição por determinada ação supostamente inapropriada, real ou hipotética), estimulação e controlo sensorial, incluindo do orgasmo.
Dominação/submissão (D/s): consiste na procura deliberada e consciente de uma relação onde existe uma desigualdade de poder entre os envolvidos, nomeadamente no que respeita ao controlo físico, psicológico e emocional, para obtenção de prazer. Existem, assim, papéis diferenciados e diferenciadores, que designam a posição de cada um no seio dessa relação, através de uma troca erótica e consensual de poder, também conhecida como “troca total de poder” no caso das relações 24/7.
Sadismo/Masoquismo ou Sadomasoquismo (S/M): práticas que envolvem a erotização de atividades relacionadas com a dor e o sofrimento. Como previamente referido relativamente à emergência destes conceitos, sádico é o termo que ficou associado ao elemento que provoca a dor ou sofrimento, enquanto o masoquista é aquele que sente satisfação em ser alvo dessa ação.
Sacrifice of the bastet ingenue by arachneavolpe
“(…)Eu, por exemplo, era incapaz de dominar vestida normalmente, eu só domino de látex. Acho que a roupa, até parece como o Carnaval, mas é verdade, eu, ao vestir um vestido de látex, a minha personalidade muda automaticamente(…). Mas, muda mesmo, quer dizer, é outra pessoa que está ali. A maneira de falar, a maneira de agir, tudo, é uma pessoa diferente.(…) Eu posso estar a falar contigo muito agradável, muito acessível, muito simpática, muito tudo. Passo para a sessão, entra o vinil, não vês um sorriso, sou bastante dura, bastante mesmo.”  
Baronesa, Dominadora, 40 anos, divorciada, gestora. 

"Para mim (…) o BDSM é algo que (…) me satisfaz, que me satisfaz muito e do qual eu necessito em determinadas ocasiões. Mas não é algo que fosse incapaz de passar… sem BDSM, passava perfeitamente, não (risos)!Mas, se não existisse, não iria ser uma tragédia." 
Da, Dominador, 56 anos, divorciado, funcionário público.

“É um escape à vida quotidiana normal, é um escape..”
NecroSavant, Dominador, 27 anos, solteiro, entrevistador. 

“Para mim, é assim, é uma quebra de rotina, ou seja, vivo sem ele perfeitamente..hã…claro que ia me faltar qualquer coisa, sem dúvida, mas não tenho qualquer obsessão.”
Baronesa, Dominadora, 40 anos, divorciada, gestora.

“(…)Eu, com a mesma pessoa, não consigo ter uma relação de dominação e de submissão ao mesmo tempo, porque, se eu vejo uma pessoa como Dominadora, não vou tentar dominá-la. Se eu vejo uma pessoa como submissa, eh pá, não me vou submeter a ela.(…) Se tu tens a expectativa de ser dominado e, de repente, alguém te diz :«Não, tu vais ter de dominar!», é tão errado, é…todas as tuas bases caem por terra mesmo e tu ficas sem saber o que fazer, é uma sensação de impotência brutal.”
Lublin, switcher, 35 anos, solteiro, gestor.

“Sou sempre eu a levar os outros pela mão. Eu protejo toda a gente, eu levo toda a gente atrás de mim…Sempre senti falta do contrário(…). Eu acho que esta história do BDSM, acima de tudo, e foi isso que se notou desde os treze ou catorze anos, era a necessidade que alguém me pegasse pela mão e me levasse a mim. (…) Há alguém que toma conta de mim, que me deixa…que me leva pela mão, que eu posso confiar e que posso, finalmente, baixar a guarda, sem ter que dar contas a ninguém.”
Bondarina, submissa, 42 anos, solteira, jornalista. 

“ O ideal tem que ser com uma pessoa que eu conheça, ou seja, tem que ser uma pessoa em quem eu confie: ela a mim e eu a ela. Não faço play a ninguém que eu conheça meia hora depois no clube, não, não faço. E tem que haver ali já um ideal de conversa(…).” 
NecroSavant, Dominador, 27 anos, solteiro, entrevistador

Imagens retiradas do google:
No blog há filmes que expressam um pouquinho o tema como Little Deaths e Mondo Weirdo, outros abordam ainda mais como Singapore Sling, School Of the Holy BeastIlsa she Wolf Of SS e Inner Depravity entretanto, é em Graphic Sexual Horror (2009) (Em breve com legenda em português no blog) que encontramos um filme especificamente sobre Bondage! "O filme mostra os bastidores do mais notório website de bondage da internet. Explora a mente obscura de seu criador e questiona sobre a responsabilidade pessoal de se manter um site com conteúdo tão pesado. Entrevistas revelam profunda fascinação pelo bondage e o sadomasoquismo, e demonstram sua irreversível e forte relação com a sedução do dinheiro" (filmow).

Referências:
VENÂNCIO MONTEIRO, Núria Augusta. Dor no Corpo e Prazer na Alma A Construção Do Significado e Da Identidade No BDSM. 2012. VII CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA. 19 a 22 junho, 2012. Universidade do Porto - Faculdade de Letras - Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.